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Palavra do leitor

Os homens, seus barcos e suas redes

(baseado em Lc 5.1-11)

Ninguém suportava mais o cansaço depois de uma noite fatigante em busca de peixes. Em cada rosto, as marcas estampadas do abatimento e do desânimo – nem um peixe, nenhum peixe sequer!

Assim, dá facilmente para conceber a vida como injusta e despropositada. Afinal, depois de tanto esforço e de tanto investimento, era de se esperar "algum" peixe. Se não havia peixe nas redes, sobrava angústia na alma. Melhor mesmo é deixar as redes e voltar para casa.

Estas redes e barcos servem para dizer com mais autenticidade o que há dentro de cada ser. É possível e provável que se o barco está vazio de peixe, no coração sobram coisas. Agora, ele se vê, em flagrante desesperança, em total incredulidade, e com as vestes da mais justa indignação. Seu dizer é universal e suas razões partilhadas: "trabalhamos a noite inteira e nada apanhamos"! Estes rumores do coração pertencem a todos, sem distinção.

Sabemos muito bem o que vem a ser este itinerário. Trabalho duro, insistente, lícito, mas sem "peixe" algum, e, então, por que os peixes não vieram? Deixamos as redes sem peixes e rumamos para o coração – este sim, cheio de pensamentos e sentimentos vários.

Eis que surge um novo comando. Que palavra é esta? Desrespeitando toda a minha experiência de pescador, ela diz pra "lançar as redes ao lado". Sem peixes e com o coração sobrecarregado de dúvidas, decido-me "lançar" as redes debaixo de um novo horizonte, uma nova proposta. Estas palavras cheias de amor alcançam o coração cheio de desamor e vazio de perspectivas.

E agora coração? Vai lançar as redes ou não? Mesmo trôpego, mais para a dúvida que para a certeza, eu lanço as redes porque começo a perceber que Ele tem mais autoridade sobre o meu coração do que eu mesmo.

As maravilhas da pesca são bem menores que as maravilhas no ser. A quantidade de peixes não basta diante dos múltiplos milagres no coração. A Sua presença e o peso de sua Palavra promovem em mim muito mais do que barcos, redes e peixes são capazes de promover.

Descubro que os barcos não são suficientes. Que as redes cheias não promovem tanta alegria. Os rumos da vida agora são outros. Vou deixar os barcos, as redes e os peixes, para pisar sobre outro chão – o chão das palavras e da direção amorosa do Mestre, bem mais que eu, Mestre e Senhor da minha vida.

Vida sem barcos, sem redes, sem peixes, que agora é bem mais vida a partir da vida dEle em mim.
Pr. Ismar Junior
(Henrico – VA – USA)
Henrico - Va - EX
Textos publicados: 4 [ver]
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