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Palavra do leitor

Ao Dia da Consciência Negra: não mais reféns, mas livres em consciência!

"A escravidão, durante o desdobrar da história humana, confirma a inclinação do homem por fazer do homem um meio, um objeto, um expediente para suas ideias e convicções alienadas’’.

1 Coríntios 10.32

O dia 20 de novembro de 2023, em diversos espaços do país, comemora-se a consciência negra, uma referência para ser pontuado o quanto a escravidão se configura como um compendio de ideias, de crenças, de convicções e de posturas alienadas. É bem verdade, uma leitura séria e integra do assunto, perceber-se-á o quanto a escravidão percorreu pelas culturas greco–romana, pelos reinos do período faraônico, pelos árabes–muçulmanos, a qual intensificaram o tráfico de pessoas e uma questão não discutida, com desafiadora abordagem, através da obra escrita por um Senegalês Muçulmano denominada O Genocídio Velado.

Sem sombra de dúvidas, de maneira alguma, apresento-me como apologista desse ou daquele. Não há como negar as estigmatizações impostas aos negros, no período pós abolição, concebidos como uma caricatura de subespécie. Presumidamente, avanços aconteceram no transcorrer da história, malgrado ainda há muitos desafios a serem consolidados. Em meio a todas realidades, os movimentos progressistas se apropriaram com a pretensa outorga de serem os fiéis da balança, como os únicos e exclusivos ecos de defesa dos direitos dos negros e, tão somente, conclui-se o quanto acentuam e aprofundam os problemas, sem traçar linhas claras, específicas e objetivas da restauração, da reconciliação e da reaproximação. Além disso, veiculam toda uma sucessão de ideias e teorias de demonização de tudo o que está estabelecido, como a linguagem, por exemplo. Nessa narrativa, expressamente, evoca-se uma reparação mais parecida com a remoção de tudo aquilo que não se ajuste as direções desses supostos libertários. Decerto, a alienação do ser humano, sem a redenção pessoal, acarretou interpretações maléficas e erradas, como se os negros carregassem uma maldição. Então, eis os desafios de aproveitarmos a oportunidade e reconhecermos os laivos de práticas de racismo, de definições equivocadas dos legados culturais africanos como amaldiçoados e abomináveis. Vou adiante, qual o papel dos discípulos do Deus Ser Humano Jesus Cristo, senão enfrentar as mazelas de que houve a escravidão e não fazer vistas grossas para as manifestações de racismo? Decerto, se, porventura, adentrar nos entrechoques ideológicos, todos os esforços serão sem efeito, sem eficácia, sem relevância e sem a capacidade de nos levar a vivenciar uma crença de modificações e transformações, uma crença em que todos os povos, todas as raças, todas as melaninas, todas as etnias, todas almas, todas vidas humanas se encontram para partilhar a vida, a vida da integração, a vida da interação, a vida da singularidade, a vida das diferenças, a vida fecundada na Cruz do Ressurreto, quando disse – "tudo está consumado’’. Deveras, o evangelho do Reino de Deus, com a promoção da paz, da justiça e da alegria, da esperança efusiva para nos fazer ir adiante, com a ética e a moralidade das bem-aventuranças para trilharmos pela plena humanidade que nos leva para o tempo de criação, de criação para o novo, de criação para o diálogo, de criação para derrubada de todos os avatares para reduzir o outro a fazer do homem um objeto, um meio, um expediente para consciências reféns de ideias, de crenças e práticas sórdidas e indecentes. Sim e sim, rompermos com as colocações desvirtuadas de que não somos iguais, diante da Graça do Ressurreto. Digo isso, porque ainda somos condicionados por exposições infelizes, quando escutei, em certa ocasião, de um pastor que quando orava por uma esposa, mas não aceitava que fosse negra e, depois disso, corrigiu com a alegação de que Deus preparou uma mulher negra linda. Nada mais distante do evangelho da integração, da interação e da coerência, como se Deus o tivesse imposto a se relacionar com uma pessoa negra. Sem vitimização, sem nenhuma paranoia, assim acabou por se compreender e constatei, ao meu redor, ali, naquele espaço, como irmãos e irmãs de melanina negra se sentiram desconfortados. Enfim, o arremedo saiu pior do que a própria bobagem. Sempre se faz de bom alvitre, muitos dos nossos irmãos e irmãs da raça negra são palcos de matizes racistas e devemos sobrepujar isso, mediante os efeitos da redenção da pessoa humana, a começar em nós (e em mim, antes de tudo). Valho-me de um termo promanado da cultura africana, Ubuntu, esse existir para o outro, e, indiscutivelmente, a trajetória do discípulo e não do oportunista, do servo e não do santarrão, do portador das bem-aventurança e não do propagador de ufanias se estribam ou se assentam a não se conformar com as formas desprezíveis de fazer de quem esteja próximo ou distante num nada. Ademais, o Espírito do Deus Ser Humano Jesus Cristo me ajude a ser, a cada dia, redimido para existir em favor do ser humano.
São Paulo - SP
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