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Palavra do leitor

Natal, boas novas de grande alegria

Junto aqui uma palavra de três pessoas: pastor Hernandes Dias Lopes, pastor Domingos e eu.

Natal, a boa nova de grande alegria (Lucas 2.11)

Papai Noel começou a existir, segundo a tradição, na pessoa de São Nicolau, bispo de Mira, na Ásia Menor, no século IV d.C. Ele, segundo a tradição, foi um homem bondoso, que gostava muito das crianças, principalmente das pobres, a quem dava presentes. Essa figura mais tarde imortalizou-se num símbolo, que recebeu o nome de Papai Noel.

O tempo passou e um mito tomou o lugar de uma pessoa, Papai Noel tomou o lugar de Cristo. O Natal foi paganizado e secularizado. O sentido do Natal mudou. Até o Papai Noel mudou. O Papai Noel moderno é um mito, uma lenda, uma criação do comércio voraz. No início ele era a personificação do amor, das dádivas generosas. Hoje, ele virou garoto propaganda. Antes, ele era discreto, hoje, vive desfilando em carros alegóricos para provocar o apetite consumista da freguesia. Antes, ele dava presentes, hoje, vende presentes. O Papai Noel foi concebido no ventre do consumismo materialista. Ele está a serviço do espírito mercantilista. Ele virou comerciante inveterado. O velho bojudo e barbado, de vestes vermelhas e com um grande saco nas costas, só traz alegria e presentes para as crianças que têm dinheiro. Ele passa longe das crianças pobres. Ele não se aproxima dos meninos de rua. Ele se transformou num comerciante sedento de lucro, num camelô inveterado, num símbolo do consumismo insaciável.

O Papai Noel de hoje é uma caricatura do espírito natalino; ele está na contra mão do sentido do Natal.

José e Maria não encontraram lugar em Belém. A cidade estava lotada e as hospedarias indisponíveis. A hora de Jesus nascer havia chegado, e por não ter encontrado espaço entre os homens para nascer, nasceu numa estrebaria, um abrigo de animais.
O Filho de Deus, o Rei dos reis não nasceu num palácio, mas numa manjedoura. Aquele que é o criador e dono do mundo não nasceu num berço de ouro, mas num berço de palha. Aquele que dirige os céus e a terra e cujo governo está sob seus ombros esvaziou-se e tornou-se um infante.

Naquela noite em Belém, nasceu o Sol da justiça. O anjo de Deus desceu do céu e anunciou aos pastores que guardavam seus rebanhos: "Não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria: é que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lc 2.11).

A mensagem natalina que vem do céu tem sua centralidade não nos anjos nem em Maria, nem no papai Noel, nem nos enfeites que brilham nas cidades nesta época, mas em Jesus.

Três verdades são aqui destacadas:

1. Jesus é o Salvador - "... é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador..." (Lc 2.11).
Duas grandes verdades saltam aos nossos olhos aqui:
1.1- Deus cumpre a sua Palavra. Jesus deveria nascer em Belém, à cidade de Davi. Para isso Deus moveu todo o império romano, a fim de que um recenseamento fosse feito. Com isso, a jovem Maria que estava grávida em Nazaré, na Galiléia, subiu para as montanhas de Belém, na Judéia, porque José era belemita e deveria alistar-se em sua cidade natal. A Palavra de Deus não pode falhar. A profecia deveria se cumprir.
1.2- Jesus foi anunciado pelo anjo como o Salvador. Ele recebeu o nome de Jesus exatamente porque veio para salvar o seu povo de seus pecados. Ele nos salva não pelo seu exemplo nem pelos seus ensinos, mas pela sua morte. Ele nasceu para morrer. Ele nasceu como sacrifício. Ele nasceu como o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Ele nasceu como nosso substituto. Ele carregou em seu corpo o nosso pecado. Ele deu sua vida por nós. Ele foi ferido e traspassado pelas nossas iniqüidades, a fim de recebermos o dom da vida eterna.

2. Jesus é o Cristo - "... que é Cristo..." (Lc 2.11).
O Salvador é o Cristo. Ele é o Messias prometido. Sua vinda não foi acidental. Sua vinda não foi de improviso. Sua vinda foi planejada na eternidade e prometida na história. Os patriarcas falaram de sua vinda. As profecias apontaram para a sua vida. Todo o Velho Testamento foi uma preparação para a sua vinda.
Os sacrifícios no tabernáculo e no templo eram sombras do seu sacrifício perfeito. O Messias é o centro da eternidade. É o centro da Bíblia. É o centro da história. Ele é a figura central nos decretos de Deus. Ele é a figura central da igreja. Ele é a figura central no céu.
Tudo é dele, por meio dele e para ele. Ele é o Alfa e o Ômega da redenção. Todas as coisas do tempo e da eternidade convergem para ele. Todas as coisas nele subsistem. Ele é o Cristo, o Messias, o desejado de todas as nações.

