Opinião
15 de outubro de 2020- Visualizações: 8892
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O objetivo do professor: se tornar dispensável
Por Paulo Ribeiro
Algumas poucas e boas razões para ser professor
1) Inspirar e nutrir a capacidade imaginativa dos alunos, e orientá-los para ver o quadro geral de cada disciplina ou tópico por si mesmos, ao invés de fornecer material digerido.
2) Mostrar os princípios básicos e técnicas, e deixá-los experimentar e saborear os assuntos por si próprios; não apenas para dizer por que certos livros e autores são bons, mas para ajudar os alunos a se tornarem bons leitores e pensadores independentes,
3) Aplicar com sensibilidade a oposição racional via Método Socrático e a crítica dialética - para favorecer o desenvolvimento dos músculos intelectuais - em vez de uma abordagem paternalista. “Tough Love” sempre funciona ao longo prazo. Assim, provocá-los, assustá-los, confundi-los com questões inesperadas, levando-os a pensar por si próprios, interrompendo-os repentinamente, etc., deveriam fazer parte deste inesgotável, árduo e alegre jogo de aprendizagem, na caminhada do deleite espontâneo pela excelência.
4) Ajudar os alunos a combater a cultura de bajulação que nos faz incapazes de aceitar críticas não esterilizadas e levar tudo para o lado pessoal muito rapidamente, nos sentindo insultados com sugestões sinceras.
5) Encorajar os alunos a irem além de tarefas simplistas, evitar perseguir indeterminações irrelevantes, e pesquisar tópicos inconsequentes. Mas deixa-los investigar projetos desafiadores para expandir suas capacidades.
6) Enfatizar que a função da educação é, antes de tudo, adquirir sabedoria (senso comum em grau incomum) e não apenas informação.
7) Trabalhar para a própria abdicação. Os professores devem procurar tornarem-se supérfluos, dispensáveis... E, quando for possível dizer "Eles não precisam mais de mim", seja nossa recompensa. Se formos bons, devemos sempre trabalhar para o momento em que nossos alunos estarão aptos a se tornarem nossos críticos e até mesmo rivais.
8) E quando o sucesso for alcançado, devemos poder desfrutar dos elogios com a mesma inocência como se os elogios fossem para outra pessoa. E se a conquista for feita por outros, devemos apreciá-los como se fossem nossos.
Feliz Dia do Professor!
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3) Aplicar com sensibilidade a oposição racional via Método Socrático e a crítica dialética - para favorecer o desenvolvimento dos músculos intelectuais - em vez de uma abordagem paternalista. “Tough Love” sempre funciona ao longo prazo. Assim, provocá-los, assustá-los, confundi-los com questões inesperadas, levando-os a pensar por si próprios, interrompendo-os repentinamente, etc., deveriam fazer parte deste inesgotável, árduo e alegre jogo de aprendizagem, na caminhada do deleite espontâneo pela excelência.
4) Ajudar os alunos a combater a cultura de bajulação que nos faz incapazes de aceitar críticas não esterilizadas e levar tudo para o lado pessoal muito rapidamente, nos sentindo insultados com sugestões sinceras.
5) Encorajar os alunos a irem além de tarefas simplistas, evitar perseguir indeterminações irrelevantes, e pesquisar tópicos inconsequentes. Mas deixa-los investigar projetos desafiadores para expandir suas capacidades.
6) Enfatizar que a função da educação é, antes de tudo, adquirir sabedoria (senso comum em grau incomum) e não apenas informação.
7) Trabalhar para a própria abdicação. Os professores devem procurar tornarem-se supérfluos, dispensáveis... E, quando for possível dizer "Eles não precisam mais de mim", seja nossa recompensa. Se formos bons, devemos sempre trabalhar para o momento em que nossos alunos estarão aptos a se tornarem nossos críticos e até mesmo rivais.
8) E quando o sucesso for alcançado, devemos poder desfrutar dos elogios com a mesma inocência como se os elogios fossem para outra pessoa. E se a conquista for feita por outros, devemos apreciá-los como se fossem nossos.
Feliz Dia do Professor!
>> Conheça o livro Educação e Justiça na América Latina, de Alexandre Brasil (org.)
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Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade de Manchester, na Inglaterra, foi Professor em Universidades nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Holanda, e Pesquisador em Centros de Pesquisa (EPRI, NASA). Atualmente é Professor Titular Livre na Universidade Federal de Itajubá, MG. É originário do Vale do Pajeú e torcedor do Santa Cruz.
>> http://lattes.cnpq.br/2049448948386214
>> https://scholar.google.com/citations?user=38c88BoAAAAJ&hl=en&oi=ao
Pesquisa publicada recentemente aponta os cientistas destacados entre o “top” 2% dos pesquisadores de maior influência no mundo, nas diversas áreas do conhecimento. Destes, 600 cientistas são de Instituições Brasileiras. O Professor Paulo F. Ribeiro foi incluído nesta lista relacionado a área de Engenharia Elétrica.
>> http://lattes.cnpq.br/2049448948386214
>> https://scholar.google.com/citations?user=38c88BoAAAAJ&hl=en&oi=ao
Pesquisa publicada recentemente aponta os cientistas destacados entre o “top” 2% dos pesquisadores de maior influência no mundo, nas diversas áreas do conhecimento. Destes, 600 cientistas são de Instituições Brasileiras. O Professor Paulo F. Ribeiro foi incluído nesta lista relacionado a área de Engenharia Elétrica.
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(31)3611 8500
(31)99437 0043
Espiritualidade conjugal
Precisamos de um tipo melhor de polarização
O que muda no trabalho entre os surdos com o novo governo?






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