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Palavra do leitor

Voçê não tem fé no teu Deus não? Vai orar!

Este é um artigo emocionado e saudoso. A frase acima era de minha mãe, que há exatos quinze anos desfruta da bênção de estar no Senhor.

Minha mãe teve uma infância muito feliz, um pai amoroso que cuidava muito bem dela, mas, uma mãe bastante severa. Ela os perdeu cedo, entre 17 e 18 anos. Após essas perdas conheceu meu pai e fatalmente como ocorre em situações como estas acabou se envolvendo com ele, um homem bem mais velho e de posição social consolidada.

Foram dez anos de convivência que geraram quatro filhos, que ele abandonou logo após o nascimento do quarto. As grandes dificuldades, o preconceito da família por não ser casada levaram minha mãe a deixar meus irmãos com minhas tias e tentar a sorte no Rio de Janeiro. Um sofrimento imenso para uma mãe, que chorava todas as noites e via em seus sonhos seus quatro filhos, o ultimo de apenas dois anos.

Com muitas dificuldades minha mãe conseguiu emprego, mas, como doméstica. Quisera que o tempo de separação dos filhos fosse pouco, mas, não foi, na profissão de domestica não havia como sustentar quatro crianças na cidade do Rio de Janeiro.
Mas, Deus tem seus caminhos para chegar ao coração que Ele deseja, tudo que planeja não poder ser frustrado.(Jó 42. 2) Foi assim que a primeira providencia apareceu, o direito de receber a pensão do INSS do pai (naquela época INPS) e aí só então, depois de muita batalha, a viagem de volta a sua cidade. E a vinda do primeiro filho, Eduardo.

O sofrimento dos meus irmãos não foram menores do que o de minha mãe, principalmente Eduardo que vivia praticamente abandonado. Uma oração mudou a historia de meu irmão. Triste num natal onde todas as crianças haviam ganho presentes ele na sua meninice assim orou: Deus, se você existe esse é o ultimo natal que eu passo abandonado assim!(Sl 66.2).

E foi. No outro dia minha mãe chegou com seus presentes e o levou com ela.
Dois de meus irmãos não quiseram ficar com minha mãe, rompendo com ela até sua morte. Mas, Roberto, que ainda era pequeno lutou bem ao seu estilo "rebelde" para ficar com nossa mãe. E jurou: Nunca mais em minha vida me separo de você! E assim foi ate o fim.

Eu fui uma filha pedida, quando minha irmã mais velha a rejeitou. E assim como ela pediu a Deus fui sua companheira até que ela pudesse estar com seu Eterno Companheiro.

Mas, porque estou contando tudo isso a vocês? É para dar o pano de fundo do que eu quero ressaltar como o maior de todos os ensinamentos que minha mãe me deixou.
Por muitos anos minha mãe andou iludida nas trevas na macumbaria, eu andava com ela em todos esses lugares e conheci duas mulheres, uma, atormentada pelo diabo e outra, cheia de paz de Cristo (Ef 2.14).

Sem saber, minha mãe foi uma autentica peregrina do Novo Caminho, como diz Larry Crabb. Ela tinha uma fé simples de criança, nunca vi minha mãe duvidar sobre algo que ela orava. A oração dela era simples, sem rebuscamento, como uma criança que fala com seu Pai muito amado e que sabe que é muita amada (Mt 15.10).

Por ter passado tantas dificuldades, lutas tremendas e terríveis, dores lancinantes em sua alma, minha mãe encontrou em Cristo a sua satisfação. Quando eu lhe perguntava se sentia solidão, ela dizia: Não, depois que aceitei a Cristo eu nunca mais senti solidão, eu não sei o que é depressão, tristeza, Cristo me satisfaz (1Co 8.6).

Não guardava ódio, ela não sabia o que era isso. Apesar de todo mal que meu pai lhe fizera, a rejeição de meus irmãos, minha mãe os perdoara. Tornou-se verdadeiramente outra pessoa.(2Co 5.17) Não ia a igreja por religião, mas, todos os domingos estava presente, não gostava de faltar a ceia, adorava a Deus com seu dízimo, tudo por seu amor de menina por seu Pai Celestiall.

Quando eu entrava em crise, ansiosa por respostas, faculdade, emprego, namoro, estudos, ela me olhava bem seria e me dizia: Não tem fé no teu Deus não? Vai orar!
E com ela aprendi essa lição tremenda: Ter fé de criança em meu Deus! (Rm 1.17).
Saber que apesar de lutas, dores, decepções, rejeições, traições, calunias, de sonhos despedaçados, o meu Pai, o meu Paizinho Celestial esta comigo. É pra Ele as minhas orações, Ele que sara minhas dores, ele que cuida das minhas feridas, talvez não consiga todas as coisas que orar, mas, meu Paizinho Celestial ficará comigo.(Mt. 28.20).

Minha, mãe, Anete, morreu serena. E eu imagino, que como uma criança que corre feliz para os braços de seu Pai, foi assim a chegada de minha mãe a Cristo (Rm 8.15).
Eu queria compartilhar com você a historia dessa pequena heroina da fé, que foi minha mãe. E queria compartilhar com você que seja qual for a luta pela qual esteja passando, seja qual for seu sonho, seja o que for: Tenha fé no teu Deus, vá orar!(Hb 13.1). Que as coisas do dia a dia, as secundárias, que nenhuma delas ocupem o lugar principal de Deus.

Ame Deus como uma criança que vê naquele homem (imperfeito) que é seu pai, seu herói. Seus olhos brilham para ele, que o espera para dormir, que ela não vê a hora de ele chegar do trabalho para brincarem, sentar no seu colo, abraça-lo, só pelo fato de ele ser o seu pai.

Amemos Deus assim, não pelo o que Ele pode nos dar. Mas, pelo o que Ele é, nosso Pai, que nos tirou das trevas, que sarou nossa alma, que satisfaz nosso coração, que cuida de nós com zelo, que caminha conosco, que NUNCA nos deixa sós.
Nos dispamos de nossa auto-suficiência e nos tornemos simples crianças, dependentes profundamente por esse Pai que cuida de nós, seus pequenos filhos (1Pe 5.7).
No mais digo a você: Não tem fé no teu Deus não? Vai orar!
Rio De Janeiro - RJ
Textos publicados: 7 [ver]

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