Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Palavra do leitor

Por que Deus permite que pequemos?

"Se interpretamos o pecado, como atos reprováveis, com certeza, nunca o compreenderemos’’.

Salmos 58.6-10 e Lucas 15.1-7

A vida, como disse e tenho dito, em outros textos, se apresenta com situações complexas e conflituosas, nem sempre fáceis de assimilar e discernir.

São as situações de famílias ruídas, por causa de uma traição. São amizades desfeitas, por atos de deslealdade. São pessoas desligadas de suas profissões, devido as tensões e turbulências econômicas. São pessoas lançadas numa asilo e esquecidas, como se fossem peças descartáveis. São jovens desesperançados, diante de uma dimensão cultural, a qual, tão somente, elege os conquistadores, os aprovados, os reconhecidos, os bem sucedidos, os adaptáveis. São eventos marcados por momentos de raiva e indignação, de aflição e desespero, de um gosto de abandono na alma, de um não de não ser merecedor.

De certo, eis um dos motivos, pelos quais ler os Salmos causa tamanha e profunda identificação, conosco, parece descortinar todo o nosso ser, em meio aos vendavais das emoções, aos tornados dos afetos, as lembranças das culpas, enfim, a tudo aquilo que nos faz, realmente, humanos, intricados e fascinantes. Não por menos, quantas vezes, a partir da leitura dos Salmos, desenhamos um Deus carrasco, um Deus perseguidor, um Deus que vai a desforra, um Deus voltado a servir para atender nossos ranços e ressentimentos.

Nessa linha de pinturas de um Deus defensor de uma justiça retributiva e compensatória, mas jamais restauradora e reconciliadora, e consideramos impossível um Deus disposto a nos resgatar de todo o estado de vazios e muito menos compromissado a nos punir, a nos penitenciar, a nos abominar, a nos rebaixar, a nos diminuir, a nos tripudiar. Muitos de nós, ou todos, relutamos olhar para esse Deus, porque correlacionamos sermos bons, sermos justos, sermos santos, sermos devotos, sermos cumpridores para, por tal modo, sermos aceitos, quando, simplesmente, nos ama e ponto final e se importa comigo, com você e com todos, porque se importa, nada mais.

É bem verdade, as interrelações humanas não são perfeitas, concordo, somos magoados e magoamos, somos enganados e enganamos, somos manipulados e manipulamos, somos palcos de inveja, de cobiça, de ressentimentos, de procedimentos que espancam e estilhaçam o outro, com diferenças hostis, com comparações desprezíveis, com intenções cruéis e egoístas. Por consequência, como acreditar numa Graça que nos escolheu e mais nada?

Não somos uma obra pronta, pré-fabricada, receamos abrir a porta do nosso ser para um convite de recomeços, porque carregamos ou muitos as cargas de terem sido embaraçados e desprezados. Sem sombra de dúvida, Deus não vê o pecado, mas a perda do bom, envolto pela obscuridade, pelas ações, pelos atos e pelas atitudes erradas, impiedosas, mórbidas, desumanas. Aliás, somos portadores de uma finalidade divina, de uma finalidade ou para o bem, sermos bons, ecos e focos de vida, porque fomos feitos para sermos filhos e filhas de um Deus, a qual se arrisca, por todo ser humano, por toda raça, por toda etnia, por toda vida.

O título da presente elucubração se estriba na temática – o por que Deus permite que pequemos? Devo afirmar, fomos feitos para o bem e como seres de escolhas que define nossa liberdade, todavia não estamos imunes aos erros, as falhas, as faltas, as mancadas, embora possamos também caminhar pelo certo e pelo bem, como forma de gratidão e de reconhecer o quanto somos afeiçoados por essa importância ou por esse amor.

Acredito, piamente, que não vamos ser levados ao Céu, por causa do receio do inferno. Em direção oposta, devido a esse se importar ou a esse amor, a qual se estende a todo ser humano, eu e você; não consigo me alinhar, engrossar as fileiras, participar dos apologistas de um Deus conivente em ver seus filhos e filhas, numa eternidade de sofrimento. Ademais, Deus quer que sejamos atraídos pela alegria, pela beleza, pela bondade, pela certeza de sermos amados e de se importar, com cada um de nós.
São Paulo - SP
Textos publicados: 204 [ver]

Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.