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Palavra do leitor

IMOSEC e o Coelhinho da Páscoa. Ou, o Casamento de Cotinha, a Demente, com Joãozinho, o Esperto

As fábricas de chocolate abarrotaram-se de pedidos! Os supermercados oferecem ‘ovos de páscoa’ e as farmácias fazem estoque de IMOSEC, cloridrato de loperamida, a famosa ‘trava’ gastrointestinal.

E a pastorada tonta assestam suas baterias contra o ‘Coelhinho da Páscoa’!

O que o ORYCTOLAGUS CUNICULUS, herbívoro, comedor de folhas, raízes, caules, grãos e cascas de árvores, uns 30 centímetros e 3 a 4 quilos, reprodutor de primeira linha, e o THEOBROMA CACAO, chocolate, excelente ao coração e funções dos vasos sanguíneos, têm a ver com a ira e birra dessa turma, é algo que foge ao meu imaginário.

“Ignorantia mater est stultitiam!” A ignorância é a mãe da estultícia.

Se pelo menos apontassem suas baterias para o absurdo de que coelho não bota ovo, não é ovíparo, cujo embrião se desenvolve dentro de um ovo em ambiente externo sem ligação com o corpo da mãe, método de reprodução dos peixes, anfíbios, répteis, todas as aves e a maioria dos insetos, ‘moluscos’ (não me refiro a pessoas) e alguns aracnídeos, eu até entenderia.

A briga dessa turma é tão estúpida quanto aquela contra o Papai Noel.

Vejam a símile. Já entraram numa igreja Evangélica (do ponto de vista da arquitetura) e numa igreja Católica (idem)? Terão a medida exata da relação coelho, ovo e chocolate. Explico.

O Protestante em geral e o Evangélico em particular, é um animal religioso sem tradição histórica. Ele é capaz de cultuar a Deus debaixo de uma bananeira ou na Crystal Church (AQUI http://www.google.com.br/search?q=crystal+church&hl=pt-BR&prmd=imvns&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=UysgT8SSE4f1gge3lPH9Dg&ved=0CEYQsAQ&biw=1066&bih=465). Realiza casamento até debaixo de marquise; Católico, só em templos.

Protestante Evangélico aluga armazém, bodega, oficina mecânica, dá uma retocada e chama o povão a despejar recur$o$ devolvido$ na forma de milagre$.

Católico constrói catedrais. O padre Marcelo Rossi está metido até as tampas num projeto de milhões de reais. O Católico incorpora tradição e história. O Protestante usa aspirador e suga a tradição!

Se banalizam tradição arquitetônica, que diferença faz imaginar que há alguma coisa aproveitável na tradição atrás de ovo, chocolate e coelho? Se não têm apego a memória alguma, que lhes importa essa herança?

Como a maioria das tradições Cristãs, os tolos querem Páscoa sem paganismo e os bobos acham que só vale se a tradição Pascal originária for ‘reduzida a pó’. Ora, a Páscoa toma emprestado elementos outros e estranhos a ela mesma e serve-se deles para expressar uma ideia. Comprenez-vous?

Exemplo? A nota de $50 Reais que tenho em meu poder, provavelmente deve ter sido usada ontem a noite para pagar uma noitada em algum motel. Mas vou usa-la para comprar pão e leite. Dinheiro não vem moralmente esterilizado! Idem para a Páscoa.

Pela internet você saberá que tribos pagãs na Europa adoravam a deusa da Primavera: festivais primaveris que saudavam o fim do inverno, libertação do frio comemorado com chocolate quente. Capicci?

Muito antes, porém, a Páscoa fora celebrada pelos Judeus pela libertação não do frio, mas da escravidão. Para os Cristãos, a liberdade em Cristo.

Mas e o ovo e o coelho?

Ovo simboliza o ‘começo do universo’, o ‘princípio da vida’. Cozidos, coloridos, presenteados, celebram a Primavera. Do you understand?

As Cruzadas trouxeram essa ideia do Oriente e o costume de presentear as pessoas com ovos. Outros tiveram a feliz ideia de fazer ovos de chocolate (século XVII). O resto é criatividade tendo ao fundo a Páscoa!

E o coelho?

Ele entra como símbolo da fecundidade, abundância de nova vida! No Brasil, a tradição do coelho e ovos de Páscoa data do século XX, trazida por imigrantes Alemães. Verstehen Sie?

A tradição, portanto, casou Cotinha, a demente, com Joãozinho, o esperto!

Mas os tolos quiseram separar um do outro, jogando no lixo a tradição que para o bem ou mal faz a alegria da criançada, e a pastorada sem imaginação mal sabe tirar proveito para convir a ideia central da Páscoa!

Essa turma tinha que tomar IMOSEC para não exagerar nas críticas insossas a ovo, chocolate e coelho.

Na Escola Bíblica perguntaram a Joãozinho por que ele não gostava de falar sobre o Céu? “Todo mundo lá veste de branco e tocam harpa com um curso só para iniciantes de 10 mil anos de duração”, respondeu!

A pergunta deveria ser feita era para Cotinha, a Demente. Ao desfazerem do chocolate, Joãozinho não quis mais saber de igreja.

E com razão, se o melhor, o Céu, já é assim, com harpa e branco, imagina o que seria a Páscoa sem chocolate!

MORAL DA HISTÓRIA: Entre as coisas boas da civilização e cultura Cristã é a convivência de todas essas heranças, e a sabedoria para distinguir as coisas e usa-las. Enquanto uns ficam criticando o 'cuniculus' e o 'cacao', Santo Agostinho já dizia que no 'inciput erat ovu' [no princípio era o ovo]; e o poeta Mario Quintana arrematava: "a cabeça é um ovo onde cabe o mundo inteiro", menos, claro, na dos tontos. Para esses, nem IMOSEC resolve.
P - RN
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