Opinião
03 de setembro de 2009- Visualizações: 3240
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Acaso fantástico
Jorge Camargo
Assisti pela TV à participação do cientista Richard Dawkins, autor, entre outros, do livro "Deus um Delírio", no festival literário de Parati.
Nunca estudei a fundo o evolucionismo na escola, nem jamais fui ateu. Aprendi muito, portanto, com as reflexões desse controvertido evolucionista e promotor do ateísmo.
Primeiro, com sua profunda sensibilidade em relação às artes e à literatura. Os cientistas normalmente são rotulados de insensíveis para com as questões humanas. No caso do sr. Dawkins, não me parece ser o caso.
O que mais me chamou a atenção, no entanto, foi sua visão da vida. Para ele, ela é uma só. Isso me fez lembrar um pensamento que tenho sobre a vida após a morte, e que não é necessariamente fruto de minha herança cristã.
Se ao chegar ao outro lado fosse informado de que há outras vidas, eu diria comigo mesmo: "Bem, e eu que sempre pensei que ela fosse uma só…".
Se cresse que elas fossem muitas, e ao chegar ao outro lado fosse informado de que ela era uma só, penso que seria bem complicado. Melhor vivê-la intensamente.
Mas voltando ao dr. Dawkins. Compartilhamos desse sentimento de dignidade e de singularidade que envolve a vida que vivemos. Ele continua seu raciocínio dizendo que somos privilegiados por estar aqui. Na corrida dos espermatozóides, o nosso chegou primeiro… E ele conclui afirmando que somos fruto de um fantástico acaso. Achei muito interessante.
O dr. Dawkins definitivamente é um homem sensível, um crítico ferrenho da religião, com certeza, mas de algum modo sedento, ávido por transcendência e espiritualidade. Como eu me sinto. E como muitos ao longo da história se sentiram e expressaram esse sentimento em suas obras artísticas e literárias.
Afinal, haja sensibilidade pra chamar o acaso de “fantástico”!
• Jorge Camargo, mestre em ciências da religião, é intérprete, compositor, músico, poeta e tradutor. www.jorgecamargo.com.br
Assisti pela TV à participação do cientista Richard Dawkins, autor, entre outros, do livro "Deus um Delírio", no festival literário de Parati.Nunca estudei a fundo o evolucionismo na escola, nem jamais fui ateu. Aprendi muito, portanto, com as reflexões desse controvertido evolucionista e promotor do ateísmo.
Primeiro, com sua profunda sensibilidade em relação às artes e à literatura. Os cientistas normalmente são rotulados de insensíveis para com as questões humanas. No caso do sr. Dawkins, não me parece ser o caso.
O que mais me chamou a atenção, no entanto, foi sua visão da vida. Para ele, ela é uma só. Isso me fez lembrar um pensamento que tenho sobre a vida após a morte, e que não é necessariamente fruto de minha herança cristã.
Se ao chegar ao outro lado fosse informado de que há outras vidas, eu diria comigo mesmo: "Bem, e eu que sempre pensei que ela fosse uma só…".
Se cresse que elas fossem muitas, e ao chegar ao outro lado fosse informado de que ela era uma só, penso que seria bem complicado. Melhor vivê-la intensamente.
Mas voltando ao dr. Dawkins. Compartilhamos desse sentimento de dignidade e de singularidade que envolve a vida que vivemos. Ele continua seu raciocínio dizendo que somos privilegiados por estar aqui. Na corrida dos espermatozóides, o nosso chegou primeiro… E ele conclui afirmando que somos fruto de um fantástico acaso. Achei muito interessante.
O dr. Dawkins definitivamente é um homem sensível, um crítico ferrenho da religião, com certeza, mas de algum modo sedento, ávido por transcendência e espiritualidade. Como eu me sinto. E como muitos ao longo da história se sentiram e expressaram esse sentimento em suas obras artísticas e literárias.
Afinal, haja sensibilidade pra chamar o acaso de “fantástico”!
• Jorge Camargo, mestre em ciências da religião, é intérprete, compositor, músico, poeta e tradutor. www.jorgecamargo.com.br
Mestre em ciências da religião, é intérprete, compositor, músico, poeta e tradutor.
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