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Opinião

Heterofobia: os não-homo no armário ou na cadeia?

Prossegue a “revolução cultural” representada pelo tsunami da agenda homossexual. Primeiro a academia, depois a mídia, as ONG’s, as igrejas e os três ramos do poder: executivo, legislativo e judiciário, desde a decisão política, e não científica, da retirada do rol das patologias, passando pela defesa da legitimidade da prática, para a revisão do conceito de casamento, e a luta contra o que consideram como “preconceito”, a revisão dos livros escolares, um papel ‘normal’ ou ‘simpático’ de personagens da mídia, a ordenação de líderes religiosos praticantes e, de forma crescente, uma agressiva campanha condenatória e intimidatória contra pessoas e instituições que se opõem a essa agenda, colocadas, todas, na vala comum dos “homofóbicos”: desde aqueles que, efetiva e lamentavelmente, perpetraram agressões físicas ou morais contra integrantes do bloco GLSTB (Gays, Lésbicas, Simpatizantes, Transgêneros e Bissexuais) quanto aos que “amando o pecador e condenando o pecado”, apenas esboçaram pensamentos ou leram publicamente textos bíblicos. O novo fenômeno cultural, já analisado por cientistas sociais, é denominado de heterofobia: o ódio, a rejeição, a desmoralização, a intimidação, e a condenação sistemática a quem não aprova a agenda gay ou reafirma os padrões históricos normativos da heterossexualidade.
 
As “marchas de orgulho” prosseguem anualmente em todo o mundo (sendo a maior a da cidade de São Paulo, no Brasil), com crescente financiamento público, com verbas dos municípios, dos estados e do governo federal. Há todo um conjunto de organizações não-governamentais e governamentais (“Por um Brasil Não-Homofóbico”, por exemplo), e a cooptação de governos de países como a Espanha e o Brasil para colocar a agenda gay no rol dos “Direitos Humanos” da Organização das Nações Unidas. Nos Estados Unidos, por sua vez, vozes respeitáveis do movimento negro e de sua histórica campanha pelos Direitos Civis estão abertamente protestando contra a tentativa dos homossexuais de se apropriar ideologicamente da herança daquele memorável momento da história norte-americana. De fato, o crescente movimento na internet por parte de pedófilos e de defensores do sexo grupal, nos faz antevê que novas “marchas de orgulho” brevemente estarão nas ruas, em uma escalada sem limites, consentânea com o relativismo da cultura pós-moderna, e o assegurar dos “direitos individuais” e da “privacidade” de adultos mutuamente consentidos. Liturgias, muito em breve, estarão substituindo o “mea culpa” pela “ação de graças” pelos ex-pecados... 

Depois da detenção de pastores na Dinamarca e na Suécia, por pregarem contra a legitimidade da prática homossexual, e do processo contra uma igreja pentecostal na cidade do Recife, Brasil, o parlamento inglês (que já aprovou uma lei de “parceria civil” com, praticamente, plena equivalência com o matrimônio) está debatendo uma nova Lei contra a Discriminação, que vai na direção da criminalização de quem falar, escrever ou pregar em contrário, ou, por exemplo, se recusar a ceder as instalações do salão anexo ao templo para uma festa comemorativa a uma “bênção” ou outro evento homossexual. Em nosso país lobbys bem financiados estão às portas das Câmaras de Vereadores, Assembléias Legislativas e o Congresso Nacional, para fazer aprovar (o que já ocorreu em alguns municípios) leis que nos criminalizam a todos nós, cidadãos e cidadãs, cumpridores dos nossos deveres cívicos e pagante dos nossos impostos, que insistirmos em afirmar valores culturais históricos ou a anunciar o entendimento multissecular do Cristianismo — e de outras religiões — sobre o assunto. Não seria demagogia, histeria ou paranóia afirmar que um novo ciclo de violação dos direitos humanos e perseguição religiosa se avizinha. Como os nossos inimigos também são “os da nossa própria casa”, aí estão os revisionistas liberais pós-modernos e outros “opinionistas” a buscar ocupar postos-chaves nas igrejas, denominações e organismos ecumênicos, para colaborar com o Estado e as organizações pró-gays na violência contra os ortodoxos. É claro que a negação da autoridade normativa das Escrituras em matéria de Doutrina e Ética, a negação da unicidade de Jesus Cristo como Senhor e Salvador, e a unicidade da Igreja como Agência do Reino, tem levado à defesa da “Ceia Aberta” ou o “Batismo Não-Confessional” para não-cristãos, para a incorporação de sacerdotes de outras religiões a equipes pastorais de igrejas cristãs, palestras para a juventude proferidas por feiticeiras, estátuas de Buda ou de Shiva em altares de catedrais, ou a condenação do texto “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, e ninguém vai ao Pai senão por mim”, como algo “politicamente incorreto”, “arrogante” e “imperialista”. 

Analistas têm registrado que todo esse avanço que está abalando os fundamentos da civilização tem-se dado pela omissão dos cristãos, seja por acomodação, seja por medo, seja porque já foram contaminados ou capitularam ao espírito do século. Psicoterapeutas, em nosso país, morrem de medo de ter a sua licença cassada pelos Conselhos Regionais ou pelo Conselho Federal de sua profissão, que os proíbe de apoio profissional aos que voluntariamente desejem superar sua orientação homoerótica, e acusam de “radicais” ou de “extremistas” um punhado de bravos que em nome da sua fé e dos seus direitos profissionais se atreve a travar uma luta pública contra a violência da agenda GLSTB. 

Estamos muito perto da situação tragicômica, verdadeiro teatro do absurdo, que quem “vai para o armário” são os heterossexuais assumidos e militantes. Para estes desaparecerá o princípio da isonomia, da igualdade perante a Lei. A opção será o “armário” ou a cadeia, o silêncio ou a destruição moral. A busca de pão para todos inclui o direito de partilha do pão libertador da vida. Os cristãos devem travar uma batalha também política e cobrar dos seus representantes nas eleições e durante o exercício dos seus mandatos. 

O sangue dos mártires está clamando aos céus. Que homens e mulheres, sólidos na Rocha que é Cristo, não se intimidem com o espírito maligno do século, fora ou dentro da Igreja, e possam resistir em obediência ao seu Senhor, enfrentando o risco do martírio. Os fiéis até à morte receberão a coroa da vida. 


O Revmo. Dom Robinson Cavalcanti, cientista político e bispo anglicano da Diocese do Recife, é autor de, entre outros, A Igreja, o País e o Mundo e Cristianismo e Política.

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