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Palavra do leitor

Em honra à modéstia!

Em assembleia de planejamento de atividades, como presidente dos jovens – Igreja Metodista Central de JF, 1962, apresentei, entre outros nomes de preletores para as reuniões devocionais, o nome de uma senhora modesta, cuja vida escolar era de poucos anos de estudo.

O clima inamistoso requereu de minha pessoa uma palavra de admoestação, sincera e franca, que colocou as coisas nos seus devidos lugares; passou a haver uma discordância pacífica bem como um pouco de ansiedade para que o dia chegasse, na expectativa de haver um deslize da preletora para que a rebelião se concretizasse.

A tranquilidade nos ânimos se deu por ter eu lembrado a todos que o Senhor Jesus ao escolher os seus discípulos o fez exatamente entre pessoas, em sua maioria, de pouca cultura, homens rudes, trabalhadores braçais.

Antes do horário da reunião o salão social já não comportava mais ninguém, pois compareceu quase toda a igreja.

Com toda simplicidade, mas com a autoridade na Palavra de Deus e em sua vida de oração "sem cessar" (1Ts 5.17), aquela senhora convidou a todos para orarem a Deus.

Ela orou cheia de fé, de gratidão a Deus, sobretudo de humildade diante d’Ele e da mocidade; reconheceu e confessou a sua "pequenez e inabilitação" (sic) para a pregação, bem como expressou a sua clara ciência de que não seria ela quem falaria, mas sim o Espírito Santo, presente em sua vida de comunhão permanente com o Pai.

Sua postura de oração, com visível unção de Deus, transbordante de humildade diante do Senhor e até dos universitários já serviu para quebrantar corações daqueles mais orgulhosos, daqueles cheios de si, "crentes" na ciência, na cultura, no muito saber; - inquietos, que estavam sussurrando entre eles, calados ficaram, atentos se tornaram ao que Deus lhes falaria através daquela serva humilde, mas sincera; iletrada, mas intrépida quanto à exposição bíblica.

Ela foi firme: 45 minutos de exposição exclusiva da Palavra de Deus, nada de vãs filosofias, ausência completa de citações teóricas/teológicas.

Acrescentava ela experiências da sua vida cristã, "causos" de dezenas, quiçá centenas de pessoas que passaram por sua existência; existência completamente submissa a Deus, integralmente seguidora dos passos do Senhor Jesus.

Aquela senhora idosa, terminada a ministração, orou novamente ao Senhor agradecendo a direção d’Ele naqueles minutos tão tensos para os ouvintes, mas de paz espiritual, tranquilidade emocional para ela, que se colocara em suas mãos, como sempre fizera em todas as áreas de sua vida, em todos os momentos de sua existência.

Aquela reunião, antes agitada por burburinhos, cochichos maldosos, passou a ser um derramar de lágrimas, muita emoção nos corações de todos, de muito respeito e até aplausos para aquele instrumento nas mãos de Deus, aquela senhora antes desdenhada, agora reverenciada; claro ficou que ela transferia para Deus toda a glória, toda a honra, todo o louvor, todas as palmas que lhe eram dirigidos pela agradecida mocidade.

Quando me lembro desse acontecimento, ocorrido há 63 anos, me recordo, também, das palavras de Charles H. Spurgeon, sem dúvida, um dos maiores pregadores da Palavra de Deus:

"Minha teologia está cada vez mais simples. Ela se resume a quatro palavras: "Jesus morreu por mim".

Cito sempre um texto da Palavra de Deus, que reconhece em nós, leigos, independente do nível cultural e da classe social, a condição de "raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de exclusiva propriedade de Deus a fim de proclamarmos as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1Pe 2.9).

A Palavra de Deus nos certifica que o Senhor Jesus não chamou doutores, não convidou pós-graduados, não convocou mestres para o ministério do ensino, da pregação e do testemunho do evangelho, embora não os rejeite.

Deseja Ele corações simples, almas puras, vidas dedicadas à comunhão com Ele, pessoas comprometidas com a sua vontade de que nenhum se perca e que por amor ao próximo, obedientes se tornam à grande comissão de "fazer discípulos", "pregar", "testemunhar", "quer seja oportuno, quer não; a tempo e fora de tempo" (2Tm 4.2).

Não importa a nossa condição, no momento, se culto ou inculto, se pobre ou rico, se dedicado a Deus, ou afastado d’Ele, a Palavra que o Senhor nos deu hoje é para todos, para que reconheçamos e declaremos: "Jesus morreu por mim" e nos entreguemos nas mãos do Único que pode salvar as nossas almas do tempo da grande tribulação que se avizinha, do dia mau, dia cujos sinais anunciados pelo Senhor Jesus (Mateus 24) estão mais evidentes.

Em outro contexto, válido para nós hoje, disse o Senhor Jesus: "Eis que estou à porta e bato, se alguém ouvir e abrir a porta; entrarei e cearei com ele, e ele comigo" (Ap 3.20).

Portanto, há duas condições para que Ele entre em nossos corações, em nossas vidas: - Ouvir e Abrir, pois Deus não arromba o coração de ninguém.
São Paulo - SP
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