Opinião
26 de dezembro de 2019- Visualizações: 4004
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Esperar em Deus também é caminhar
Por Leonardo Souza
Se tem algo que é chato, às vezes, é ouvir sobre o tempo de Deus. Geralmente, estamos vivendo uma tristeza por alguma situação não ter acontecido, e alguém fala: “é porque ainda não chegou o tempo de Deus na sua vida”. A pessoa fala na melhor das intenções, mas parece que ela está, na verdade, fugindo do assunto e se mostrando incapaz de dar uma resposta inteligível. Quando começa a querer explicar, então, a diferença entre "cronos" e "kairós", nossa... Já queremos mais umas horas no dia e aí descobrimos que existe um tempo não sequencial, a existência pura e simples que Deus habita – na qual, logicamente, nós não vivemos. Assim, seguimos com o sentimento de uma vida sem sentido.
O livro de Eclesiastes apresenta algumas dicas para nos acharmos em meio às crises quanto ao tempo ou, melhor dizendo, quanto à não realização das coisas em nossas vidas. A primeira delas é olhar para o alto, expressão que significa olhar para Deus. Não é necessário ser filósofo para saber que o tempo e as estações são uma parte normal da vida. Repetidas vezes, Salomão afirma que Deus trabalha para satisfazer a sua própria vontade no tempo apropriado.
Além do olhar para Deus, olhar para dentro também é importante. Não sabíamos, mas há em nós um desejo pela eternidade e isso, em partes, explica nossa insatisfação e incapacidade de desvendar os enigmas da vida. Queremos explicar tudo que acontece aqui e agora, mas só conseguimos mesmo é gozar a vida – viver para Deus e seus propósitos, o que pode torna-la significativa.
Em uma leitura, conheci a história de William Sangster, que tinha uma atrofia muscular progressiva e sem cura. Ele adotou algumas posturas para a sua vida: não iria se queixar, manteria um lar alegre, contaria as suas bênçãos e tentaria transformar esse mal em benefícios para a sua vida. Seguiu assim até o fim do seu tempo.
Às vezes, acho que não temos mais fé em Deus, mas, sim, fé na fé. Acabamos olhando para a vida e seus ciclos como uma prisão e não como um padrão do desenrolar dos fatos. Não podemos explicar a vida, mas experimentá-la. As explicações dos acontecimentos nos ajudam, mas a fé em Deus nos permite aprender a viver com os aparentes absurdos e incoerências, nos conferindo esperança através das promessas bíblicas de companhia eterna de Jesus e seu amor.
• Leonardo Souza é pastor da juventude da Primeira Igreja Batista do Retiro, Volta Redonda/RJ.
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