Palavra do leitor
- 15 de junho de 2020
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Vade retro, oh, política ou não?
Vade retro, oh, política ou não?
‘’A política pode ser o caminho para mudanças, em favor tanto das maiorias quanto das minorias, ou não!’’
O então candidato a presidência dos Estados Unidos, John Kennedy, com uma formação católica, declarou ser sua formação religiosa, uma questão de ordem particular, sem a condição de interferir nos rumos a serem tomados, a qual deveriam se atentar para a nação. O resultado da posição assumida, acabou por culminar na sua eleição. Agora, até que ponto nossas narrativas do passado, a qual desencadeiam nossas convicções e, aqui, trago a tona, a temática religiosa, ética, dos valores e das convicções não são um termômetro de nossas escolhas, de nossas decisões, de nossas restrições, de nossas aberturas para escutar e ponderar? Eis o desafio, quando nos deparamos com o cenário de uma realidade pluralista, com suas articulações de discursos em prol e em favor, por exemplo, do feminismo, da agenda do aborto, do casamento entre pessoas do mesmo sexo, da eutanásia, da retirada de símbolos religiosos de escolas e repartições públicas e outros temas de efervescência, como o racismo, por exemplo, a concessão de quotas para o acesso as universidade, a cargos públicos estratégicos. Então, deveríamos, nos afastar, categoricamente, dos assuntos relacionados e correlacionados a política? Seria e será certo aceitar o discurso de que política não pode ser evocada, pelos cristãos? Vade retro, oh, política, constitui – se na resposta adequada e indiscutível? Tristemente, um dos maiores e mais sentidos erros herdados pela comunidade evangélica, protestante, católica, pentecostal, ortodoxa e outras de não menos importância, consiste num certo desconforto por se afastar de uma leitura coerente não da religião alienadora, mas sim a calcada em proporcionar uma direção sólida e salutar no que toca a delicadas situações e assuntos, em termos morais, de liberdade, de justiça, de progresso e equilíbrio. Por mais que muitos relutem, a maneira como nos portamos e nos comportamos advém de narrativas, de um passado, embora não definitivos. É bem verdade, um dos nossos entraves ao abordar sobre a participação do cristão na política, encontra – se na direção de uns, a qual se denomina de cristãos, por reduzirem um assunto tão complexo e amplo, num sermão moralista e legalista, sem levar em consideração o quanto os valores, a cultura, a fé, a crença, a oração, o serviço e o conhecimento podem nos ajudar a enfrentar intricados problemas que mexem ou deveriam mexer com cada seguidor de Jesus, tais como: a pobreza e o racismo, a deficiência de um serviço público, os efeitos e impactos do desemprego, a violência, os abusos, a desesperança, a corrupção. Sem sombra de dúvida, os opositores de qualquer discurso voltado a deixar, de lado, a fé ora professada, caso queiram algo, no espaço público, ou, o oposto, uma vida de fé, não devem ser entrelaçar com a política, configura – se como um absurdo, uma depravação, uma abominação e um literal pecado. Muitos advogam a pauta dessa neutralidade, dessa imparcialidade, dessa não opinação, porque veem inadequada uma economia ancorada a proporcionar a permitir aos indivíduos, fazerem o que quiserem, sem nenhuma ocupação com as mazelas sociais. Noutro lado, são taxativos em rechaçar qualquer intervenção, em matéria de ordem moral e ética, comportamental e sexual. Eis a situação de deixar os indivíduos efetuarem suas próprias escolhas, tanto econômicas ou morais, sem haver nenhum adendo de conotação religiosa. Ora, não ergo e muito menos soergo uma redação alinhada a uma ideologia x ou y ou z. Digo isso, porque não podemos nos esquecer de milhares e milhares de pessoas exercem suas tarefas diárias, como pais, mães, filhos, avos, cidadãos, empregados, enfrentam o transito das metrópoles, os desafios de cada dia, perdem conhecidos, operam, se divertem, se casam, se divorciam, declaram sua crença e fé, tem empresas, se formam e por ai a lista se prolonga. Mesmo com tudo isso, não vivenciamos um momento de haver um sentido a mais, uma narrativa que nos leve a ir além de viver por viver e como essa pergunta nos direciona ao acervo de valores de relevância, como nos evangelhos, e não há como virar as costas para as narrativas religiosas, sem a bitolação fundamentalista e radical? As palavras do profeta Jeremias, Jr. 22.3, não nos franqueia nenhuma legitimidade para afirmar e reafirmar uma teocracia, uma preferência para uns escolhidos, não e não. Diametralmente oposto, há específicas questões atreladas a assuntos de justiça, de liberdade, de direitos, de igualdade, que podemos atentar para os acervos de valores conferidos pela fé e, piamente, a bíblia, sem fazer da mesma, uma ferramenta de abusos e arbitrariedades, nos oferece fecundas oportunidades. Por fim, vade retro, oh política? Presumidamente, não, em função de que os Profetas (Jeremias, Amos, Isaias, Obadias, Ageu e outros) bradaram por uma restauração e reconciliação na e da vida pública, movidos e impelidos por uma fé estribada a não se acovardar, nos retratos das injustiças, das impiedades, das iniquidades e, por consequência, não seria o esperado de nós?
