Opinião
27 de março de 2009- Visualizações: 69911
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A ciência precisa da religião?*
A não ser que tomemos a ciência considerando a sua própria (e, algumas vezes, demasiado confiante) autoavaliação, e nos recusemos a aliviar quaisquer preocupações sobre a sua base racional, deveríamos considerar com seriedade o fato de que a crença em Deus, como Criador, proveu no passado uma base firme para a compreensão científica. O desejo de compreender as obras do Criador tem sido uma motivação excepcional para a ciência. Ela dependeu do teísmo no século 17, no tempo de Newton e Boyle. O século 18 viu uma crença crescente de que a ciência poderia sobreviver por conta própria. Mas os ataques contemporâneos à ideia de racionalidade “moderna” sugerem que sem uma base legítima a ciência não continuará florescendo.5
Notas
1. Gould, J.S. “Rocks of Ages”, New York: Ballantine (1999), p. 88. Em português: “Os Pilares do Tempo”, Rocco (2002).
2. Ayer, A.J. “Language, Truth and Logic”, London, Gollancz, (2 ed. 1946), p.41. Em português: “Linguagem, Verdade e Lógica, Presença” (1991).
3. Ver Taliaferro, C. & Teply, A.J., ed. “Cambridge Platonist Spirituality”, (Classics of Western Spirituality), New York: Paulist Press (2004).
4. Taliaferro & Teply, op. cit., ibid.
5. Para discussão posterior sobre o impacto do materialismo, ver Trigg, R. “Philosophy Matters”, Oxford: Blackwell Publishing (2002), e para uma discussão do lugar da religião na vida pública, particularmente em face da influência da ciência, ver Trigg, R. “Religion in Public Life: Must Faith be Privatized?” Oxford: Oxford University Press (2007).
• Roger Trigg é professor de filosofia da Warwick University, presidente fundador da Associação Filosófica Britânica e da Sociedade Britânica para a Filosofia da Religião, da qual é atualmente vice-presidente. É autor de vários livros sobre ciência, religião e filosofia, incluindo “Rationality and Science: Can Science Explain Everything?” (Blackwell, 1993), e “Rationality and Religion: Does Faith Need Reason?” (Blackwell, 1998). Em português: “Racionalidade e Religião” (Instituto Piaget, 2001).
* Esse artigo é parte da série “Faraday Papers”, publicada pelo Instituto Faraday para Ciência e Religião, uma organização sem fins lucrativos para educação e pesquisa localizada em Cambridge, Reino Unido. Uma lista desses artigos está disponível em www.faraday-institute.org. Traduzido por Guilherme de Carvalho.
Notas
1. Gould, J.S. “Rocks of Ages”, New York: Ballantine (1999), p. 88. Em português: “Os Pilares do Tempo”, Rocco (2002).
2. Ayer, A.J. “Language, Truth and Logic”, London, Gollancz, (2 ed. 1946), p.41. Em português: “Linguagem, Verdade e Lógica, Presença” (1991).
3. Ver Taliaferro, C. & Teply, A.J., ed. “Cambridge Platonist Spirituality”, (Classics of Western Spirituality), New York: Paulist Press (2004).
4. Taliaferro & Teply, op. cit., ibid.
5. Para discussão posterior sobre o impacto do materialismo, ver Trigg, R. “Philosophy Matters”, Oxford: Blackwell Publishing (2002), e para uma discussão do lugar da religião na vida pública, particularmente em face da influência da ciência, ver Trigg, R. “Religion in Public Life: Must Faith be Privatized?” Oxford: Oxford University Press (2007).
• Roger Trigg é professor de filosofia da Warwick University, presidente fundador da Associação Filosófica Britânica e da Sociedade Britânica para a Filosofia da Religião, da qual é atualmente vice-presidente. É autor de vários livros sobre ciência, religião e filosofia, incluindo “Rationality and Science: Can Science Explain Everything?” (Blackwell, 1993), e “Rationality and Religion: Does Faith Need Reason?” (Blackwell, 1998). Em português: “Racionalidade e Religião” (Instituto Piaget, 2001).
* Esse artigo é parte da série “Faraday Papers”, publicada pelo Instituto Faraday para Ciência e Religião, uma organização sem fins lucrativos para educação e pesquisa localizada em Cambridge, Reino Unido. Uma lista desses artigos está disponível em www.faraday-institute.org. Traduzido por Guilherme de Carvalho.
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