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Palavra do leitor

O homem da ponte

-Ei, não pule!

Tentei de certa forma me me equilibrar sobre o apoio do muro da ponte e conseguia ver os trilhos bem distantes de onde eu estava. Algo perto de 20 metros de altura. Parei, respirei e então olhei para trás, pra saber quem era o homem da voz mansa que impedia-me de dar meu último salto e deixar a vida desgostosa que levava. Um homem de aparência jovem, parecia ter uns 30 anos, barba cheia e cabelos compridos começa então a se aproximar de mim. Ameacei pular, estava nervoso e não entendia muito bem a situação.

Ouvi sua doce voz me dizer:

-Calma filho, vai ficar tudo bem.

Com os olhos cheios de lágrimas, pensava comigo mesmo: "como alguém que nem conheço pode se preocupar tanto assim comigo?" Então ele se aproximou, deu-me um abraço e começou a contar-me sobre a sua trajetória de vida e tudo o que havia passado em apenas 33 anos de idade. Contou-me que era uma pessoa de grande influência e que contava histórias para multidões e que mesmo sem formação em medicina, conseguia diagnosticar doenças e oferecia a cura. Que mesmo com pouca idade, já possuía experiência suficiente para ensinar e que havia escolhido 12 amigos para ajuda-lo na "escola da vida". Contou-me também que pela rebelião do mundo, ele teria que morrer e que sua morte estava ligada de maneira inseparável ao supremo amor de seu pai.

Logo indaguei:

-Como pode um homem tão bom, morrer?

-Este é o único jeito, filho.

-Mas por que?

Ele, chorando, mas com um sorriso no rosto, abraçou-me e disse-me:

-Por amor, filho. Por amor.

E antes que pudesse perguntar o seu nome, foi-se embora, andando bem devagar. Voou do seu bolso um pedaço de papel, que veio em minha direção e que estava escrito algo que não entendi muito bem. Falava do amor de um cara chamado Deus e que ele daria seu único filho para o mundo e que deveríamos crer para ter a vida eterna. Nunca havia me sentido tão confuso.

Fui para casa e fiquei pensando no que acontecera aquele dia. Como poderia um homem que só fez coisas boas, morrer? E por que um pai mandaria o próprio filho dar a vida pelo mundo? Esse pai é doido?

Ainda não entendi muito bem, mas caí na real e percebi que aquele homem salvara minha vida. Ele me amou de tal maneira que se preocupou comigo e abriu mão de 30 minutos do seu tempo para conversar com um cara que nem conhecia. Parece pouco, mas aqueles 30 minutos me deram esperança, me deram um novo ar. Parecia ter recebido outra vida.

Não sei seu nome, nem se verei aquele cara novamente. Mas aquela imagem ficará na minha cabeça e serei eternamente grato, pelo que ele fez por mim.

Espera aí, acho que estou começando a entender...
Belo Horizonte - MG
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