‘’A política pode ser o caminho para mudanças, em favor tanto das maiorias quanto das minorias, ou não!’’
O então candidato a presidência dos Estados Unidos, John Kennedy, com uma formação católica, declarou ser sua formação religiosa, uma questão de ordem particular, sem a condição de interferir nos rumos a serem tomados, a qual deveriam se atentar para a nação. O resultado da posição assumida, acabou por culminar na sua eleição. Agora, até que ponto nossas narrativas do passado, a qual desencadeiam nossas convicções e, aqui, trago a tona, a temática religiosa, ética, dos valores e das convicções não são um termômetro de nossas escolhas, de nossas decisões, de nossas restrições, de nossas aberturas para escutar e ponderar? Eis o desafio, quando nos deparamos com o cenário de uma realidade pluralista, com suas articulações de discursos em prol e em favor, por exemplo, do feminismo, da agenda do aborto, do casamento entre pessoas do mesmo sexo, da eutanásia, da retirada de símbolos religiosos de escolas e repartições públicas e outros temas de efervescência, como o racismo, por exemplo, a concessão de quotas para o acesso as universidade, a cargos públicos estratégicos. Então, deveríamos, nos afastar, categoricamente, dos assuntos relacionados e correlacionados a política? Seria e será certo aceitar o discurso de que política não pode ser evocada, pelos cristãos? Vade retro, oh, política, constitui – se na resposta adequada e indiscutível? Tristemente, um dos maiores e mais sentidos erros herdados pela comunidade evangélica, protestante, católica, pentecostal, ortodoxa e outras de não menos importância, consiste num certo desconforto por se afastar de uma leitura coerente não da religião alienadora, mas sim a calcada em proporcionar uma direção sólida e salutar no que toca a delicadas situações e assuntos, em termos morais, de liberdade, de justiça, de progresso e equilíbrio. Por mais que muitos relutem, a maneira como nos portamos e nos comportamos advém de narrativas, de um passado, embora não definitivos. É bem verdade, um dos nossos entraves ao abordar sobre a participação do cristão na política, encontra – se na direção de uns, a qual se denomina de cristãos, por reduzirem um assunto tão complexo e amplo, num sermão moralista e legalista, sem levar em consideração o quanto os valores, a cultura, a fé, a crença, a oração, o serviço e o conhecimento podem nos ajudar a enfrentar intricados problemas que mexem ou deveriam mexer com cada seguidor de Jesus, tais como: a pobreza e o racismo, a deficiência de um serviço público, os efeitos e impactos do desemprego, a violência, os abusos, a desesperança, a corrupção. Sem sombra de dúvida, os opositores de qualquer discurso voltado a deixar, de lado, a fé ora professada, caso queiram algo, no espaço público, ou, o oposto, uma vida de fé, não devem ser entrelaçar com a política, configura – se como um absurdo, uma depravação, uma abominação e um literal pecado. Muitos advogam a pauta dessa neutralidade, dessa imparcialidade, dessa não opinação, porque veem inadequada uma economia ancorada a proporcionar a permitir aos indivíduos, fazerem o que quiserem, sem nenhuma ocupação com as mazelas sociais. Noutro lado, são taxativos em rechaçar qualquer intervenção, em matéria de ordem moral e ética, comportamental e sexual. Eis a situação de deixar os indivíduos efetuarem suas próprias escolhas, tanto econômicas ou morais, sem haver nenhum adendo de conotação religiosa. Ora, não ergo e muito menos soergo uma redação alinhada a uma ideologia x ou y ou z. Digo isso, porque não podemos nos esquecer de milhares e milhares de pessoas exercem suas tarefas diárias, como pais, mães, filhos, avos, cidadãos, empregados, enfrentam o transito das metrópoles, os desafios de cada dia, perdem conhecidos, operam, se divertem, se casam, se divorciam, declaram sua crença e fé, tem empresas, se formam e por ai a lista se prolonga. Mesmo com tudo isso, não vivenciamos um momento de haver um sentido a mais, uma narrativa que nos leve a ir além de viver por viver e como essa pergunta nos direciona ao acervo de valores de relevância, como nos evangelhos, e não há como virar as costas para as narrativas religiosas, sem a bitolação fundamentalista e radical? As palavras do profeta Jeremias, Jr. 22.3, não nos franqueia nenhuma legitimidade para afirmar e reafirmar uma teocracia, uma preferência para uns escolhidos, não e não. Diametralmente oposto, há específicas questões atreladas a assuntos de justiça, de liberdade, de direitos, de igualdade, que podemos atentar para os acervos de valores conferidos pela fé e, piamente, a bíblia, sem fazer da mesma, uma ferramenta de abusos e arbitrariedades, nos oferece fecundas oportunidades. Por fim, vade retro, oh política? Presumidamente, não, em função de que os Profetas (Jeremias, Amos, Isaias, Obadias, Ageu e outros) bradaram por uma restauração e reconciliação na e da vida pública, movidos e impelidos por uma fé estribada a não se acovardar, nos retratos das injustiças, das impiedades, das iniquidades e, por consequência, não seria o esperado de nós?
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