Opinião
20 de junho de 2016- Visualizações: 5163
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Massacre de Orlando e representatividade evangélica
“Vocês estão tristes porque 50 pedófilos foram mortos hoje? Eu acho que foi fantástico! Orlando está um pouco mais segura hoje.” Reações como essa de alguns pastores norte-americanos após o massacre em Orlando inundaram as redes sociais de protestos nesta semana, ampliando a tristeza que se abateu após o ato irracional. Aos que se revoltaram com as declarações lamentáveis de três ou quatro líderes, é essencial esclarecer que não representam a comunidade evangélica.
Repórteres ouviram pastores a milhares de quilômetros, “esquecendo-se” de noticiar que igrejas de Orlando se mobilizaram para doar sangue, orar e servir a comunidade LGBT enlutada. “Fomos chamados a amar o próximo”, disse Gabriel Salguero, pastor da Iglesia El Calvario.
>> Igreja nos EUA emite declaração sobre o massacre em Orlando
Cumprindo a clássica frase de Mark Twain, alguns jornalistas separaram o joio do trigo e publicaram o joio.
Por mais que esse tipo de mídia aprecie dar voz ao sensacionalismo e insensatez de uma pequena igreja com algumas dezenas de membros, o ódio espalhado pela Westboro Baptist Church nada tem a ver com o amor pregado e vivenciado pelo Nazareno.
Jesus experimentou a traição literalmente na pele. É possível que alguns beneficiados por seus milagres estivessem no coro que pediu sua crucificação. Um dos discípulos o traiu com um beijo.
Ferido no corpo e na alma e sentindo-se abandonado pelo Pai, ainda assim não clamou por justiça. Por amor a cada uma dessas pessoas (o que inclui as mais vis em quaisquer áreas), consumou sua missão.
Às vezes penso se cada manifestação de ódio cometida por um cristão não assemelha-se a um novo prego naquele que se entregou por nós.
Não precisamos ir aos EUA para ver líderes religiosos manipulando palavras e pessoas para disseminar uma cultura de violência.
A despeito da tristeza que corta meu coração nesses momentos, minha oração por todas essas pessoas é a mesma feita por Jesus: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.
• Carlos Bezerra Jr., 48, é deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
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