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O trabalho dos anjos no Natal de Jesus

Por Gladir Cabral | Uma semana com personagens do Natal
 
Ao ler as narrativas bíblicas do Natal de Jesus, dá a impressão de haver, no mundo antigo, um trânsito intenso de anjos e seres celestiais caminhando entre os seres humanos. É impressão minha ou aquele tempo era afortunadamente pródigo de presenças angelicais?
 
Os anjos podiam surgir gloriosamente, como os que Isaías conheceu, ou ambiguamente, como o que foi visto pela mula de Balaão e ao mesmo tempo não foi visto pelo profeta (Nm 22: 27-31). Anjos podiam ser tão discretos que muitas vezes as pessoas nem sabiam que os estavam acolhendo em suas casas (Hb 13:2). Parece que os anjos frequentavam a vida cotidiana da igreja primitiva.
 
O escritor e pastor presbiteriano Frederick Buechner comenta que “de modo geral as pessoas enxergam apenas o que esperam ver. Os anjos são espíritos poderosos a quem Deus envia ao mundo para o bem das pessoas. Mas como não esperamos vê-los, não os vemos” (Beyond Words, p. 17-8).
 
Anjos são seres de linguagem, de acordo com o apóstolo Paulo (I Co 13:1). E muitos são poliglotas! São mensageiros que estão a serviço do Altíssimo. Um deles anunciou a Maria o nascimento do menino Jesus. Apareceu de modo contido, sem glórias celestiais, surgindo com uma mensagem de confirmação e regozijo: “Alegre-se, agraciada! O Senhor está com você”. Seguida de um cuidadoso: “Não temas”. O anjo tem nome, é uma singularidade, chama-se Gabriel. Conversa com Maria.
 
Quando Jesus nasceu, os anjos não foram enviados ao centro do poder, ao castelo de Herodes, onde havia tantos porta-vozes e mensageiros à disposição. Foram aos pastores nos campos, em Belém da Judeia, periferia do mundo. É que os anjos não conhecem preconceitos humanos, tudo o que sabem é que é preciso obedecer ao Senhor. Por isso vão até os pastores e os tomam como dignos de se tornarem também testemunhas e anunciadores do Menino.
 
E que mensagem os anjos anunciam aos pastores? Eles proclamam que em Belém acabara de nascer o Messias, o Salvador. Eles ensinam que a esperança é para ser anunciada e cantada. E cantam e louvam: “Glória a Deus nas alturas, e paz na Terra aos homens aos quais Ele concede sua graça” (Lc 2:14). Anjos são cantores do Reino que virá. E cantam juntos, em harmonia.
 
O louvor entoado pelos anjos revela dois focos que se complementam na história do Natal e na verdadeira adoração: a glória devida a Deus nas alturas e a paz tão necessária e bem-vinda entre os seres humanos, amados por Deus.
 
Em outro momento, os anjos surgem para alertar José e proteger a vida do menino Jesus. Assim como os magos, José também foi alertado em sonho de que o recém-nascido estava sob ameaça. Curioso isso: anjos visitam sonhos. Mais ainda, esse anjo que visitou José deu instruções claras sobre a urgência do momento, a rota de fuga, o tempo de exílio e o nome do perigo: Herodes (Mt 2:13). 
 
E o relato bíblico diz que o coro dos anjos que havia reverberado nos céus deu lugar ao grito das mães que perderam seus filhos por ordem de Herodes (Mt 2:16-8). Que situação difícil para os anjos, não poderem magicamente salvar todas as crianças. Anjos não são fadas. São servos. Naquele momento era preciso aguardar para que o Menino crescesse e derrubasse todos os impérios e potestades naquele dia, na cruz.

Imagem: Anjos anunciando o nascimento de Cristo ao pastores, 1639, por Govaert Flinck. Musée du Louvre, Paris. (Créditos: artbible.org)
É pastor, músico e professor de letras na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). É autor, em parceria com João Leonel, do e-book O Menino e o Reino: meditações diárias para o Natal. Acompanhe o seu blog pessoal.

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