Outra...

Tweetar

Há alguns anos, um profissional da área de "Serviços", que trabalhava, periodicamente, para minha família [eu e filhos], me contou que residia em um bairro periférico de São Paulo, no qual, no passado, imperava a malandragem, a falta de trabalho, a inexistência de estudantes, a presença de pontos de comercialização de drogas, locais de exploração do lenocínio, a bebedeira em botequins de baixa categoria, além de furtos, roubos, assaltos.

Foi então, segundo ele, que abriram ali um templo evangélico de uma das denominações do cristianismo mais criticada, mais atacada, mais marginalizada; eram cultos o dia todo, manhã, tarde e noite.

Decorridos alguns anos o bairro começou a mudar a sua figura: jovens voltaram aos estudos, às escolas, adultos se empregaram e deixaram de viver à custa da ilicitude etc.; ele próprio fez um curso profissionalizante e, na atualidade, já com uma família formada, passou a exercer sua profissão honestamente.

Atualmente, os que "trabalham" na exploração, por exemplo, da prostituição têm se instalado em bairros familiares, de classe média alta, e os vizinhos, embora incomodados, nada fazem para coibir tal presença nada agradável do "entra e sai" de adolescentes, jovens e homens, estes, na maioria casados, que ali estacionam os seus carros enquanto se utilizam dos "serviços" das exploradas "garotas de programa" que ali "vendem seus corpos".

Aconteceu na rua em que morávamos a chegada de um desses bordéis – ninguém disse: "outro"; sim, outro pois há vários espalhados pelo bairro "residencial"(!!!).

Hoje a Comunidade Evangélica, na qual congrego, mudou de endereço face às dificuldades econômico-financeiras da atualidade, que estão atingindo a todos, pessoas físicas e jurídicas.

Postei, diariamente, o convite de "inauguração" do novo ponto de pregação do evangelho em uma das redes sociais; um dos comentários foi "outra", como que reclamando da existência de "mais uma" comunidade evangélica.

Queira Deus que se possa abrir mais e mais pontos evangelísticos, mais e mais congregações, comunidades cristãs cumprindo a grande comissão que o Senhor Jesus nos ordenou, do "ide":

"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16. 15).

Se assim o fosse este mundo seria "outro", como aquele bairro ao qual me referi no início deste texto; haveria menos fornicações, poucas prostituições, ínfima quantidade de adultérios, a prática do lenocínio acabaria; furtos, roubos, assaltos já não mais seriam a fonte de sustento de famílias; via de consequência, o índice de desemprego reduzir-se-ia a quase zero, a cultura seria mais abundante pois os jovens, ao deixar os malfeitos, frequentariam os bancos escolares.

Mas não nos iludamos, pois a Palavra Profética de Deus nos leva a saber que as coisas vão piorar, até que volte para por fim a tudo isso a pessoa do Salvador, o Senhor Jesus Cristo, único que deu a sua vida por nós; o puro, sem pecado, sem mácula, Deus conosco [Emanuel] se deu em nosso lugar: impuros, pecadores, humanos!

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16).

Se aconteceu em um bairro periférico, por que não pode acontecer em todo o mundo? E vai acontecer, só depende de cada um de nós e de todos obedecendo as Palavras do Senhor Jesus, no lugar de ficar "apontando o dedo" para o que "julgamos" errado.

Pense nisto!

Tweetar

Opinião do leitor