Quando a dor encontra a fé: o nascimento de "O Milagre"

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Não escrevi um livro por vontade de ser escritor. Escrevi porque a dor me atravessou. "O Milagre" nasceu entre orações e lágrimas, nas madrugadas em que eu pedia a Deus que a minha mãe suportasse o tratamento contra o câncer. Cada página foi escrita com o coração espremido pela esperança. Não foi um projeto literário. Foi um clamor registrado.

Ao longo dos dias de radioterapia, vi algo inexplicável acontecer: minha mãe, contra todos os prognósticos, passou pelo processo sem os efeitos colaterais esperados. Não houve náuseas, não houve feridas, apenas uma silenciosa caminhada sustentada por orações, nossas e de muitos que nem conhecíamos.

Mas o verdadeiro milagre não foi apenas a ausência dos sintomas. O verdadeiro milagre foi o que essa jornada fez dentro de mim. Foi perceber que, quando tudo parece escuro, a fé nos oferece uma lanterna. Foi entender que milagres acontecem quando há entrega, e que nem sempre se manifestam como cura física, mas como força para permanecer de pé.

"O Milagre da Sala Verde" é, acima de tudo, um testemunho. Um convite para quem enfrenta o vale da sombra da morte a olhar para cima e lembrar que há um Pastor conduzindo o rebanho. Escrevi como filho, mas também como irmão em Cristo, que sabe o quanto o sofrimento pode tentar nos afastar da fé e o quanto Deus é fiel em nos trazer de volta.

Este livro é para quem ora pelos pais, pelos filhos, pela vida. Para quem precisa acreditar que existe um propósito mesmo na dor. E para quem deseja ver com os olhos da alma aquilo que os olhos naturais não conseguem captar.

Finalizo este texto com um dos versículos que mais me acompanhou nessa jornada:

"Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor."
(Salmos 40.1)

Se este livro alcançar pelo menos uma vida com esperança renovada, então meu propósito como autor terá sido cumprido.

Com fé,

Peterson Sitonio
Autor de "O Milagre da Sala Verde"
@petersontrindadesitonio

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