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Opinião

“O amor procede de Deus” – aspectos psicoterapêuticos e curativos da Bíblia

Por Esther Carrenho
 
Vejo a Bíblia não só como um livro que pode ser o caminho para a prática da espiritualidade e para o crescimento no conhecimento de Deus através de Cristo Jesus. Encontro nela também o equilíbrio para nosso lado emocional e nossa compreensão e alívio para muitas dores provenientes das faltas que tivemos e de danos sofridos pela ausência de conhecimento das figuras parentais, ou mesmo por causa da maldade humana.
 
Basta observar que a psicologia e a prática da psicoterapia ainda não têm duzentos anos no mundo e, no Brasil, comemoramos os sessenta anos de psicologia em 2023. Antes da psicologia os seres humanos podiam encontrar recursos para a maturidade emocional em outras vertentes da ciência. E muitas encontraram a paz e alívio para as angústias através dos escritos bíblicos.
 
Deixo bem claro que como profissional da psicologia e com experiência no atendimento clínico sou testemunha e posso dar vários depoimentos de como o trabalho em psicoterapia pode realmente trazer equilíbrio ao lado emocional e oferecer recursos para uma pessoa, casal ou família obter novas aquisições e conquistar o bem-estar no cotidiano e na vida.
 
Mas acredito que se as comunidades religiosas fossem mais acolhedoras e amorosas com os seres humanos que sofrem, enxergando em cada um deles a imagem e semelhança de Deus, talvez a história seria outra. Muitas comunidades, influenciadas por seus líderes, perderam a capacidade de escuta amorosa e paciente. Perderam a disposição para caminhar junto no deserto do outro e, no lugar disso, exercem julgamentos, acusações, alienações e exclusões.  Porém Deus quer, como pai amoroso, o nosso bem emocional a partir da vida aqui.
 
Posso citar muitos textos de salmos, provérbios, falas de Cristo Jesus e das cartas escritas no primeiro século aos cristãos, que contêm um caráter de cura e equilíbrio emocional e mental. Mas no momento quero compartilhar meu depoimento pessoal sobre a restauração emocional, em uma área da minha vida, que aconteceu enquanto meditava e fazia minhas devocionais na Bíblia.
 
 
Eu sou a primeira de sete filhos. Minha mãe tinha 16 anos quando eu nasci. Era uma adolescente simples e sem cultura. Cuidou bem de mim quanto à alimentação, mas não soube ser amorosa e afetiva para comigo. Meus irmãos foram nascendo um após outro e assim cresci com muitas faltas, carente de afeto e de me sentir amada. Cheguei na vida adulta assim. Uma revolta muito grande cresceu dentro de mim. Afinal, uma criança não precisa de muito. Por que eu não tive o pouco de que uma criança precisa? Era a minha pergunta para mim mesma, que sempre ficava sem resposta. A revolta transformou-se em raiva e quando percebi tinha raiva da minha mãe, de outras mulheres e de mim mesma.
 
Quando minha mãe estava grávida de mim, meu pai se converteu e entendeu claramente a redenção em Cristo Jesus. Então fui criada em contato com o evangelho e fazia parte de uma igreja cristã evangélica. Mas só aos 27 anos eu realmente cri na redenção em Cristo Jesus, exposta na cruz do calvário. Depois desta experiência, as devocionais bíblicas ganharam uma nova seriedade na minha vida. Numa delas li na Primeira Carta de João: “Amados, amemos uns aos outros porque o amor procede de Deus” (4.7). Li novamente e repeti várias vezes, para mim mesma, que a fonte de amor é Deus! Fiquei impactada e consequentemente muito reflexiva. Foi fácil concluir: Se o amor procede de Deus, as pessoas são apenas canais de amor que podem chegar até nós. Se um canal falha, ainda há vários que podem funcionar. 
 
Não demorou muito para que eu começasse a perceber o amor que chegava até mim vindo de outras pessoas. Outros canais que não estavam falhando.
 
Eu era uma órfã afetiva. Mas poderia adotar alguma mulher que pudesse ser minha mãe afetivamente falando. Com esta compreensão, consegui aceitar a minha mãe e perdoá-la totalmente.
 
E desde então desfruto do amor de Deus que me chega através de tantas pessoas, mesmo tendo sido uma criança sem afeto. 
 
  • Esther Carrenho, teóloga, psicóloga e autora dos livros: Raiva: Seu bem, Seu mal e Caminhos de Vida.

A BÍBLIA NÃO ERRA. OS LEITORES, NEM TANTO | REVISTA ULTIMATO
 
O Ano-Novo é sempre uma oportunidade de renovação de votos. E não há voto mais importante e definidor para 2023 do que o propósito de se expor regularmente à Palavra de Deus, por meio da leitura das Escrituras. A Bíblia deve ocupar lugar central em nossa vida e na vida da igreja.
 
A matéria de capa desta edição não só incentiva o leitor à leitura regular da Bíblia, mas também o encoraja a aceitar o desafio de olhar reverentemente para as Escrituras como “um diário de Deus”, a partir da “chave” do amor.
 
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