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Opinião

O princípio do tesouro: uma estratégia de câmbio para a vida e além

Por Brian Heap
 
Imagine por um momento que você receba um convite para mudar-se com sua família para trabalhar em outro país. Você analisa a oferta e, do seu ponto de vista atual, parece muito boa. O pacote oferecido parece que dará a você condição de cuidar bem da sua família e ainda sobrar. Não existe prazo determinado para você ficar no outro país, mas existem dois detalhes muito importantes.
 
  1. A sua pátria só permite você permanecer em outro país enquanto estiver ativo (trabalhando). Então, ao encerrar sua época de trabalho naquele país, você terá que voltar para a sua pátria.
  2. É proibido retornar à sua pátria com dinheiro em espécie. Então qualquer valor que você queira ter, após encerrar seu tempo no outro país, você terá que enviar para sua pátria antes, através de remessas.
Analisando o convite, você chega a algumas conclusões:
  • A vida naquele país será boa.
  • Ao mesmo tempo, você sempre precisará ter em mente que a vida lá é temporária, embora o prazo seja indeterminado.
  • Financeiramente, não fará sentido acumular grandes riquezas naquele país, pois você não conseguirá levar nada com você quando o tempo lá acabar.
  • Você precisará planejar e ser proativo, pois não dependerá só de você a decisão de quando encerrará o seu trabalho naquele país.
  • Você deverá enviar, antecipadamente, as riquezas para sua pátria.
 
Analisando a história e as conclusões apresentadas, o que você faria? Se fosse sua história, quais decisões tomaria? 
 
E se eu lhe falar que esta é a sua história? Embora sua história esteja ainda sendo escrita, você está vivendo em “outro país”, e um dia o seu trabalho terminará. Na história contada acima, o fim do período de trabalho é a morte. No dia da sua morte, você não terá mais como usufruir das riquezas acumuladas nesta vida. Tudo que você acumular aqui, ficará aqui, para que outras pessoas usufruam.
 
Os cristãos, em sua maioria, vivem esta vida completamente esquecidos de que, embora seja boa a vida aqui, ela é temporária; e que um dia iremos para nossa pátria celestial, deixando para trás não somente tudo que consumimos nesta vida, mas também tudo que acumulamos. Alguns, quando finalmente se dão conta desta realidade, passam a viver uma vida de gastos cada vez maiores e, infelizmente, com cada vez menos contentamento. Mas Jesus estava querendo ensinar aos seus discípulos que existe uma solução para que não sejam desperdiçadas as riquezas nesta vida. A solução de Jesus está registrada no livro de Mateus 6.19-21:
 
"Não ajuntem tesouros aqui na terra, onde as traças e a ferrugem os destroem, e onde ladrões arrombam casas e os furtam. Ajuntem seus tesouros no céu, onde traças e ferrugem não destroem, e onde ladrões não arrombam nem furtam. Onde seu tesouro estiver, ali também estará seu coração”. 
 
Jesus estava dizendo aos seus discípulos que existe uma forma de eles enviarem antecipadamente as riquezas desta vida para onde eles irão passar a eternidade. Esta solução chama-se o Princípio do Tesouro. A verdade é que tudo que tentamos acumular iremos perder, ou nesta vida, ou na morte. Mas tudo que colocamos nas mãos de Deus, será nosso, como filhos de Deus, por toda a eternidade.
 
Talvez você esteja pensando: “Mas, na prática, como posso fazer estas ‘remessas financeiras’ e ajuntar tesouros no céu?”. Para isto, deixe eu usar um exemplo de câmbio financeiro. Hoje, você pode entregar reais, a moeda brasileira, para uma instituição financeira autorizada a negociar câmbio. Em contrapartida, a instituição financeira irá entregar a você um valor na moeda do outro país. Neste exemplo, a instituição financeira serve como intermediária para que haja a conversão do valor acumulado em reais para o valor correspondente na moeda de outro país. 
 
 
Será que Jesus está tentando ensinar os seus discípulos que existe uma forma de fazer o câmbio de coisas temporais por coisas eternas? Eu creio que sim. Pelo jeito, os discípulos entenderam que sim, porque o mesmo texto sobre vender seus bens e dar o dinheiro aos pobres, para ter tesouros no céu, aparece em três dos evangelhos (Mt 19.21; Mc 10.21; Lc 12.33). Além disto, aparentemente, o apóstolo Paulo também entendeu desta forma e instruiu Timóteo com o seguinte conselho:
 
“Diga-lhes que usem seu dinheiro para fazer o bem. Devem ser ricos em boas obras e generosos com os necessitados, sempre prontos a repartir. Desse modo, acumularão tesouros para si como um alicerce firme para o futuro, a fim de experimentarem a verdadeira vida” 
1Timóteo 6.18,19.
 
Também quero ressaltar que, tanto nos textos dos evangelhos como na instrução de Paulo, há uma clara preferência por um perfil específico de “cambista”. Aparentemente, Deus certifica o perfil do pobre ou necessitado como “cambista” para a troca entre bens temporais e bens eternos. Confesso que ouço de várias pessoas alguns tipos de objeção referentes ao “cambista” que Deus aparenta preferir. Embora eu também creia que precisamos praticar a mordomia cristã na hora de sermos generosos, vale lembrar que, na troca de moedas nacionais no nosso mundo, nos preocupamos menos com quem está fazendo o câmbio e mais com valor que estamos recebendo na nova moeda. A garantia não está no mérito do cambista, mas na economia do novo país. Talvez por isto, os heróis da fé confiaram, pois “embora não tenham recebido todas as coisas que lhes foram prometidas, as avistaram de longe e de bom grado as aceitaram”. (Hebreus 11.13)
 
 
Então, se você quer ajuntar tesouros no céu, mas não sabe por onde começar, deixo aqui algumas sugestões:
  1. Busque uma vida de contentamento, reconhecendo que Deus tem provido o que é necessário e muito mais, para você e aqueles que você ama.
     
  2. Procure ferramentas e/ou profissionais qualificados que possam ajudar você a definir quanto é o suficiente para hoje e para este breve período de vida.
     
  3. Peça sabedoria a Deus sobre onde praticar generosidade com aquilo que Ele tem confiado à sua gestão.
Um consultor de planejamento financeiro, sem entendimento da Bíblia, vai tentar ajudar você incentivando a pensar num retorno financeiro de médio a longo prazo (de 10 a 30 anos). Entretanto, Jesus quer incentivar você a pensar não somente no rendimento do seu investimento daqui a algumas décadas, mas no que também irá render daqui a milhões de anos.
 
Eu segurei muitas coisas em minhas mãos e as perdi todas; mas tudo o que coloquei nas mãos de Deus, ainda possuo. (Martinho Lutero)
  • Brian Heap é filho de Deus, marido, pai, pastor, palestrante, fundador da O SUFICIENTE, sócio da Bridgen Financial Planning, membro de conselhos e aficionado por jogar tênis.

Saiba mais:
» O Deus da Justiça e a Justiça de Deus, Valdir Steuernagel (editor) 
» A Espiritualidade na Prática, R. Paul Stevens

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