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Palavra do leitor

Vida Espiritual

Desde menino gostava de música. Meu pai já trabalhava no rádio, no período em que minha memória alcança, e estive em muitos shows nos auditórios das rádios onde ele trabalhou. Conheci os cantores pessoalmente, me aproximei dos instrumentos, dos músicos, tudo aquilo me fascinava.

Ao mesmo tempo, me sentia frustrado por não saber cantar, tocar algum instrumento, ou fazer qualquer coisa no âmbito musical. Claro que montava meus shows secretos lá em casa. Era eu, minha fantasia e mais ninguém, afinal sempre tivemos toca discos, gravadores, aparelhos de som, etc.

Salvo engano, no último emprego de meu pai em rádio, ele foi diretor da discoteca da Rádio América. Ali, experimentei de tudo que havia por lá, além de fazer o que havia relacionado aos discos (78 e 33 rotações e vinil, naquele tempo), mas meu desafio era a música.

Descobri lá perto de casa, uma professora de música, violão, piano e canto, a Profª. Olga Corsi, já citada em algum outro texto, por aqui. Não sei se antes, durante ou depois, comecei a estudar piano no conservatório Maestro Francisco Algum Sobrenome (se alguém lembrar me ajude), em Moema, ali na Av. Ibirapuera, entre o largo da Igreja e a Av. Republica do Líbano. Isso não deu em nada.

No Ginásio Vocacional Oswaldo Aranha, tivemos aulas de Educação Musical, nos seis anos que passei lá. Todo mundo explicava a função do diafragma e a importância da respiração e isso nunca me desbloqueou.

No último ano, fazia parte de dois Coros, o da quarta-série e o da Escola. Cantamos em vários lugares, inclusive em outras cidades. Como alcançava notas mais baixas, era um dos dois barítonos desses coros. Barítonos, dificilmente, se destacam nesse tipo de canto.

A Segunda Era com a Profª Olga Corsi

A Profª Olga Corsi era minha fã, sabe-se lá por que. Ela fazia um evento anual de música transformando os alunos dela em artistas musicais. Toquei piano, violão, piano e guitarra, nessa altura com nossa banda, nesses eventos. Entretanto, me achava, e sempre me achei, uma fraude musical. Um dia desisti, ou melhor, concluí que meu negócio na música era ser ouvinte e só.

Passado algum tempo, fui estudar teologia na Faculdade Teológica Batista de São Paulo e, no primeiro ano, tivemos aulas de Música na Igreja. Na primeira aula, nosso professor mencionou um detalhe sobre a musicalidade que foi o mesmo que cravar uma espada em meu estômago.

Ele teve o desplante de dizer que todos nós temos o dom da música e basta desbloqueá-lo para poder usá-lo. Bom, a princípio achei o cara meio fanfarrão e, além de tudo, ele tinha voz de soprano, sim soprano. Já viu algum soprano masculino? Então, eu vi.

Obviamente, larguei essa bobagem para lá e continuei ouvinte, quando o tema era música. Até ficava zangado quando lembrava daquele professorzinho.

Anos depois, morando em Sorocaba, estava trabalhando e exercendo um dos meus outros dons, que eu prefiro chamar de facilidades, na área de informática. Entremeado ao meu trabalho, jogava paciência no PC, para descansar a visão e a mente.

A maioria das pessoas não alcançam o porque da Microsoft colocar esse tipo de jogo entre os outros softwares, mas eu sabia e desfrutava. Nesse jogo, além de colocar as cartas ciberneticamente embaralhadas em ordem de naipes, você faz isso contra o relógio.

Quanto menos tempo você utilizar para colocar tudo em ordem, mais pontos você recebe. Geralmente eu fechava cada mão aí pelos cinco mil pontos. Uma vez cheguei aos sete mil e poucos e fiquei feliz da vida.

Certo dia, muito entretido no trabalho, percebi que precisava descansar. Em segundos acionei o jogo e iniciei a primeira mão. Em poucos minutos fechei a primeira mão em mais de quatorze mil pontos.

Quando vi o resultado, achei que meu computador tinha pifado. Então comecei outra mão, dessa vez fui ainda mais rápido, chegando aos dezesseis mil. Logo depois, dezoito mil, dezenove mil e não parava mais de aumentar. Resolvi parar.

A primeira coisa que me veio a cabeça foi o professor de música da faculdade dizendo que todos nós temos o dom da música, basta desbloquear para usar. Desbloqueando o dom, o céu é o limite.

Lembrei também do Mestre Emílio com a ministração sobre Jesus e a distribuição de alimento a cinco mil pessoas onde não havia comida. Ele pediu para seus discípulos alimentarem toda aquela gente e eles só conseguiram reunir cinco pães e dois peixes. Como poderiam alimentar tanta gente só com aquilo?

Em outra ocasião, já perto de sua crucificação, ele disse: "Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir" Jo: 16-13.

Os discípulos se renderam ao Mestre dizendo: "O que podemos fazer com cinco pães e dois peixes para cinco mil pessoas?"

Então Jesus estava pronto para fazer através deles. Ele se tornou um com cada um deles, uma espiritualidade latente, e ultrapassaram todas as barreiras humanas presentes e a multiplicação tornou-se possível.
São Paulo - SP
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Site: http://agrutadolou.com.br
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