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Palavra do leitor

Algumas psicopatologias da confiança na liderança

A confiança pode definida tanto como senso de autoeficácia e obstinação para se alcançar um objetivo quanto um fenômeno interpessoal, como a segurança que os liderados experimentam numa liderança.

Em alguns grupos cristãos essa certeza é embasada biblicamente, enquanto noutros, em mecanismos psicopatológicos na relação do liderado com um líder carismático e centralizador.

A confiança é entendida especificamente em cada grupo e sua construção está atrelada de alguma forma ao poder exercido pelo líder. O que embasa a confiança é a identificação psicológica, que tanto pode ser sadia ou nociva.

A identificação como fenômeno interpessoal natural

O embasamento da confiança se dá pela identificação. A confiança estabelece uma co-relação entre aspectos referenciados de duas psiques para a criação de vínculo. Sem o co-relacionamento não acontece a confiança. Esse co-relacionamento chama-se identificação.

A identificação é um fenômeno natural das relações humanas, mas pode ser causada por fatores patológicos. A atração patológica na identificação se explica devido a faltas básicas na personalidade. Pode ser mesmo uma relação patológica que ainda assim gera confiança.

A identificação psicológica é um constructo pertinente à confiança. O fenômeno da identificação é complexo, mas pode ser explicado didaticamente pela atração que a pessoa experimenta por outra devido a algumas semelhanças ou dessemelhanças psicológicas e comportamentais entre elas.

A identificação não pode ser reduzida à admiração, pois pode ser também assimilação de características psicológicas não suportadas entre dois seres.

Psicopatologias da confiança através da identificação

A idealização acontece por o líder carismático possuir características esperadas, admiradas e ou compartilhadas pelo liderado. O liderado, por outro lado, pode projetar no líder essas características. Assim, gera-se a idealização.

A idealização é um tipo de identificação e pode ser muito instável quando acontece nas relações de líder carismático, pois toda idealização contrabalanceia-se entre os sentimentos de amor e de ódio de maneira súbita.

Um líder é repelido justamente por possuir características desejadas pelos liderados que não as possuem. Assim a partir da identificação idealizada, gera-se uma relação de identificação do tipo invejosa.

Outro tipo de identificação psicopatológica nas lideranças é a do tipo ego-auxiliar. Liderados com funções do ego deficientes tais como pensar, raciocinar, analisar, que se unem a líderes autoritários tendem a estabelecer uma relação de dependência egóica do tipo ego-auxiliar.

Essa identificação tipo ego-auxiliar pode ser produzida por líderes centralizadores ou autoritários mesmo com liderados de boas habilidades de ego, haja vista que a centralização do poder nas mãos do líder gerará um condicionamento ministerial e o líder passará a hiperfuncionar e os seus liderados, sem autonomia, não terão a oportunidade de desenvolver a proatividade. Essa identificação gera dependência psíquica por ausência da autonomia.

A patologia se dá porque a centralização diminui a capacidade de coesão grupal, pois os liderados não estão comprometidos com a direção e as metas do grupo, já que são construções solitárias do líder.

Uma última forma de identificação patológica é o mutualismo. As relações interpessoais se estabelecem devido às trocas mútuas que acontecem entre líderes e liderados. Essas trocas podem ser benefícios psicológicos que o liderado recebe da relação, como um cuidado diferenciado, o discurso agradável para necessidades psicológicas do liderado e etc.

No mutualismo o interesse do Reino pode ser perdido quando os interesses individuais permanecem. Tais interesses quando satisfeitos são fatores necessários para o estabelecimento da confiança.

A identificação base precisa ser Cristo

Na identificação patológica de qualquer tipo, tanto a razão é posta de lado a partir do momento em que um líder é idealizado, o que gera uma suposta confiança. Entretanto a confiança adequada de um cristão precisa advir não da identificação idealizada com o líder, mas pelo cumprimento dos mandamentos bíblicos por parte do líder.

Por isso, alguns cristãos confundem identificação com confiança. É também essa identificação idealizada que cimenta as relações de grupos religiosos dos mais distintos proporcionando liderança inquestionável de um líder carismático.

Por se ingrediente fundamental sobre o qual se embasa a influência, a confiança precisa ser desenvolvida sobre constructos sadios, tais como a autonomia e a individualidade. Essa autonomia já está proporcionada pelo Espírito através do sacerdócio universal.

Portanto, pra evitar problemas e enriquecer seu ministério, os líderes devem analisar quais as tipologias de confiança se estabelecem em suas relações ministeriais e se embasar biblicamente na figura de um servo Cristo.
Meriti/caxias - RJ
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