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Palavra do leitor

O berro das cabras cegas

“ Ah, se eu soubesse onde o poderia achar! Então me chegaria ao seu tribunal. Exporia ante ele a minha causa, e a minha boca encheria de argumentos. Saberia as palavras com que ele me responderia, e entenderia o que me dissesse. Porventura segundo a grandeza de seu poder contenderia comigo? Não: ele antes me atenderia. Ali o reto pleitearia com ele, e eu me livraria para sempre do meu Juiz. Eis que se me adianto, ali não está; se torno para trás, não o percebo.” Jó 23; 3 – 8

Se alguém poderia cantar o refrão gospel da moda, “Restitui, eu quero de volta o que é meu” Esse alguém, seria o exemplar Jó. Todavia, nas palavras supra, ele suspira por um julgamento, uma espécie de direito de defesa, confiando na bondade do Criador, que por certo lhe livraria de sua angústia.

Acabados os argumentos de seus conselheiros, Deus resolve atender seu anelo. “Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento? Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.” Jó 38; 2 e 3

Pronto Deus concedeu o desejo do desafortunado fazendeiro. Todavia, antes de entrar no mérito da questão, propriamente, o Eterno, resolveu dar uma “situada” em seu servo, mostrando o abismo que separa a criatura do Criador.

Apavorado, o infeliz já nem queria mais justiça, arrependeu-se por ter exigido tal julgamento. Entre algumas obras Suas, Deus, fez alusão ao crocodilo, dizendo: “Ninguém há tão atrevido, que a despertá-lo se atreva; quem, pois, é aquele que ousa erguer-se diante de mim?” 41; 10

Por fim, temente que era, Jó falou como deveria: “Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos. Por isso, me abomino e me arrependo, no pó e na cinza.” 42; 4 a 6

Agora te vejo, por isso me arrependo. Não parece uma conclusão difícil, profunda, que, quanto mais perto de Deus alguém está, mais humilde se torna. Afinal, Aquele que é UM com o Pai, disse: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.

Contudo, muito do que ouve, seja em cânticos, pregações, está eivado de um ufanismo materialista, um “evangelho” antropocêntrico, onde o homem “determina” e “seu milagre” “sua bênção”, “sua vitória” é conquistada.

Deve haver um sentido para o Senhor usar a metáfora da ovelha, para identificar seus servos. Trata-se de um animal dócil, resignado ante à morte, até, como ensina Isaías; “...como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.” Is 53; 7

Confesso que não conheço, o tal “bom cabrito” que não berra; Malgrado o ditado popular, são todos barulhentos, diversos das ovelhas. Além disso, o Senhor mandou andar duas milhas quando requerida uma, dar a capa ao que pleiteasse a túnica, dar preferência ao próximo, enfim.

Quando vemos, pois, pastor tal falando mal do ”apóstolo” tal, e vice-versa, em ferrenha disputa por horário de TV, quando ouvimos certos hinos atrevidos, que fazem do homem o centro do Universo, posto que mencionam “em passant” ao Senhor, questionamos, sobre o que resta de saudável, no cristianismo professo atual.

Noutro dias, a vitória dos servos de Deus era se manter fiel ante o sofrimento, não evadir-se a ele, como mostra, sobretudo, o capítulo 11 de Hebreus. Hoje, foi redefinida a coisa, e crente vencedor, é o próspero, o de sucesso, reconhecimento pelo mundo.

Mas, diriam eles, Deus devolveu em dobro os bens de Jó. É verdade, mas o fez voluntariamente, sem nenhuma “determinação” sem nenhum “ato profético” ou outro requerimento qualquer. Afinal, apesar de indigno ante ao Eterno, ele era um servo exemplar, e emprestou sua vida e fidelidade para que o Santo escrevesse uma lição sobre o sofrimento dos justos, só superada pelo Salvador, em sua cruz.

É vergonhoso e contraditório ouvir pregadores tomarem em seus lábios a magnífica declaração de vitória da fé, feita por Paulo, “quem nos separará do amor de Cristo?” Alistar todos aqueles infortúnios, e depois estimular a blasfemar de Deus, exigindo a remoção dos mesmos.

Causa estranheza à cultura ocidental, quando os Muçulmanos defendem até com violência ao seu Deus, e seu Profeta; “Mutatis mutandis” fazem os mesmo os “cristãos” da moda, com a agravante que sua “fúria” religiosa é pelo interesse, ao invés da honra e glória de Deus.
Nesse caso, aqueles, posto não crerem na Bíblia agem melhor, dado que altruístas.

“É mais fácil separar a água do vinho que a hipocrisia da verdade no julgamento das ações humanas.” Carlos Malheiros Dias
Tio Hugo - RS
Textos publicados: 328 [ver]
Site: http://ofarol21.blogspot.com.br

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