Opinião
17 de janeiro de 2022- Visualizações: 10208
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Integridade: a marca de Cristo
Por Lidice Meyer Pinto Ribeiro
Como você se comporta quando seus posicionamentos são questionados? Você mudaria de posição ou de atitude se isto fosse favorecer a si ou a alguém a quem estima? Você tem coragem de agir com integridade mesmo que isto lhe custe um valor alto? Ser íntegro é ser inteiro, intacto, sem sofrer alterações a cada momento. Martin Luther King Jr disse certa vez que “A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como se mantém em momentos de controvérsias e desafios.” É nos momentos em que somos desafiados que a nossa integridade é testada.
Dentre todos os eventos da história de Cristo de que temos conhecimento pela Bíblia, dois me chamam muito à atenção: a tentação no deserto (Mt 4.1-11) e seu julgamento e crucificação (Mt 27). Nestes dois momentos em especial a sua humanidade foi posta à prova: fome, cansaço, frio, dor, humilhação e tortura. Até onde um simples humano poderia suportar? Não há nada de errado nestas afirmações: “és filho de Deus” (Mt 4.3,6); és o rei dos judeus” (mt 27.11); “é rei em Israel” (Mt 27.42). Mas junto com esta afirmações havia uma contraparte, um desafio: “manda que estas pedras se transformem em pães”; “atira-te abaixo”; “desça da cruz”. Ações que Jesus, pela sua natureza divina, poderia facilmente realizar, mas que custariam a sua integridade. Nada, nem mesmo a fome, o frio, o cansaço e nem a dor fizeram com que Jesus negasse a sua integridade. Enquanto isso, Pedro foi desafiado por uma simples criada com uma verdade: “tu estavas com Jesus” ao que ele respondeu: “não conheço tal homem” (Mt 26.69-72). A integridade do homem Jesus se contrapõe a fraqueza do homem Pedro.
Somos humanos como Pedro, mas se trazemos a marca de Cristo, nossas atitudes e nossas palavras não podem se contradizer. Quantas vezes, por situações muito mais simples optamos por nos adequar ao pensamento e às atitudes que nos rendem mais apreço ou mais valia perante os outros, deixando a integridade de lado? É tempo de reavaliar nossos posicionamentos. É tempo de cultivar a marca de Cristo em nós: a integridade em tudo o que somos e fazemos. A mensagem em Apocalipse à igreja de Sardes é mais do que atual: “Conheço tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te.” (Ap 3.1-3)
Lidice Meyer P. Ribeiro é doutora em Antropologia e professora na Universidade Lusófona, Portugal. É autora de, entre outros, Cristianismo no Feminino – o papel da mulher na vida da Igreja (Editora Mundo Cristão).
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