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Palavra do leitor

O pregador como um semeador interativo

"Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram" (Lc 8.5).

Você já procurou entender a parábola do semeador? Leia Mateus 13.3-23; Marcos 4.1-20 e Lucas 8.5-15, e imagine o semeador como um pregador à moda antiga. Tente fazer uma lista das associações que este tipo de analogia traz à sua mente.

O próprio Senhor Jesus comparou a tarefa da pregação com o ofício de espalhar sementes. Assim, devemos entender o trabalho do pregador como um semeador dos recados de Deus para as pessoas. Esta analogia é muito importante, pois semear exige preparo prévio do solo pelo semeador. Agora observe o que o Senhor Jesus disse no versículo 12, ao explicar o trecho da parábola descrito acima: "A que caiu à beira do caminho são os que a ouviram; vem, a seguir, o diabo e arrebata-lhes do coração a palavra, para não suceder que, crendo, sejam salvos". Assim, a história contada pelo Mestre diz claramente que a correta pregação da Palavra de Deus se depara com inúmeros obstáculos. Desde a atuação do diabo, o principal inimigo dos cristãos, até as dificuldades da cultura na qual os pregadores/semeadores e os ouvintes/terras estão inseridos. Sobre este último obstáculo, confira o versículo 14: "A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer". 

O psicólogo e escritor Augusto Cury, em sua coleção Análise da Inteligência de Cristo, no volume 5, intitulado O Mestre Inesquecível, diz que o Mestre dos Mestres era um plantador de sementes, pois sabia que a personalidade não muda num passe de mágica. "Era um educador de princípios, um pensador perspicaz, arguto e detalhista. Por que ele se posicionou como um semeador e comparou o coração psicológico a um solo? Porque não queria dar meros ensinamentos, regras de comportamentos e normas de conduta."

Cury descreve os quatros tipos de solos, enfatizando que representam quatro tipos de personalidade distinta ou quatro estágios de uma mesma personalidade. Este estudo é muito importante para quem deseja ser um pregador/semeador. Farei apenas um resumo, por motivo de espaço. Entretanto, recomendo que você leia aquele volume, se quiser ter uma compreensão mais profunda sobre o assunto.

No primeiro tipo, o solo que representa um caminho, Cury interpreta como as pessoas que têm o seu próprio caminho, que não estão abertas para algo novo e, portanto, não estão dispostas a aprender. No segundo tipo, o solo rochoso, Jesus se referiu às pessoas que se enganaram por achar que segui-lo traria uma vida fácil, sem dificuldade alguma. O terceiro tipo, o solo com espinhos, representa as pessoas mais profundas e sensatas, que venceram as dificuldades externas para manter a fé, mas que sucumbiram diante das dificuldades internas, do seu próprio "eu". Por fim, a boa terra representa as pessoas que compreenderam a palavra de Jesus, refletiram sobre ela e permitiram que ela habitasse no seu ser.

O sonho de todo pregador/semeador da Palavra de Deus é transmitir mensagens vindas do trono de Deus, movidos pelo Espírito Santo, de modo a transformar e edificar a vida de seus ouvintes. Mas parece não serem raras as vezes em que a semente preparada com tanto cuidado e regada com muita oração não produz os resultados no coração do povo com a mesma potencialidade de quando, dada por Deus, nasceu no coração do pregador. Surge, então, uma pergunta que não quer calar: já que a parte sobrenatural compete a Deus, qual a parte humana para fazer com que o raio de ação da pregação/semeadura seja multiplicado?

Primeiro, repense criticamente a sua concepção de comunicação para, só depois, avançar em seus estudos técnicos e de performance no púlpito. A minha intenção com o exercício no início deste artigo foi realçar com bom humor o que parece ser a maneira de conceber a pregação por alguns pregadores brasileiros num passado não tão distante assim e que foi herdada por nossa geração. Eles quase pareciam dizer: "as pessoas devem sempre estar reverentes e interessadas pela pregação, ainda que não entendam nada!"

Exageros à parte, acredito que os pregadores antigos falavam a um público que, de uma forma ou de outra, estava culturalmente preparado para aceitar o que era pregado – sem questionar. É como naquela anedota em que uma irmãzinha diz ao pregador erudito no final do culto: Pastor, que menságe bunita... pena qui eu num entindi nada!

Paz e bênção!

Leia a 2ª parte desse artigo.
São Gonçalo - RJ
Textos publicados: 7 [ver]

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