O cuidado pastoral dos missionários

Durante o Ultimato 40 Anos – Encontro de Amigos, algumas organizações parceiras da Ultimato compartilharam alguma experiência prática bem-sucedida, em oficinas na tarde do segundo dia do Encontro. Rede Mãos Dadas, Centro Evangélico de Missões, A Rocha Brasil, Renas, AFTB e Interserve, Aliança Bíblica Universitária, Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos e Tearfund foram as organizações convidadas.

“Prateleira” inaugura hoje, com o Centro Evangélico de Missões, a série sobre as Experiências Compartilhadas. Boa leitura!


O cuidado pastoral dos missionários
(Experiência dirigida por Antonia Leonora van der Meer e Marta Carriker)

Pastores e líderes espirituais que trabalham no Brasil enfrentam o problema da solidão, sempre devem estar prontos para aconselhar, ajudar e apoiar os outros, mas geralmente ninguém se lembra de que também são seres humanos com limitações, fraquezas e necessidade de apoio.
Transferindo essa situação para o campo transcultural, vemos em primeiro lugar a idéia que o missionário é uma pessoa mais piedosa, com mais fé, e não tem necessidade de apoio. Outros acham o missionário é chamado para viver alegremente na miséria.
Viver num contexto transcultural exerce grandes pressões psicológicas, emocionais e espirituais. A pessoa a princípio se sente desorientada, confusa, solitária. Vai se entrosando pouco a pouco numa outra cultura. Mas quando volta à sua terra natal, sente-se novamente estrangeiro, desorientado, muitas vezes passa por um período de depressão. E a igreja espera histórias de sucesso. Alguns começam a viver em função destas expectativas... Outros ficam mais solitários...
Ser missionário é muito bom, nem um dia me arrependi de ter ouvido o chamado do Senhor, mas certamente não é uma carreira fácil.

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