Tabernáculo: sombras e realidades

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Quando o Senhor manifestou o desejo de habitar entre o seu povo, ele constituiu o tabernáculo (Ex 25.8-9). Posteriormente a estas coisas, o Senhor Jesus veio habitar entre nós. "O Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1.14). É glorioso perceber que o Senhor fez morada entre nós! Depois de ter escolhido os seus seguidores, o Senhor Jesus, após o lavar dos pés aos seus discípulos, após a instituição da ceia, após a saída de Judas (Jo 13.30 - o traidor não poderia tomar parte das palavras tão gloriosas que o Senhor passaria a ministrar aos seus seguidores), após todas estas coisas, o Senhor Jesus expressa algumas revelações: 

1) A revelação do novo mandamento:"que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros." (Jo 13.34-35);

2) A revelação da casa do Pai: "Na casa de meu Pai há muitas moradas" (Jo 14:2). O Senhor Jesus revelou que Ele mesmo prepararia um lugar para nós. Manifestou, ainda: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também" (Jo 14.3). Onde o Senhor está? Eis a grande pergunta! O Senhor mesmo responde: "Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim;" (Jo 13.11);

 3) A revelação do consolador: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, (...) Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros." (Jo 14.16-18). O Senhor continua: "Naquele dia (no dia da volta), vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu em vós." (Jo 14.20). O que temos? O Pai, o Senhor Jesus e o Consolador! Maravilhoso! Maravilhoso! Vejam as palavras seguintes do Senhor: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama, e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele." (Jo 14.20).

O Senhor estava falando de uma manifestação. Então, Judas, não o traidor, pergunta: "Donde procede, Senhor, que estás para manifestar-te a nós e não ao mundo?" (Jo 14.22). Qual é a resposta de nosso Senhor? "Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada" (Jo 14.23). É a centralidade da habitação de Deus. São três os estágios desta habitação: 1º) o tabernáculo; 2º) o verbo habitou entre nós; e 3º) somos o tabernáculo - o pai, o filho e o espírito santo habitam em nós.

Aquilo que está escrito no Velho Testamento é sombra das coisas celestiais (Hb 8.5, 9.23 e 10.1). Assim, o tabernáculo é sombra de algo glorioso. Em certa ocasião, eu ministrava a um irmão acerca das sombras e realidades das coisas celestiais expressadas no tabernáculo. Algo glorioso aconteceu durante aquela ministração. Vejam o que aconteceu na narrativa a seguir: "Irmão, o Velho Testamento é uma sombra de algo que é manifestado no Novo Testamento. Assim também é com o tabernáculo: ele é uma sombra de algo glorioso! Enquanto eu falava estas coisas, os meus olhos foram conduzidos a uma cadeira de metal que estava exposta ao calor do sol. Naquele momento, recomendei ao irmão que fôssemos para perto daquela cadeira. Então lhe perguntei: - Irmão, você vê a sombra? - Sim. Respondeu Ele. - Por quê ela existe? Perguntei. - Porque tem luz! Continuei: - Ela existe apenas porque tem luz? Ao que ele me respondeu: - Sim! Então eu lhe disse: - Irmão, a sombra existe não apenas porque existe luz. Ela existe, porque existe também uma substância. Somente com a luz e sem a cadeira, não existiria sombra. A sombra é uma combinação de luz e da cadeira. O que é a cadeira? Ela é uma substância. Veja irmão, Deus um dia direcionou sua luz sobre Cristo. Como resultado, tivemos o tabernáculo. O tabernáculo é a sombra de Cristo. Cristo é a substância. Por isso, o tabernáculo revela Cristo para nós. Então eu lhe perguntei: - Irmão, quando você olha para alguém, você vê apenas a cabeça? - Não, vejo todo o corpo! Respondeu-me. Então eu lhe disse: - Sempre que vemos Cristo, não devemos vê-lo apenas, devemos ver o seu corpo: a igreja. Assim, o tabernáculo é também a sombra da igreja. O Pai direcionou a sua luz sobre a igreja, o corpo de Cristo. Como resultado, tivermos o tabernáculo. O tabernáculo revela Cristo e a igreja. Então, eu lhe fiz um pedido: - Irmão, coloque a sua mão na sombra. Ele colocou. Perguntei: - Você pode sentir o calor? Não! Respondeu-me. - Agora, coloque a mão sobre a cadeira. Está quente? Ele me respondeu: - Sim! E muito! Então eu concluí, dizendo: A Palavra nos diz que quando o tabernáculo foi concluído, 'a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo.' (Ex 40.34)" 

Se a glória do Senhor encheu a sombra, que é incapaz de reter o calor, qual não deve ser a Glória de Cristo e da Igreja. Por isso, amados, vejo que o tabernáculo é a sombra de uma realidade gloriosa: Cristo e a Igreja. O Senhor desejou habitar entre os homens. Esta é a realidade da habitação de Deus na Sua igreja.

Extraído de www.moradaviva.cjb.net

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Opinião do leitor