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Palavra do leitor

Sensibilidade e arrependimento

Nesta fase da história em que se exalta a tecnologia e máquinas ganham mais notoriedade do que gente, não é de se admirar que as relações humanas estejam passando por tão séria crise. Tenho a sensação de que as pessoas se esqueceram da arte e do mecanismo do amor. As relações familiares estão mais frias; os casamentos menos duradouros e mais informais; as amizades cada vez mais raras. Até o vocabulário mudou! Houve um abandono da poesia, que cedeu lugar aos termos informáticos - ou deveria dizer cibernéticos, ou quem sabe digitais? - Eu me refiro às palavras: erase, delete, reset, site, chat, e-mail, msn e outras semelhantes. A linguagem das máquinas está ocupando o lugar do romance. Além disso, hoje é muito mais fácil um aluno de ensino médio ou superior conhecer o Bill Gates do que Carlos Drumond de Andrade, Clarice Lispector, Cecília Meirelles e Lya Luft. É mais fácil encontrar quem conheça o google do que uma obra de Saramago ou Garcia Marques. Não é fácil falar de paixão para uma geração dividida entre a miséria e a alienação das artes. Uma parte da sociedade está empoleirada sobre as muralhas da tecnologia, interessada no celular que tira fotos e filma; na TV de alta resolução; no home theater (brasileiro adora estes termos em Inglês) e etc...; enquanto a outra parte luta para sobreviver com alguma dignidade, manter sob controle a sede de consumo e a sensação de desânimo gerada pelos baixos salários e a má formação educacional.

Meu Deus, o que fazer para que esta geração abandone o egocentrismo revelado pelo consumismo exacerbado? O que fazer para resgatá-la da solidão tecnológica e curá-la desta falta de esperança que arrebenta no peito dos mais jovens nos altos dos morros cariocas e nas comunidades carentes da periferia? O que fazer para trazer de volta o encanto, a gentileza, o toque afável, a voz mansa e recolocar a sensibilidade no seu devido lugar? O que fazer para comunicar amor a uma geração que só aprendeu a valorizar coisas e bugigangas que apitam sem parar? O que fazer para que esta geração ouça o tom da vida: C-r-i-s-t-o; e se enamore outra vez da simplicidade, do silêncio, da fé, da sua própria espécie?

Jesus iniciou o seu ministério na Galiléia pregando: O reino de Deus está próximo, arrempendei-vos e crede no evangelho. Esta tal proximidade a qual se referia o Senhor, não era uma proximidade temporal - como se o reino estivesse para chegar dali a um dia ou um mês - ou espacial - como se o reino estivesse a dois quilômetros de distância. Na verdade, Jesus afirmou que o reino estava ao alcance de todos, e que uma única atitude poderia determinar a nossa entrada ou não: arrependimento. Creio que o coração do Cristianismo está num relacionamento sincero e amoroso com Cristo e com o próximo; mas, para estarmos despertados a este lado sensível da vida, precisamos nos arrepender, a fim de experimentar o reino, o pleno governo de Cristo, que está fundamentado e edificado no amor.

Sensibilidade e arrependimento são irmãs siamesas. Sem arrependimento, a famosa experiência metanoia - palavra grega para arrependimento, que não significa apenas mudança de mente, mas da maneira de pensar e conceituar a vida - não conseguimos ter genuíno amor, paixão verdadeira segundo Deus, porque tudo que temos sem arrependimento autêntico é uma visão torcida, irregular e desfocada das realidades humanas e divinas.

Cristianismo sem paixão é uma tragédia! Esta tragédia é fruto da ausência de uma conclamação pública ao arrependimento dos pecados e das obras mortas. 

Continuaremos provando dessa calamitosa conseqüência enquanto nos contentarmos com a teologia humanista pregada e incentivada pela igreja evangélica no Brasil. Enquanto estivermos em busca de quem alimente a nossa vontade egoísta de enriquecimento - espiritualizando a ganância e emprestando a ela um conteúdo bíblico no mínimo questionável - continuaremos a colaborar com este processo desertificador que continua a eliminar o zelo evangelístico e a busca por genuína santidade.

Não podemos nos esquecer que a única mensagem que levou os primeiros cristãos ao martírio, foi "Cristo e a Ressurreição". Nenhum apóstolo morreu em defesa da cura divina, do milênio, do batismo ou de qualquer outro ponto doutrinário. A única mensagem que ameaçou Roma era Cristo; e o único ato de ofensa a César era a paixão que os primeiros cristãos dedicavam ao Senhor Jesus. Por isso, não acredito em ficar alimentando a concupiscência das pessoas. O grande antídoto contra os males deste século, incluindo os problemas familiares é o arrependimento dos pecados. Por isso, se a sua busca pessoal é por uma religião que possa fazê-lo sentir-se mais confortável com este mundo e este tempo tecnicista que marca esta era, então sinto muito em lhe dizer que Cristo não é o seu alvo e você jamais se arrependeu. Pense nisto, é muito sério!
Rio De Janeiro - RJ
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