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Palavra do leitor

Sou um palhaço da Cruz?

‘’Novos avivamentos, se não vierem acompanhados com um resgate de valores sólidos, não passarão de movimentos com um tempo determinado de validade’’.

Texto de Romanos 2.24

O póstumo filosofo, teólogo e pastor luterano dinamarquês, Soren Kierkegaard, considerado como uma das nascentes do existencialismo, escreveu, no século 19, um conto referente a um palhaço, a qual serve como uma séria e honesta reflexão de nossa trajetória cristã.

A saber:

‘’Certa vez houve um incêndio num circo ambulante na Dinamarca. O diretor mandou imediatamente o palhaço, que já se encontrava vestido e maquiado a caráter, para a vila mais próxima, para que buscasse ajuda, advertindo de que existia o perigo de o fogo se espalhar pelos campos ceifados e ressequidos, com risco iminente para as casas do próprio povoado. O palhaço correu até a vila e pediu aos moradores que viesses ajudar e apagar o incêndio que estava destruindo o circo. Mas os habitantes viram nos gritos do palhaço apenas um belo truque de publicidade que visava leva – lós em grande número as apresentações do circo; aplaudiam e morriam de rir. Diante dessa reação, o palhaço sentiu mais vontade de chorar do que de rir. Fez de tudo para convencer as pessoas de que não estava representando, de que não era um truque em sim um apelo da maior seriedade: tratava – se realmente de um incêndio. Mas as sua insistência só fazia aumentar os risos, achavam excelente a sua performance – até que o fogo alcançou de fato a vila. Ai já era tarde, e o fogo acabou destruindo não só o circo, como também o povoado’’.

O tema central da mensagem, a partir dos enredos do presente conto, mostra e demonstra sobre a veracidade e a legitimidade de quem transmite, ou seja, o mensageiro. Afinal de contas, o palhaço sempre se apresentou, agiu, se expressou e colocou na condição de palhaço, com a finalidade de fazer as pessoas rirem e diante de uma situação de extrema urgência, com a necessidade de as levar a compreender a seriedade, não conseguiu obter a atenção, a consideração, a disposição para ser escutado.

Ora, esse conto também não se aplica, não cai como uma luva, com relação aos tidos discípulos e aqueles que evocam a fé em Deus, na vida cristã, que defendem seus valores e princípios?

Afinal de contas, quantas vezes não apregoo sobre Jesus Cristo, até com ênfase, agora, ao observarem minha vida, fica notório e nítido que não o vivo, em minhas escolhas, em minhas práticas, em minhas decisões, em minhas relações, enfim, nos enredos da vida. Deixo – o na prateleira das tradições mortas e vazias. Vou adiante, acabo por reduzir as boas novas do evangelho a uma mera distração, nada mais e nada menos.

Diga – se de passagem, o mais drástico, quando me esquivo, me desvencilho, ando de lado da responsabilidade por trilhar pelo tema central do evangelho da Cruz de Cristo, ou seja, o amor, aqui, não segundo nossas interpretações temerárias, mas sim o amor que participar da transformação do ser, trago, como consequência, uma leitura do evangelho da boca para fora, sem credibilidade, sem veracidade, sem legitimidade, sem decência, sem verdade, sem peso e expressividade.

É bem verdade não de uma busca pela perfeição, de seguir a absolutos, de se desumanizar, de se esquivar da realidade, com suas circunstâncias, com suas contingências, com suas oposições, com suas perdas. Em direção oposta, falar e viver, em atos e práticas, de um evangelho que senta e escuta, que se importa, que participa e partilha, que silencia e abraça, que acolhe e aceita. Sem isso, permanecerei a espelhar um evangelho que mais distrai e nada mais, a qual mais atrapalha do que ajuda.
São Paulo - SP
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