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Palavra do leitor

Os milagres, em pequenos atos

Os milagres, em pequenos atos

‘’Quando prescindimos do ouvir, a fé se converte, em autoritarismo, a justiça, em legalismo, a liberdade, em egoísmo, a vida e o outro, em figuras de retóricas, mas sem nenhum sentido, tanto para eu quanto você’’.

Os milagres têm servido como um elemento gerador de acirradas discórdias, de intensas ofensas, de deliberadas hostilidades e de um lamentável rebaixamento do ser humano. De imediato, associamo-los a feitos e efeitos apoteóticos, sobrenaturais, distantes dos campos da razão, da lógica, da ciência, como se fossem seus carrascos a serem repudiados, por muitos.

Agora, ouso ir aos milagres ou, valho – me da expressão, aos atos esplendorosos de quem não desistiu de viver, de quem se debruça na busca de meios e métodos de tratamento, como aqueles voltados as pesquisas com células tronco; como pessoas dispostas a encontrar antídotos ou curas para doenças letais, para atenuar as aflições e os sofrimentos dos acometidos por tumores.

Não por menos, quando observo estudos da dessalinização, ou seja, aproveitar a água dos oceanos e transformar em potável, com o intuito de ajudar e alterar os vitimados pela seca; quando homens e mulheres inovam, criam, aperfeiçoam, aprimoram, incrementam e acarretam benefícios aos setores da economia, da política, da justiça, da engenharia, do ensino, da medicina, da cultura e, em suma, das varias e das variantes dimensões do conhecimento para restaurar, reconciliar, unir, ligar, cooptar e resgatar, ao qual vejo em tudo isso, como atos esplendorosos ou milagres também, na mesma proporção ou até acima de um mar que se abriu, porque nos leva a ir ao outro e compreender toda nossa condição de idênticos, de mortais, de transitórios e humanos.

Ora, quando uma mãe se torna no caminho para vida, num ciclo de gestação; quando um pai não desiste de seu filho; quando os idosos não são esquecidos, preteridos ou desprezados; quando os marginalizados, os excluídos, os banidos, ou seja, gente desfigurada, como mendigos, moradores de rua, nas Cracolândias, e não são encarados, como um problema somente de uns, mas de todos; quando olhamos para uma realidade de diversidades e não fazemos disso uma caça as bruxas; quando o partilhar e o compartilhar não suprimem as liberdades, a consciência, o respeito, o dever, a responsabilidade, sincera e seriamente, considero como atos esplendorosos ou milagres.

Sigo adiante, faço essas abordagens, porque observo um discurso de milagres mais voltados a eleger santos, predestinados, mitos, messias, apóstolos, escolhidos. Sem sombra de dúvida, essas versões de milagres e seus milagreiros, tão somente, espelham os paradigmas de caricaturas e distantes de gente de pele, de raça, de cores, de etnia, de paixão, de sonhos, de raiva, de incertezas, de dilemas, de rugas na face, de cabelos brancos, que teve perdas profundas, de rupturas, de abandonos, porque caminham por púlpitos e parecem inumanos.

Em contrapartida, Jesus, conforme o texto de Mateus 15. 21 a 28, se admira com uma mulher, uma estrangeira, uma estranha no ninho, uma presença não bem vinda para os denominados certos, justos, limpos e corretos. Atentemos o quanto aquela mulher rompeu e irrompeu com os estigmas e os entraves (por não ser do povo judeu, por ser mulher, por surpreender as tradições) e se torna em protagonista de atos esplendorosos, por causa de sua filha e, não cessa, por aqui, da vida, do viver, do ser humano.

Ah, não posso me privar da prostituta Raabe, redatora de atos esplendorosos, em favor de pessoas. Aliás, não posso ofuscar mulheres que não arredam o pé de cuidar de seus filhos (as), mormente com a ausência de seus companheiros. Presumidamente, não possa deixar passar e perpassar toda essa constelação de pessoas, em suas peculiaridades e particularidades, que lutam e não fogem dos dissabores, das alternâncias, dos não (s) e, ainda assim, permanecem ao redor da mesa, da mesa vida para provocar atos esplendorosos, para imprimirem as digitais de que o fim e a finalidade são pessoas e esse foi, é e será a resposta da Cruz de Cristo e de seus seguidores.

São Paulo - SP
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