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Palavra do leitor

Os pesos

Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
Mateus 11.29,30

É interessante quando você fala com algum cristão sobre a Graça. Há quase sempre duas reações: ou não aceitam por ser fácil demais pra ser verdade ou dizem que você está deturpando o sentido da Graça porque a Graça não é moleza não, é inclusive mais dura que a Lei.

Nos dois casos há algo em comum, algo que Paul Tournier chama em seu livro, Culpa e Graça, de culpa expiatória - ou algo assim.

O fato é que o mundo é o mundo da Lei. Não só os judeus com sua Lei mosaica. Nem as civilizações com suas leis escritas ou seus costumes normativos. O mundo é o mundo da lei simplesmente pelo tão impregnado costume de nossos pais da causa e consequência.

Mas ele não afeta somente a área jurídica da existência. Bom seria se fosse. Mas esse espírito, o espírito desse mundo, impregna os relacionamentos, quando fomenta as amizades e vivências baseadas na troca; quando um pai investe na educação do filho e esbraveja quando esse vai mal na escola - afinal, eu investi em você, garoto!; até no visível contraste nos serviços prestados pelos setores público e privado, pois qualquer um que tenha ido a uma repartição pública para ser atendido de qualquer necessidade e que também tenha ido a uma "repartição" privada, seja ela uma escola, hospital, etc. percebe a diferença até de força de vontade, e porquê? porque na pública não há patrão.

É esse comportamento que Cristo, o tempo todo, denuncia. Mostrando que não só porque, por exemplo, você não se deita com outra outra mulher que você não adultera. E nem é só porque você não, literalmente, mata outra pessoa que você não é homicida. Ou que não tem uma pequena estátua de santo em casa que você não é idólatra.¹

Cristo veio nos ser espelho. Espelho do próprio Deus, mostrando Deus como ele realmente é. O Verbo se fez carne e habitou entre nós. Deus desceu e comeu conosco, falou conosco. Mas também Cristo foi espelho para nós, o espelho da nossa vergonha. O que foi entendido por Davi: "não há quem faça o bem, não há sequer um."²

Mas há os que preferem viver segundo a lei desse mundo, o espírito desse mundo. Esses recebem de seu senhor, o seu peso. E o mundo é um exigente senhor. Pois o peso que carregam os que servem a ele não é um enfado físico, antes, é o enfado das exigências. Exigências dos outros-todos, da religião, do mercado-mamon, do status-quo, entre outros.

E não se enganem, os que vivem sob o julgo de tais exigências perecem nos estresses da vida, que se manifestam no medo. Medo de não ter sucesso, medo dos filhos não terem sucesso, medo da condenação divina - que é o motor da religião -, medo do não-amor; que pode ser resumido no medo de perder.

E é por essa específica razão que o julgo de Cristo é suave e seu fardo é leve. Não é, como alguns pensam, porque Deus resolveu afrouxar as rédeas, e permitir aos seus filhos uma libertinagem qualquer, muito mais profundo e libertador que isso, é porque quem está em Cristo não tem nada a perder, visto que o que ele tem a ganhar não é desse mundo. E cristo foi o exemplo, quando questionado por Pilatos do porque que - se ele fosse mesmo Rei - seus seguidores não o salvam, respondendo "meu reino não é desse mundo". E também não é numa mentalidade de recompensa-maior que se processa o julgo suave em nossa vida, mas pelo desapego as coisas que aqui são glória, pelo entendimento que Paulo teve:

E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo.³

É em Cristo que temos paz para viver. Não numa estabilidade profissional, sentimental, religiosa ou de qualquer tipo. A segurança que Cristo oferece é o considerar todas essas coisas como lixo se me servirem de segurança. Por esse motivo vemos tantos super-realizados financeiramente, homens que tem tudo que o mundo pode oferecer, beirando - quando não consumando - o suicídio. Simplesmente por que eles alcançaram tudo o que o coração deles desejou e projetou como alvo. E quando assim foi, o sentido de existir cessou, visto que antes o sentido era alcançar tais coisas.

É por isso que o Coyote nunca pode pegar o Papa-léguas! Porque no dia que isso acontecer, o desenho acaba.

Por que tudo que o homem deseja ele alcança. E tudo aqui é finito. Agora, se o nosso alvo é algo que, embora alcançável é infinito, nós O alcançaremos sim, mas nunca O consumaremos, nunca O teremos sobre controle, nunca O dissecaremos em nossos métodos científicos, Ele não cabe em nossas compreensões, nem em nossas contas bancárias, nem nossos desejos, nossas barrigas, NEM NADA!

Termino dizendo como Oséias: Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR.


¹Qualquer dúvida leia o evangelho segundo Mateus, dos capítulos 5 ao 7.
²Salmos 14.3
³Filipense
Nova Iguaçu - RJ
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