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Palavra do leitor

Um episódio realmente infeliz [Pena de morte]

Em 1944, segundo o portal UOL Notícias - 18.12.2014 - o menor George Stinney, 14 anos, foi julgado e condenado sumariamente pela morte de duas garotas brancas, tendo sido executado em apenas 83 dias após o crime.

Segundo a notícia ele teria confessado o crime sozinho, diante da Polícia, sem a assistência de um advogado ou de qualquer pessoa adulta de sua família.

Segundo o “Guardian”, os familiares do menor, negro, nunca deixaram de acreditar em sua inocência crendo que ele teria sido forçado a confessar o crime para servir de bode expiatório de uma comunidade branca em busca de vingança pela morte de duas de suas meninas claras.

Os Stinney amaldiçoaram o local e nunca mais voltaram lá!

Dizendo que o caso foi “Um episódio realmente infeliz”, na história da Carolina do Sul, em 17.12.2014, uma Juíza anulou a sentença, setenta anos depois, eis que “houve uma violação dos procedimentos processuais que macularam a acusação” (sic).

Acrescentou que a simples confissão não pode ser considerada válida e voluntária, tendo em vista os fatos e as circunstâncias do julgamento anterior, destacando a idade do acusado e a sugestionabilidade.

Testemunharam, nesse novo julgamento, em janeiro último, uma irmã do menor, que estava com ele no momento da suposta prática do crime, mas nunca fora ouvida pelas autoridades; outros dois irmãos dele também atestaram a sua inocência, segundo o “Guardian” e o “Washington Post”.

Atualmente toda vez que ocorre uma consternação geral da sociedade, em função de crimes chamados hediondos, a população se autoinsufla, as autoridades, o governo, os políticos se enchem de arroubos e, até passar a memória coletiva, prometem a redução da maioridade penal para 16 anos.

Já escrevi, em uma dessas comoções nacionais, que isso não é solução, tendo em vista que as quadrilhas passarão a usar menores de 16 anos, e, se reduzirem novamente, outra vez os criminosos adaptarão seu “modus operandi.”

Uma sociedade, realmente, civilizada; uma sociedade, de fato, cristã; uma sociedade, verdadeiramente, sensata; uma sociedade, plenamente, educada; uma sociedade, indiscutivelmente, culta não pode admitir procedimentos vigentes na época dos bárbaros, atitudes que eram normais em um passado remoto no qual imperava a “Lei de Talião”: “olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, orelha por orelha, selvageria por selvageria.”

Quem matou as meninas, quem pegou em um pedaço de ferro para espancá-las, quem se homiziou para que a culpa não lhe fosse imputada e quem acusou George, injustamente, o fizeram por um sentimento rasteiro, uma atitude de acepção de pessoas, no caso, em relação à cor da pele.

Se cristãos [não deveriam ser], inobservaram a Sagrada Escritura que preceitua: “Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. (...) Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás ao teu próximo com a ti mesmo, fazeis bem; se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo arguidos pela lei como transgressores” (Tg 2 1, 8, 9).

Um crime não é corrigido, um delito não é apagado da memória, um homicídio não deixa de existir com a aplicação de outro ilícito penal. Fazer justiça com as próprias mãos não é justo, não é bom, inaceitável é; foi o que fez aquela comunidade branca que culpou, prendeu, condenou, executou sem a devida, legal e legítima apuração dos fatos.

Agiram na emoção [na ira], agiram no supetão, agiram com preconceito, agiram com acepção de pessoas; não se detiveram para refletir, para analisar a cena do crime, para examinar o acusado, faltou uma perícia, faltou a prova material.

Novamente a Palavra de Deus precisa ser lida, na mesma carta de Tiago, citada acima pois não foi observada: “Sabeis estas cousas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus” (Tg 1 19).

Essa famigerada lei [olho por olho] vigorou até à chegada do Senhor Jesus, que a abominou, que a denunciou, que a desautorizou, ensinando-nos o amor, o perdão, o andar a segunda milha, o dar a outra face, o entregar também a capa a quem nos tira a túnica (Mt 5 38-42).

“Não somos nós que escolhemos nossa raça, o tom de pele, os olhos e demais características pessoais. Sendo assim, paremos e pensemos: ao fazer mal a alguém estaremos maltratando a criação de Deus e, portanto, o próprio Deus” [adaptado da devocional “Zombaria” do livro Presente Diário 17, de 20.12.2014].

O Senhor Jesus nos ensinou a amar os nossos inimigos e a orar pelos que nos perseguem; em texto anterior, eu disse que não necessito obedecer a esse mandamento, tendo em vista que não tenho inimigos e nem quem me persiga; isso é a graça de Deus abundando em nossas vidas; feliz [bem-aventurado] o que não tem ninguém que lhe tire o sono.

Deus é o Doador da Vida e só Ele tem o direito de tirá-la.
São Paulo - SP
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