Opinião
19 de novembro de 2010- Visualizações: 3766
10 comentário(s)- +A
- -A
-
compartilhar
Angústia que gera resoluções
As expectativas de todos os participantes da Conferência pareciam ser altíssimas. Isso era perceptível logo que se chegava à Cidade do Cabo. A organização do evento se mostrava à altura dessas expectativas, com uma eficiência à toda prova, amparada por uma grande estrutura. Mas aquelas impressões iniciais foram substituídas, já nas primeiras horas de trabalhos, por um clima de frustrações e tensões históricas. Era um sentimento palpável, que logo aflorou e causou um certo mal-estar. Tensões regionais, falta de representatividade – inclusive de algumas das preocupações, principalmente latino-americanas – e um “modus operandi” americanizado espetacular e aparentemente superficial... tudo isso parecia apontar para uma semana decepcionante. Parecia que iríamos experimentar uma espécie de “Epcot Center” cristão (“Mas fazer o quê? Eles pagaram a conta”, alguém comentou). Para a minha surpresa, com humildade os organizadores se explicaram, buscaram diálogo, se desculparam, chamaram todos à oração. Na intenção de viabilizar não um evento mas um estopim para um novo ímpeto do movimento mundial evangélico, Lausanne III, o “Primeiro Mundo”, fez o que pôde para acomodar os demais. Sua miopia regional foi assumida com penitência e graça. Houve também uma operação da graça de Deus no meu íntimo, que despertou a missão clara, urgente e imediata de relevar, reconciliar e buscar caminhos para vivenciar o espírito cristão já naquele lugar – embora sabendo que o evento, em si, tinha um horizonte curto. Podia, é claro, apenas aguentar firme, pois logo estaria de volta ao meu reduto e “em segurança”.
O exercício da angústia me inspirou novas resoluções: ser mais conciliador, redobrar meus esforços no discipulado e vislumbrar uma missão mais madura e socialmente consequente. Não serei o mesmo homem que partiu duas semanas antes para a África e que foi surpreendido ao encontrar, em Cristo, o mundo.
• Walter McAlister, bispo Primaz da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida.
19 de novembro de 2010- Visualizações: 3766
10 comentário(s)- +A
- -A
-
compartilhar

Leia mais em Opinião
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Assuntos em Últimas
- 500AnosReforma
- Aconteceu Comigo
- Aconteceu há...
- Agenda50anos
- Arte e Cultura
- Biografia e História
- Casamento e Família
- Ciência
- Devocionário
- Espiritualidade
- Estudo Bíblico
- Evangelização e Missões
- Ética e Comportamento
- Igreja e Liderança
- Igreja em ação
- Institucional
- Juventude
- Legado e Louvor
- Meio Ambiente
- Política e Sociedade
- Reportagem
- Resenha
- Sessenta +
- Série Ciência e Fé Cristã
- Teologia e Doutrina
- Testemunho
- Vida Cristã
Revista Ultimato
+ lidos
- Geração Z – o retorno da fé?
- Tradução e discipulado: duas faces para o cumprimento da Grande Comissão
- Entre negociações, críticas e desesperança: o que eu vi na COP30
- Movimento missionário brasileiro – ao longo de tantas décadas há motivos para celebrar?
- Dia da Bíblia 2025 – Bíblia, igreja e missão
- O que acontece após o “Pr.”?
- Aprendendo a cultivar a vida cristã — Live de lançamento
- Movimento missionário brasileiro – a direção e o poder do Espírito Santo
- Mobilização não pode ser mera cooptação
- Cuidar do missionário à maneira de Deus
(31)3611 8500
(31)99437 0043
Se o Espírito Santo é livre para agir, para que serve a liturgia?
O Regresso: o filme que deu o Oscar a DiCaprio
Como as comunidades cristãs locais devem agir em meio a pandemia
O mandato político de todos nós





 copiar.jpg&largura=49&altura=65&opt=adaptativa)
