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Palavra do leitor

Desprezo pela dignidade humana!

Falava eu, no texto anterior, a respeito de pessoas [cidadãs] em situação de
rua; é, não me restam dúvidas, a aniquilação, o desprezo, o abandono do ser
humano; ser humano feito à imagem e semelhança de Deus [Gênesis 1. 26] –
hoje jogado ao léu, abandonado, esquecido, escarnecido até!

Vê-se, quando se sai às ruas, em toda parte, pessoas em situação de
mendicância, pessoas em situação de embriaguez, quer seja por bebida, quer
seja por drogas de alta periculosidade para a saúde e a vida.

O território central da cidade [SP] está lotado de pessoas nessas condições, sendo
chamado, inclusive, de "Cracolândia"; pessoas dormindo na calçada, debaixo de
trapos do que, antes, foram cobertores, muito lixo espalhado por todos os
lados, animais, fiéis aos seus donos, deitados junto a tudo isso.

As autoridades, em um rompante, disseram, um dia [2017], que "a Cracolândia
acabou"; ledo engano, pois ela se espalhou para outros pontos e, depois, voltou
maior, cresce a cada dia e não se sabe o que fazer.

Isso não se resolve com polícia, isso não se resolve com atitudes isoladas de
Assistência Social [embora meritórias], isso não se resolve com uma passagem
pelo local, de pessoas cristãs, para levar uma palavra de ajuda, de consolo, e,
até mesmo, de evangelização.

Tudo isso tem que ser feito, mas não assim, de qualquer jeito, individualmente;
há que haver uma AÇÃO E ESTRUTURA DE GRANDE PORTE, de responsabilidade do
governo, com braços da sociedade civil [igrejas, ONGs, clínicas, hospitais,
empresas, profissionais liberais, e outros] com AÇÕES múltiplas e
CONSTANTES de: educação, cultura, saúde, habitação, trabalho, assistência
social, capacitação profissional, etc., todos de mãos dadas complementando uns
as atividades dos outros.

Está claro e evidente que os orçamentos, ainda que curtos, dessas áreas são
desviados para atender necessidades outras, inclusive para as mãos
da corrupção, que, agora, seus agente estão sendo descobertos e presos.

Deve haver pessoas [e há] com muito amor ao próximo, como em passado
recente: D. Helder Câmera, Sra. Zilda Arns, Dom Paulo de Evaristo Arns,
Irmã Dulce, Caio Fábio, Alziro Zarur, Antônio Ermírio de Moraes [vários já
falecidos] que arregacem as mangas e ponham as mãos na obra, não só as mãos,
mas os corações em um trabalho diuturno de amparo aos necessitados.

Reitero que não se resolve esse drama com atitudes isoladas e avulsas [varejo] por
mais bem intencionadas que sejam as pessoas/instituições envolvidas, mas com
um trabalho de vulto, sério e PERMANENTE.

Verdade que um governo criou várias bolsas que minimizaram a situação, o
governo seguinte melhorou-as e unificou tudo sob o nome de "Bolsa Família", o
que vem sendo mantido [e aperfeiçoado] pelos governantes seguintes.

Para uma solução que dê DIGNIDADE a essas pessoas abandonadas, ultrajadas,
a "esmola" não resolve; tem-se que abandonar a política, a ação da "esmola" [dar
um trocadinho], pois isso não acaba com a penúria, com a indigência, apenas
as minimiza, e o dinheiro vai sustentar o vício.

Elas [esmolas e caridade] têm sido uma boa solução, a varejo, para a questão da
pobreza, da miséria, mas precisa haver uma instituição maior, forte, única como
o SUS – um SISTEMA ÚNICO DE AÇÃO SOCIAL [SUAS], não assistência, mas AÇÃO
efetiva, forte e permanente para deter de vez a queda, o declínio, a extinção
da cidadania e da dignidade do pobre, do remediado, do miserável.

É hora de acabar com a falsa premissa de que a esmola, a caridade salvam;
materialmente, elas minimizam mas não resolvem o gigantesco problema da
marginalização social.

Espiritualmente, elas não salvam garante-nos a Palavra de Deus: "Porque pela
Graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; NÃO DE OBRAS,
PARA QUE NINGUÉM SE GLORIE" (Ef. 2 9).

Não quer isso dizer que a esmola, a caridade, a filantropia não salvem essas
almas da droga, do vício, da penúria, mas é preciso contar, sim, com os braços
da sociedade civil, reitero, em um trabalho oficial, governamental, e de grande
monta para sanar, de vez, com esse mal.

Citei, no texto anterior, que, biblicamente, os cristãos têm o dever de, além de
evangelizar, cuidar dos necessitados [órfãos e viúvas].

Há um episódio bíblico, em Betânia, no qual o Senhor Jesus teve seus pés
ungidos, com nardo puro, pelas mãos de Maria, irmã de Lázaro e Marta, que
usou os seus cabelos para enxugar os pés do Senhor Jesus.

Judas, o traidor, criticou dizendo ser desperdício de um dinheiro que poderia
ser empregado para ajudar os pobres. O Senhor respondeu: "Deixe-a em paz;
que o guarde para o dia do meu sepultamento. Pois os pobres vocês sempre
terão consigo, mas a mim vocês nem sempre terão" (João 12 3-7 NVI).

Não se pode usar isso como pretexto para não ajudar os pobres e necessitados.

Ademais, a Bíblia diz: "A religião que Deus, o Pai, aceita como pura e imaculada
é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar
corromper pelo mundo" (Tiago 1. 27 NVI).

Pense nisto!
São Paulo - SP
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