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Palavra do leitor

Dezembro: um mês atípico e paradoxal

Dezembro chegou trazendo chuvas que estão causando tragédias com prejuízos sem conta aflorando muita tristeza e dando ensejo a fartos comentários. As chuvas caem como lágrimas sobre a terra, e a destruição que muitas vezes provocam faz brotar lágrimas de desespero e de dor nas muitas familias que foram vitimadas. Essa, em geral, é a cara de dezembro, o mês das chuvas e das expectativas.

Muita gente não gosta desta época e tem péssimas lembranças de dezembro, um mês atipico e paradoxal. Outros, entretanto, não veem a hora em que chega este mês e ficam contando os dias para a chegada do novo ano imaginando que tudo será melhor. São reações diferentes que marcam as pessoas, mas não alteram a realidade desse mês quente e chuvoso. Há uma expectativa que cerca esse momento onde se abrem perpectivas interessantes para o final do ano. As festas com mesa farta e bebida jorrando atrai muitas pessoas que não veem a hora de poder se deliciar com tanta fartura. Enfim, é o culto à carne, a satisfação dos desejos que afloram nesta época.

Gosto de divagar sobre este assunto, pois o mesmo me faz recordar muitos fatos ocorridos na vida de um menino que foi criado na pobreza e na simplicidade do interior de Minas. Lembro-me dos fogos de artifício (que nós chamávamos de foguetes) e do medo que eles me causavam. Lembro-me dos bêbados, que nesta ocasião se multiplicam por aí, e dos cuidados do meu saudoso pai (um homem de Deus) aconselhando e orando pelos seus filhos para que não entrássemos no mau caminho.
Lembro-me das histórias de Natal e da figura contraditória de Papai Noel com sua barba branca e sua empáfia prometendo brinquedos que nunca ganhávamos, pois o nosso pai não podia comprar. Mas havia uma expectativa no ar, e muita curiosidade, que impregnavam a cabeça de um adolescente que pouco ou nada conhecia da vida. O que ficaram mesmo foram as lembranças e as músicas de Natal que ouvíamos e cantávamos sem saber muito bem o significado das palavras. Ficaram também os sonhos que jamais serão realizados, e o medo dos bêbados que caminhavam ziguezagueando e falando coisas que ninguém entendia.

Hoje, quase nada mudou nesse cenário de dezembro. As histórias podem ser outras, mas o final geralmente é o mesmo. Continuam as músicas a tocar, e os enfeites e as luzes já se pode ver. O Papai Noel não mudou a sua aparência nem o seu discurso, e continua distribuindo balas às crianças que veem nele uma figura real e acreditam que ele é bondoso e distribui presentes conforme o gosto de cada pessoa. O mais incrível é que muitos adultos também acreditam em Papai Noel. Eu prefiro acreditar no Papai do Céu! As lembranças relatadas acima me fizeram desacreditar dessa figura esdrúxula e grotesca que, na verdade, é um impostor de primeira categoria. Se ele existisse realmente teria me dado pelo menos um carrinho de plástico quando eu era criança. Ele é um personagem que trabalha para aumentar as vendas e os lucros do comércio e sempre engana as crianças, especialmente aquelas mais pobres que veem nele a figura do pai que muitas não tiveram.

Enfim, dezembro chegou trazendo muita chuva, tristeza e destruição em vários lugares. Que ele traga também muita alegria no rosto de todos que esperaram ansiosamente por ele. Que ele traga paz e harmonia aos povos tão carentes de paz, tão carentes de Deus. Que o Natal seja uma realidade na vida de todos e não apenas um dia de festa, abraços e muita comilança - e que o ano novo seja repleto de realizações. Que Jesus seja lembrado, adorado e reverenciado nos lares, nas igrejas e no coração de todos. Este é o objetivo que devemos ter, pois a vida continua e não há riqueza maior do que estar vivo e servir a Deus e ao próximo. Este é o caminho através do qual é possível encontrar a verdadeira felicidade.
Mogi Guaçu - SP
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