Opinião
17 de abril de 2025
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Geração Z e cargos de liderança
E se Deus quiser mais do que estamos dispostos a entregar?
Por Pedro Dulci
Este artigo é para você que não quer ser diretor da sua empresa, não pretende trabalhar até morrer como seus pais e, quando dá 18 horas, desliga o celular e desaparece do mapa. Talvez Deus tenha algo a mais para você.
Uma reportagem sobre pesquisas geracionais – aquelas divisões frequentemente usadas no marketing, na mídia e na comunicação – aponta que a Geração Z tem uma tendência a evitar cargos de liderança e posições que exijam demais no ambiente de trabalho. Isso faz sentido, considerando o que essa geração viu nas anteriores, como os baby boomers.
Se você se interessa pelo tema, vale pesquisar as diferenças entre as gerações. Basicamente, os baby boomers, nascidos a partir de 1945, cresceram num contexto de reconstrução pós-guerra. Como havia muitas oportunidades de emprego, a prioridade deles era a estabilidade financeira, mais do que a realização pessoal. Seus filhos, a geração millennial (como eu), e os netos, da Geração Z, cresceram sem guerras e com menos necessidades básicas, o que lhes permitiu valorizar mais o propósito do trabalho do que apenas o salário.
Diante disso, muitos jovens olham para o ritmo de trabalho exaustivo das gerações anteriores e decidem que não querem seguir o mesmo caminho. Essa escolha é compreensível, pois o excesso de trabalho levou muitas pessoas ao limite, violando leis trabalhistas e tornando o trabalho um vício. No entanto, decidir trabalhar menos não é, por si só, uma virtude. Em alguns casos, pode esconder uma fuga da responsabilidade.
A Bíblia é clara ao mostrar que Deus chama jovens para a liderança. Existem muitos exemplos, mas um dos mais marcantes é Timóteo. Ele assumiu o pastoreio de uma grande igreja em Éfeso, onde o próprio apóstolo Paulo havia sido pastor, e, mais tarde, João também seria. Timóteo enfrentou desafios imensos, incluindo a oposição de falsos mestres mais velhos do que ele. Mesmo assim, Paulo o encorajou a assumir sua vocação com firmeza, sem permitir que sua juventude fosse motivo de desprezo.

Hoje, o problema não é apenas os mais velhos menosprezarem os jovens, mas os próprios jovens se subestimarem e encararem a idade como um fator limitante. A Geração Z tem o privilégio de poder escolher um trabalho que lhe traga satisfação, mas e se Deus quiser mais do que estamos dispostos a entregar? Será que evitamos certos caminhos por obediência ou por mero conforto pessoal?
As análises geracionais são úteis para entender padrões de comportamento no mercado de trabalho, no consumo e na educação. No entanto, também precisam ser avaliadas sob a perspectiva bíblica. Deus, muitas vezes, nos chama para tarefas que parecem maiores do que nossa capacidade, mas nossa força vem dele. O poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza, e é justamente quando reconhecemos nossas limitações que nos tornamos mais fortes.
Por isso, ao ler sobre sua geração e se identificar com certas características, sempre passe essa análise pelo crivo bíblico: estamos obedecendo ao que Deus nos chamou para fazer?
Artigo publicado no site Invisible College. Reproduzido com permissão.
Imagem: Unsplash.
REVISTA ULTIMATO – COMO VIVEM OS QUE TÊM ESPERANÇA
Com a matéria “Como vivem os que têm esperança”, Ultimato quer colocar Cristo no centro e enfatizar que a vida dos que têm esperança atrai outros para a Esperança. Quer lembrar que a comunidade dos que têm esperança deve ser uma ponte para aqueles que “passam por necessidades, cuja esperança para o futuro não é sustentada pela experiência de bênção no passado, que não conheceram cura, ou fé, ou prosperidade e que não têm esperança”.
É disso que trata a matéria de capa da edição 412 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Box “O cristão contemporâneo”, John Stott
» A Grande História- um convite para professores cristãos,
» Vocação e juventude, edição 355 de Ultimato
Por Pedro Dulci

