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Opinião

Natal: a soberania da presença de Cristo no mundo

Por Lissânder Dias
 
EMANUEL. Um nome que condensa todos os nomes de Deus e que nos provoca a uma reflexão profunda a respeito da presença de Cristo no mundo. O Verbo que se fez carne e habitou entre nós (João 1) não era um mero turista divino. Ele veio para ficar. Aliás, ele já estava desde o início do mundo: “O Espírito pairava sobre a face das águas” (Gn 1.2).
 
Em meio à vida errante da humanidade, carecemos de demarcações claras de que Deus estava entre nós. As manifestações da natureza em cada lugar por onde passávamos, a coluna de fogo à noite e a sombra itinerante de dia, a arca... tudo isso eram sinais (e consolos) de que, apesar de nós, o Eterno se fazia presente. Ele se encontrou com Moisés na “sarça ardente” e depois no Monte Sinai. Episódios esses em que a Presença trouxe, respectivamente, revelação vocacional e revelação moral.
 
“Shekinah” é a palavra hebraica para expressar um pouco dessa experiência da “habitação de Deus”. Mas o fato é que Ele transcende todas as nossas tentativas de demarcá-lo entre nós. 
Deus É. E ponto final. 
 
Sua presença é identidade permanente de quem governa o mundo e que, soberanamente, reivindica por “cada centímetro quadrado”, como diria Abraham Kuyper. 
 
Mas como isso tudo toca nossa forma de estar no mundo? Afinal, se Deus realmente é e está, nós também somos e estamos. A questão é como percebemos essa realidade tão incrível.
 
Na linguagem bíblica, o pecado nos “separou” de Deus. Houve uma ruptura dessa experiência com a presença do Senhor. Somos órfãos e desde então caminhamos pelo mundo a procura de algo que, pelo menos, se assemelhe com o que o nosso coração anseia. Nem sempre conseguimos, pois somos idólatras e - desesperados - confundimos Deus com qualquer experiência que nos dê prazer. Pecamos e nos iludimos com a transcendência. Construímos ídolos e os adoramos, enquanto lá no fundo ainda sofremos com a orfandade real.
 
Cristo veio e se apresentou como “Emanuel” (Mt 1.23). O Natal é essa proclamação festiva que mobiliza toda a criação em torno do Rei que veio, que está e que virá. Jesus é aquele que transforma todo lugar – por mais imundo e bagunçado que seja – em terra santa. Tiramos nossas sandálias e usufruímos de sua doce presença tocando nossos pés e capacitando nossas bocas para anunciarmos suas maravilhas, dentre elas, a maior: que Cristo continua vivo dentro de nós e em todo lugar, convertendo corações e reconciliando consigo o mundo (2Co 5.18-19).

 
Sua presença é purificadora. E se vivenciarmos, de fato, tal verdade, teremos um caminho límpido e plano pelo qual passar (Isaías 40.3 e João 1.23). Aí então a busca pela santidade não será um ato legalista, mas tão somente uma humilde entrega à vida de Cristo em nós.
 
Há um momento decisivo na vida de Jesus que testifica definitivamente sobre o poder da presença de Deus no mundo. Trata-se exatamente da única vez em que Jesus se sentiu abandonado pelo Pai. “Meu Deus, por que me desamparaste?”, ele pergunta, segundos antes de sua morte na cruz (Mc 15.24). O impacto da ausência do Senhor potencializa a importância da sua presença. A ausência como exceção em uma vida plenamente marcada pela presença constante: assim foi a experiência de Cristo, e assim pode ser a nossa. 
 
Enquanto escrevo, estou sozinho num quarto transformado em escritório em minha casa. Ouço buzinas e o som de pássaros anunciando o entardecer. As teclas do computador dão o ritmo para o instante. E é esse instante que grita ao meu coração o quanto necessito mergulhar na presença de Jesus. Não há nada mais importante do que me encontrar com ele – não em um lugar previamente declarado santo, mas aqui mesmo... em minha precariedade, rompendo as barreiras que meu pecado estabeleceu ordinariamente para Deus.
 
Não quero mais fechar as portas da minha vida para o Emanuel. Não quero delimitá-lo em datas comemorativas comerciais, em teologias frias ou em moralismos rasos.
 
Minha oração é que o Deus que se fez gente redunde em mim toda a força da sua graça e transforme meu coração de dentro para fora. Assim, poderei ser plenamente humano na glória de Deus.

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» O que ler para celebrar o Natal
» Repousará sobre ele o Espírito do Senhor
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Lissânder Dias do Amaral é jornalista, blogueiro, poeta e editor de livros. Integra o Conselho Nacional da Interserve Brasil e o Conselho da Unimissional. É autor de “O Cotidiano Extraordinário – a vida em pequenas crônicas” e responsável pelo blog Fatos e Correlatos do Portal Ultimato. É um dos fundadores do Movimento Vocare e ajudou a criar as organizações cristãs de cooperação Rede Mãos Dadas e Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS).

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