Palavra do leitor
- 07 de agosto de 2012
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“O Direito de Ser Feliz!” é apenas sacramental
O artigo publicado versava sobre felicidade.
Dizia o autor, “Muito se fala hoje em dia do direito de cada pessoa em ser feliz”. Felicidade seria a capacidade de viver a vida sem problemas e com maior desfrute possível de prazer.
‘Felicidade ou prazer’ é produto de consumo e “... isso nos remete à idéia [sic] da possibilidade de um prazer que existe por si só, sem a necessidade de outra pessoa – e isso é falso! Bateson, um antropólogo do século XX dizia que ‘o sujeito não [sic] existe, somente a relação’.” Chamou pera de uva só porque os dois são frutos!
O autor deixa claro que a ideia comercial levaria a outra (prazer); esta existindo por si só, sem a necessidade do ‘outro’, sem uma ‘relação’. Nesse caso, o “sujeito não existe”, pontificou.
Em Gênesis (2:18) cita a ‘fêmea’ como companheira (‘o outro’) à solidão existencial do macho. Teologia definitivamente não é sua praia.
Assim, macho/fêmea seriam felizes em ‘relação’. Diferenças de gênero e sexualidade, reprodução e prazer, seriam elementos partícipes dessa dinâmica ‘binária’. Crescimento, só no espaço ‘relacional’.
Por fim admitiu que a felicidade verdadeira é da ordem ‘trinitária’, sem explicar o que é uma ideia do período da Patrística tem a ver com a ‘exegese’ de Gn. 2:18.
Se um macho na companhia da fêmea (vice versa) quando perguntado se é feliz informar que sim, a declaração acerca dessa felicidade é confiável e útil? A resposta será taxativa: sim, à luz de Gn. 2:18.
Papas, freiras, padres, eunucos de nascença ou celibatários, machos e fêmeas em seus respectivos papéis, passam à vala comum dos infelicitados.
Se o autor perguntasse a um macho ou fêmea: “o que é felicidade”, ou se ele(a) é feliz, e este de si para si respondesse que é um feliz solitário, e mais ainda, um ‘prazeroso-feliz-de-shopping’ (critério subjetivo) à luz do que pensa de si para si, seria feliz? Para o autor, não. Para o entrevistado, sim.
Sim na medida em que a resposta atinge o limite daquilo que o macho ou a fêmea entendem por felicidade, indicando, subjetivamente, que felicidade é o que afirmam.
Evidentemente que a pergunta poderia ser mais bem elaborada, incluindo aí critérios outros capazes de aferir melhor essa felicidade. Questões sobre ‘bem-estar’, se se está ou se se é ‘alegre’, ‘otimista’, ‘de bem com a vida’, ‘triste’, ‘esperançoso’, etc., valorando, felicidade.
A questão visaria o maior ou menor grau de felicidade, segundo o maior ou menor grau de informação (subjetiva), para que se pudesse aferir estatisticamente seu maior ou menor valor.
Não resiste, porém, ao menor exame em Psicologia (ciência do psíquico e comportamento) o suporte Teológico de Gn. 2.18 como elemento fundante para ou da felicidade. Será falso para a ciência (Psicologia), e desserviço à Teologia.
Por outro lado, o bem-estar, a felicidade do macho e da fêmea, pode ser ajustado a outros fatores: a pessoa pode estar plenamente enganada, mas feliz da vida com sua ilusão!
Parece-me óbvio que o elemento subjetivo é componente fundante da felicidade, agregada aí algumas variantes.
Se, porém, a resposta do entrevistado resultar de crença (religiosa ou não) sobre as quais ele qualifica felicidade, sua resposta continuará subjetiva, posto que crença não poderá dizer o que é ou não é felicidade, senão para si mesmo. Para a Psicologia, não.
Teologia pode ‘medir’ felicidade? Pode. Isso validará felicidade conceitualmente? Não. Tente usar Teologia perante o Conselho Federal de Psicologia (CFP). Lesley Pilkington (BACP) foi descredenciada. Marisa Lobo no Brasil foi advertida e logo pegará o beco!
Se felicidade não é aquilo que comerciais dizem ser, injetando aí o vetor Teologia, a resposta será tida por falsa também: o apelo Teológico só muda a natureza do comercial.
“Você é mais feliz depois que se converteu?” Se sim, a felicidade será justaposta à crença (religiosa) e a pessoa indagada terá como qualificar sua felicidade. Mas ‘conversão’ nada nos dirá sobre felicidade como tal.
Podemos tomar a declaração de felicidade de alguém (com vetor crença), e compara-la com outra (sem vetor), e concluir sobre o que seja felicidade?
Não é parte da Psicologia nem da Teologia. Cada uma tem sua esfera de atribuições. Cada qual busca seu próprio objeto (felicidade).
Platão discordaria disso? Sim! Ele cria no mundo das ideias. O C.F.P. discordaria dele. felicidade é coisa diferente em Ciência e Teologia.
“Felicidade foi se embora
E a saudade no meu peito ainda mora
E é por isso que eu gosto lá de fora
Porque sei que a falsidade não vigora...”
O artigo canta felicidade numa ponta, e conforto sacramental noutra.
Faltou ao autor “decoro conceitual” em seu artigo: não é Psicologia e nem Teologia.