Uma reportagem sobre pesquisas geracionais – aquelas divisões frequentemente usadas no marketing, na mídia e na comunicação – aponta que a Geração Z tem uma tendência a evitar cargos de liderança e posições que exijam demais no ambiente de trabalho. Isso faz sentido, considerando o que essa geração viu nas anteriores, como os baby boomers.
Se você se interessa pelo tema, vale pesquisar as diferenças entre as gerações. Basicamente, os baby boomers, nascidos a partir de 1945, cresceram num contexto de reconstrução pós-guerra. Como havia muitas oportunidades de emprego, a prioridade deles era a estabilidade financeira, mais do que a realização pessoal. Seus filhos, a geração millennial (como eu), e os netos, da Geração Z, cresceram sem guerras e com menos necessidades básicas, o que lhes permitiu valorizar mais o propósito do trabalho do que apenas o salário.
Diante disso, muitos jovens olham para o ritmo de trabalho exaustivo das gerações anteriores e decidem que não querem seguir o mesmo caminho. Essa escolha é compreensível, pois o excesso de trabalho levou muitas pessoas ao limite, violando leis trabalhistas e tornando o trabalho um vício. No entanto, decidir trabalhar menos não é, por si só, uma virtude. Em alguns casos, pode esconder uma fuga da responsabilidade.
A Bíblia é clara ao mostrar que Deus chama jovens para a liderança. Existem muitos exemplos, mas um dos mais marcantes é Timóteo. Ele assumiu o pastoreio de uma grande igreja em Éfeso, onde o próprio apóstolo Paulo havia sido pastor, e, mais tarde, João também seria. Timóteo enfrentou desafios imensos, incluindo a oposição de falsos mestres mais velhos do que ele. Mesmo assim, Paulo o encorajou a assumir sua vocação com firmeza, sem permitir que sua juventude fosse motivo de desprezo.

Hoje, o problema não é apenas os mais velhos menosprezarem os jovens, mas os próprios jovens se subestimarem e encararem a idade como um fator limitante. A Geração Z tem o privilégio de poder escolher um trabalho que lhe traga satisfação, mas e se Deus quiser mais do que estamos dispostos a entregar? Será que evitamos certos caminhos por obediência ou por mero conforto pessoal?
As análises geracionais são úteis para entender padrões de comportamento no mercado de trabalho, no consumo e na educação. No entanto, também precisam ser avaliadas sob a perspectiva bíblica. Deus, muitas vezes, nos chama para tarefas que parecem maiores do que nossa capacidade, mas nossa força vem dele. O poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza, e é justamente quando reconhecemos nossas limitações que nos tornamos mais fortes.
Por isso, ao ler sobre sua geração e se identificar com certas características, sempre passe essa análise pelo crivo bíblico: estamos obedecendo ao que Deus nos chamou para fazer?
Artigo publicado no site Invisible College. Reproduzido com permissão.
Imagem: Unsplash.

Com a matéria “Como vivem os que têm esperança”, Ultimato quer colocar Cristo no centro e enfatizar que a vida dos que têm esperança atrai outros para a Esperança. Quer lembrar que a comunidade dos que têm esperança deve ser uma ponte para aqueles que “passam por necessidades, cuja esperança para o futuro não é sustentada pela experiência de bênção no passado, que não conheceram cura, ou fé, ou prosperidade e que não têm esperança”.
É disso que trata a matéria de capa da edição 412 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
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» A Grande História- um convite para professores cristãos,
» Vocação e juventude, edição 355 de Ultimato
Autor de Fé Cristã e Ação Política, Pedro Lucas Dulci, é filósofo e pastor presbiteriano. Casado com Carolinne e pai de Benjamin, desenvolve pesquisa em ética e filosofia política contemporânea e estudos sobre o diálogo entre ciência e religião, com estágio na Vrije Universiteit Amsterdam. É teólogo e coordenador pedagógico no Invisible College.
- Textos publicados: 27 [ver]
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