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Palavra do leitor

A reforma que eu desejo...

Mais do que nunca é tempo de reforma. Mas, não mais uma reforma, como as que houveram na história e que hoje em dia não passam de propostas vazias. Não mais como a que houve há quase 500 anos por meio de Lutero, Zuinglio, Calvino ou de grupos como os anabatistas ou os puritanos ingleses. Pois a reforma que surgiu como um avivamento acabou se acomodando através dos anos em uma forma, ou pior, em várias formas e fôrmas, portanto limitadas e limitadoras dos pensamentos e ensinamentos de Jesus Cristo.

É triste! Mas não vê quem não quer, que a reforma parou e limitou-se a mais uma criação religiosa dos homens que não levaram a sério a frase "igreja reformada, sempre se reformando", que para mim exalta a intenção dos primeiros reformadores do século XVI de que a Reforma Protestante fosse um movimento ininterrupto rumo ao crescimento da consciência no Evangelho, visto que não desejavam encerrar o processo de constante construção com apenas 95 teses, mas que vislumbravam uma igreja realmente dirigida pelo reino de Deus e não pelo governo dos homens.

É lamentável, mas aquilo que foi, no principio, um grande protesto a instituição religiosa de controle das mentes e corações em nome de Deus - que insanidade! - acabou se transformando numa acomodação as mesmas estruturas rígidas de poder e controle. Não que as instituições eclesiásticas em si sejam alguma coisa má, mas em geral são construções da vaidade humana travestida de zelo e piedade.

A reforma que desejo para hoje é a reforma como uma constante re-novação da consciência conforme o ensino do apostólo da Graça, Paulo, que nos convida a uma transformação permanente a fim de que não nos conformemos com este mundo pagão e paganizante.

A reforma que desejo não tem a ver com religião, mas com verdadeira relação com Deus e com os homens sob o exemplo, os ensinos e a Graça de Jesus.

A reforma que eu desejo é reforma da vida para a vida, posto que, se tudo não começar no coração - de onde sai tudo que contamina o homem - a vida permanecerá na superficialidade da aparência.

A reforma que eu desejo implica na busca pela centralidade de Cristo no ser; no resgate da leitura existencial das Escrituras como fonte de prazer e consciência, tendo o Cristo-Homem-Deus como a chave interpretativa de tudo o que se está escrito; na compreensão de uma vida vivida por fé, não na fé, mas na Graça que tudo sustenta e que é antes de todas as coisas criadas.

A reforma que eu desejo pretende destronar o ser-humano de si mesmo, a fim de resgatar a verdadeira humanidade em Cristo.

A reforma que eu desejo é aquela que não admite qualquer tipo de barganha com Deus, pois qualquer coisa que possamos esperar de Deus não pode ir além do que Ele já tem nos dado: sua misericórdia. Aliás, misericórdia esta que extrapola todas as medidas de generosidade.

A reforma que eu desejo deverá ser aquela que manifeste por meio do Evangelho de Cristo tudo o que de oculto esteja nos corações para que toda a vaidade, hipocrisia e culto à própria imagem - como às formas, às tradições e às posições eclesiásticas - dê lugar à consciência mais pura sobre quem é Deus e quem somos nós.

A reforma que eu desejo há de libertar corações da tirania do juízo alheio, dos programas humanos e dos espaços supostamente sagrados, como também, do império do medo que leva a busca pela auto-salvação, do falso conceito de santidade que leva ao legalismo e da libertinagem como fruto de uma alma cínica e viciada.

A reforma que eu desejo é a reforma do amor revelado por Deus em Cristo para toda humanidade, não podendo ser rotulada, limitada, politizada, ideologizada, teologizada, paganizada, de alguma maneira caricaturizada e distorcida, ainda que haja alguma boa intenção nestes esforços.

A reforma que eu tanto desejo, em primeiro lugar desejo para mim mesmo. Pois do que vale querer sem se ver como alguém carente desta intervenção divina. Sim! Sou eu, o primeiro a querer a ser atingido por esta ventania do Espírito Santo que restaura e faz novas todas as coisas.

Sim Senhor, eu quero! Apesar de às vezes querer começar, sem saber como começar, como se eu pudesse alguma coisa começar.

Sim Senhor, eu quero! Ainda que às vezes eu tema e oscile.

Sim Senhor, eu quero! Pois apesar de ser quem eu sou eu creio na Tua Graça sem fim.

Percebo, no entanto, que agora o que espero e te peço, meu Senhor, é mais que uma reforma, mas um avivamento, uma ressurreição, um transbordar de vida, posto que reforma pode para alguns apenas se tornar em uma re-forma, um caixão religioso-existencial, uma blasfêmia para com Aquele que não cabe em qualquer forma.

Que o Senhor da eternidade e da historia tenha misericórdia de mim e de todas as gerações lançando luz e vida sobre toda alma, afim de que todos cheguem ao pleno conhecimento da verdade.

Soli Deo Gloria!
Recife - PE
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