Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Palavra do leitor

Vade retro, oh, política ou não?

Vade retro, oh, política ou não?

‘’A política pode ser o caminho para mudanças, em favor tanto das maiorias quanto das minorias, ou não!’’

O então candidato a presidência dos Estados Unidos, John Kennedy, com uma formação católica, declarou ser sua formação religiosa, uma questão de ordem particular, sem a condição de interferir nos rumos a serem tomados, a qual deveriam se atentar para a nação. O resultado da posição assumida, acabou por culminar na sua eleição. Agora, até que ponto nossas narrativas do passado, a qual desencadeiam nossas convicções e, aqui, trago a tona, a temática religiosa, ética, dos valores e das convicções não são um termômetro de nossas escolhas, de nossas decisões, de nossas restrições, de nossas aberturas para escutar e ponderar? Eis o desafio, quando nos deparamos com o cenário de uma realidade pluralista, com suas articulações de discursos em prol e em favor, por exemplo, do feminismo, da agenda do aborto, do casamento entre pessoas do mesmo sexo, da eutanásia, da retirada de símbolos religiosos de escolas e repartições públicas e outros temas de efervescência, como o racismo, por exemplo, a concessão de quotas para o acesso as universidade, a cargos públicos estratégicos. Então, deveríamos, nos afastar, categoricamente, dos assuntos relacionados e correlacionados a política? Seria e será certo aceitar o discurso de que política não pode ser evocada, pelos cristãos? Vade retro, oh, política, constitui – se na resposta adequada e indiscutível? Tristemente, um dos maiores e mais sentidos erros herdados pela comunidade evangélica, protestante, católica, pentecostal, ortodoxa e outras de não menos importância, consiste num certo desconforto por se afastar de uma leitura coerente não da religião alienadora, mas sim a calcada em proporcionar uma direção sólida e salutar no que toca a delicadas situações e assuntos, em termos morais, de liberdade, de justiça, de progresso e equilíbrio. Por mais que muitos relutem, a maneira como nos portamos e nos comportamos advém de narrativas, de um passado, embora não definitivos. É bem verdade, um dos nossos entraves ao abordar sobre a participação do cristão na política, encontra – se na direção de uns, a qual se denomina de cristãos, por reduzirem um assunto tão complexo e amplo, num sermão moralista e legalista, sem levar em consideração o quanto os valores, a cultura, a fé, a crença, a oração, o serviço e o conhecimento podem nos ajudar a enfrentar intricados problemas que mexem ou deveriam mexer com cada seguidor de Jesus, tais como: a pobreza e o racismo, a deficiência de um serviço público, os efeitos e impactos do desemprego, a violência, os abusos, a desesperança, a corrupção. Sem sombra de dúvida, os opositores de qualquer discurso voltado a deixar, de lado, a fé ora professada, caso queiram algo, no espaço público, ou, o oposto, uma vida de fé, não devem ser entrelaçar com a política, configura – se como um absurdo, uma depravação, uma abominação e um literal pecado. Muitos advogam a pauta dessa neutralidade, dessa imparcialidade, dessa não opinação, porque veem inadequada uma economia ancorada a proporcionar a permitir aos indivíduos, fazerem o que quiserem, sem nenhuma ocupação com as mazelas sociais. Noutro lado, são taxativos em rechaçar qualquer intervenção, em matéria de ordem moral e ética, comportamental e sexual. Eis a situação de deixar os indivíduos efetuarem suas próprias escolhas, tanto econômicas ou morais, sem haver nenhum adendo de conotação religiosa. Ora, não ergo e muito menos soergo uma redação alinhada a uma ideologia x ou y ou z. Digo isso, porque não podemos nos esquecer de milhares e milhares de pessoas exercem suas tarefas diárias, como pais, mães, filhos, avos, cidadãos, empregados, enfrentam o transito das metrópoles, os desafios de cada dia, perdem conhecidos, operam, se divertem, se casam, se divorciam, declaram sua crença e fé, tem empresas, se formam e por ai a lista se prolonga. Mesmo com tudo isso, não vivenciamos um momento de haver um sentido a mais, uma narrativa que nos leve a ir além de viver por viver e como essa pergunta nos direciona ao acervo de valores de relevância, como nos evangelhos, e não há como virar as costas para as narrativas religiosas, sem a bitolação fundamentalista e radical? As palavras do profeta Jeremias, Jr. 22.3, não nos franqueia nenhuma legitimidade para afirmar e reafirmar uma teocracia, uma preferência para uns escolhidos, não e não. Diametralmente oposto, há específicas questões atreladas a assuntos de justiça, de liberdade, de direitos, de igualdade, que podemos atentar para os acervos de valores conferidos pela fé e, piamente, a bíblia, sem fazer da mesma, uma ferramenta de abusos e arbitrariedades, nos oferece fecundas oportunidades. Por fim, vade retro, oh política? Presumidamente, não, em função de que os Profetas (Jeremias, Amos, Isaias, Obadias, Ageu e outros) bradaram por uma restauração e reconciliação na e da vida pública, movidos e impelidos por uma fé estribada a não se acovardar, nos retratos das injustiças, das impiedades, das iniquidades e, por consequência, não seria o esperado de nós?
São Paulo - SP
Textos publicados: 204 [ver]

Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.