3. Jesus é o Senhor - "... o Senhor" (Lc 2.11).
Jesus é o Salvador, o Messias e também o Senhor. Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. Todos os poderes do universo estão sob seu governo. Ele está à destra de Deus Pai e tem o livro da história em suas onipotentes mãos. Ele governa as nações e reina sobranceiro e absoluto sobre sua igreja. Ele recebeu o nome que é sobre todo o nome e diante dele todo joelho se dobra no céu, na terra e debaixo da terra.
Aquela criança que nasceu em Belém tem o cetro do universo. Ele é maior do que César. Ele é maior do que os reis deste mundo. Ele é o soberano do universo. Diante dele todos os reis precisam se dobrar. Aos seus pés todos precisam depositar suas coroas. Precisamos conhecer o Jesus do Natal. Ele é o Salvador do mundo. Ele é o Messias de Deus. Ele é o Senhor do universo. Ele tem as rédeas da história em suas mãos.

Conclusão
Muito mais do que se lembrar de um velhinho com barba branca distribuindo presentes segurando a sua barriga grande e dizendo: oh!oh!oh! Devemos nos lembrar de um homem que viveu apenas 33 anos aqui na terra, que guando foi morrer disse: “está consumado!” e isto pra dá o maior presente que alguém pode receber que é a salvação e assim a vida eterna.

Muito mais do que enfeitarmos nossas casas, ruas e cidades com luzes piscando, é sabermos que tipo de luz temos dentro de nós, por que quando ele esteve entre nós disse que nós deveríamos ser “luz do mundo”.

Mais do que ser apenas na época de natal um tempo de confraternização e de um sentimento de amor, deveria ser sim um momento para pensarmos que não deveria ser apenas um dia, mas em todos os 365 dias do ano.

Mais do que ser uma época em que se enfeitam árvores natalinas, deveria ser sim um tempo de reflexão e pensarmos se estamos enxertados na videira verdadeira que é Jesus, na qual o agricultor é Deus.

Mais do que um tempo de ceias de natal e enchermos a barriga, deveríamos dizer se estamos dispostos a comer o pão que ele comeu e bebermos a água que ele bebeu.

O conteúdo do Natal é salvação. O espírito do Natal é doação. É Deus se fazendo homem, o rico se fazendo pobre, o senhor se fazendo servo. Natal é dádiva de amor. O Natal é para todos. O Natal é Jesus. Papai Noel é um intruso, é uma farsa, uma mentira, um roubador de cena. Os holofotes precisam estar colocados sobre Jesus e não sobre ele. Jesus é o dono, o sentido e a razão do Natal. Natal sem Jesus é festa pagã. Natal sem Jesus é festa gastronômica. Natal sem Jesus é apenas mercantilismo vazio. Precisamos recristianizar o Natal. Precisamos democratizar o Natal. O Natal são boas novas de grande alegria e de salvação para o todo o povo. Pobres e ricos podem comemorá-lo de igual modo. Precisamos devolver o Natal ao seu legítimo dono. Precisamos dar a glória devida a Jesus e fazer dele o centro do Natal. Precisamos comemorar o Natal com uma celebração festiva ao rei Jesus, que nasceu numa manjedoura, viveu como carpinteiro, morreu numa cruz, mas ressuscitou gloriosamente, para oferecer-nos o banquete da salvação. Que prevaleça a verdade sobre o mito!

Fernando Pessoa no seu inesquecível “Poema em Linha Reta” confessa estar cansado de semideuses, porque não encontrou alguém grande o suficiente para, com dignidade, assumir-se humano e por isso mesmo sempre contraditório, muitas vezes fraco e outras tantas, vil. O caso é que todos nós gastamos a vida buscando grandeza. Jamais admitimos que somos um paradoxo, mortais e imortais ao mesmo tempo, santos e ao mesmo tempo pecadores. Luzes que muitas vezes enchemos a sala com nossas sombras. Tão magníficos e tão pequenos.

Paradoxalmente, o único ser realmente grande fez-se humilde e viveu por trinta e três anos em um dos lugares mais pobres de sua região. Mesmo sendo o Criador, uma vez humanizado, aprendeu o ofício de carpinteiro para se sustentar. Mesmo sendo adorado por anjos, recebeu humilde o escárnio dos homens e jamais se defendeu – ainda que tivesse todo o potencial destrutivo em suas mãos.

Ele é onipotente, mas não tem a empáfia do poder, que leva à prepotência.

Sua onipotência – o poder máximo que se pode imaginar – levou-O a ter misericórdia dos impotentes. Sua perfeição tão somente O aproximou dos imperfeitos. Sua santidade O apaixonou pelos pecadores. Sua grandeza encheu seu coração de compaixão pelos pequeninos. Sua justiça O encheu de misericórdia pelos injustiçados. Eis a verdadeira grandeza. Aliás, o poder ganha um sentido maior e mais bonito quando, capazes de destruir, dominar, aniquilar, escolhemos restaurar, construir, abrir mão, simplesmente, por amor.

Esse é Deus e assim deveríamos ser, uma vez que somos sua imagem. Todavia, nossa busca pessoal pela grandeza afasta-nos definitivamente dela.

Faço coro com o questionamento do Poeta em sua “Teologia em linha reta”:

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse não uma violência, mas uma covardia!
Não, é todo o Ideal, se os ouço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

O grande torna-se ainda maior quando se apequena por amor aos humildes. O pequeno torna-se insignificante quando se arroga da grandeza que não tem.
Mogi Guaçu - SP
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