O postado é apenas sacramental, cooptando felicidade com base em Gn.2:18 para apregoar o monopólio do bem, da virtude e das boas intenções.
Dizia o autor, “Muito se fala hoje em dia do direito de cada pessoa em ser feliz”. Felicidade seria a capacidade de viver a vida sem problemas e com maior desfrute possível de prazer.
‘Felicidade ou prazer’ é produto de consumo e “... isso nos remete à idéia [sic] da possibilidade de um prazer que existe por si só, sem a necessidade de outra pessoa – e isso é falso! Bateson, um antropólogo do século XX dizia que ‘o sujeito não [sic] existe, somente a relação’.” Chamou pera de uva só porque os dois são frutos!
O autor deixa claro que a ideia comercial levaria a outra (prazer); esta existindo por si só, sem a necessidade do ‘outro’, sem uma ‘relação’. Nesse caso, o “sujeito não existe”, pontificou.
Em Gênesis (2:18) cita a ‘fêmea’ como companheira (‘o outro’) à solidão existencial do macho. Teologia definitivamente não é sua praia.
Assim, macho/fêmea seriam felizes em ‘relação’. Diferenças de gênero e sexualidade, reprodução e prazer, seriam elementos partícipes dessa dinâmica ‘binária’. Crescimento, só no espaço ‘relacional’.
Por fim admitiu que a felicidade verdadeira é da ordem ‘trinitária’, sem explicar o que é uma ideia do período da Patrística tem a ver com a ‘exegese’ de Gn. 2:18.
Se um macho na companhia da fêmea (vice versa) quando perguntado se é feliz informar que sim, a declaração acerca dessa felicidade é confiável e útil? A resposta será taxativa: sim, à luz de Gn. 2:18.
Papas, freiras, padres, eunucos de nascença ou celibatários, machos e fêmeas em seus respectivos papéis, passam à vala comum dos infelicitados.
Se o autor perguntasse a um macho ou fêmea: “o que é felicidade”, ou se ele(a) é feliz, e este de si para si respondesse que é um feliz solitário, e mais ainda, um ‘prazeroso-feliz-de-shopping’ (critério subjetivo) à luz do que pensa de si para si, seria feliz? Para o autor, não. Para o entrevistado, sim.
Sim na medida em que a resposta atinge o limite daquilo que o macho ou a fêmea entendem por felicidade, indicando, subjetivamente, que felicidade é o que afirmam.
Evidentemente que a pergunta poderia ser mais bem elaborada, incluindo aí critérios outros capazes de aferir melhor essa felicidade. Questões sobre ‘bem-estar’, se se está ou se se é ‘alegre’, ‘otimista’, ‘de bem com a vida’, ‘triste’, ‘esperançoso’, etc., valorando, felicidade.
A questão visaria o maior ou menor grau de felicidade, segundo o maior ou menor grau de informação (subjetiva), para que se pudesse aferir estatisticamente seu maior ou menor valor.
Não resiste, porém, ao menor exame em Psicologia (ciência do psíquico e comportamento) o suporte Teológico de Gn. 2.18 como elemento fundante para ou da felicidade. Será falso para a ciência (Psicologia), e desserviço à Teologia.
Por outro lado, o bem-estar, a felicidade do macho e da fêmea, pode ser ajustado a outros fatores: a pessoa pode estar plenamente enganada, mas feliz da vida com sua ilusão!
Parece-me óbvio que o elemento subjetivo é componente fundante da felicidade, agregada aí algumas variantes.
Se, porém, a resposta do entrevistado resultar de crença (religiosa ou não) sobre as quais ele qualifica felicidade, sua resposta continuará subjetiva, posto que crença não poderá dizer o que é ou não é felicidade, senão para si mesmo. Para a Psicologia, não.
Teologia pode ‘medir’ felicidade? Pode. Isso validará felicidade conceitualmente? Não. Tente usar Teologia perante o Conselho Federal de Psicologia (CFP). Lesley Pilkington (BACP) foi descredenciada. Marisa Lobo no Brasil foi advertida e logo pegará o beco!
Se felicidade não é aquilo que comerciais dizem ser, injetando aí o vetor Teologia, a resposta será tida por falsa também: o apelo Teológico só muda a natureza do comercial.
“Você é mais feliz depois que se converteu?” Se sim, a felicidade será justaposta à crença (religiosa) e a pessoa indagada terá como qualificar sua felicidade. Mas ‘conversão’ nada nos dirá sobre felicidade como tal.
Podemos tomar a declaração de felicidade de alguém (com vetor crença), e compara-la com outra (sem vetor), e concluir sobre o que seja felicidade?
Não é parte da Psicologia nem da Teologia. Cada uma tem sua esfera de atribuições. Cada qual busca seu próprio objeto (felicidade).
Platão discordaria disso? Sim! Ele cria no mundo das ideias. O C.F.P. discordaria dele. felicidade é coisa diferente em Ciência e Teologia.
“Felicidade foi se embora
E a saudade no meu peito ainda mora
E é por isso que eu gosto lá de fora
Porque sei que a falsidade não vigora...”
O artigo canta felicidade numa ponta, e conforto sacramental noutra.
Faltou ao autor “decoro conceitual” em seu artigo: não é Psicologia e nem Teologia.
O postado é apenas sacramental, cooptando felicidade com base em Gn.2:18 para apregoar o monopólio do bem, da virtude e das boas intenções.
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