Palavra do leitor
- 28 de maio de 2012
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John Piper e a invisibilidade do negro brasileiro
John Piper certamente concordaria com um dos conferencista na Assembléia Legislativa de São Paulo, do Fórum Negritude e Fé, dia 17 passado. Com seu cabelo afro, de trancinhas e vestindo um terno elegante, falhei em anotar seu nome. Mas, sua mensagem foi clara: os negros da periferia, que fazem a população pobre desse país ainda estão fora das medidas de compensação históricas a nível federal, estadual e municipal. Os estudos regulares estão longe de ser uma opção para eles.
Piper em seu livro Racismo: a cruz e o cristão. A nova linhagem em Cristo (Ed. Vida Nova, 2012) aborda o tema dos marginalizados desde sua perspectiva pessoal. Sendo por muitos anos racista foi confrontado por seu pecado e o expõe corajosamente em seu livro. É certo que os temas tratados corajosamente por ele têm uma repercussão imensa naqueles que estão lutando contra a discriminação racial em todas as suas formas e lugares que se apresentam. Piper, como muitos, se perguntava por quê os negros não saem do buraco que estão? Preguiça? Falta de ambição? A resposta veio da análise de duas opiniões não necessariamente opostas: uma de responsabilidade social e outra pessoal.
A responsabilidade social e pessoal
A responsabilidade social está em não aceitarmos o racismo institucional. E aqui tocamos a área da educação e o sistema de cotas. Muitos pastores não entendem a questão de cotas de trabalho e de estudos e não se preocupam de ler esclarecidamente sobre o tema. Ou mesmo desconhecem a questão que as escolas da periferia onde se concentra o maior número de negros e pobres, não são incipientes das melhorias dos planos educativos dos governos. E, se lamentam que esse povo não tem jeito mesmo! Piper, desde a outra América elucida o tema que ajudarão alguns pastores a ouvir o que o movimento negro no Brasil tem dito a ouvidos surdos. Quem sabe terão a coragem de como Paulo Setúbal escrever também o seu Confiteor. Ou talvez continuaremos a viver aceitando a invisibilidade do negro omitindo tratar do problema racial como é comum na sociedade geral: evitaremos nos referir ao negro, sua cultura e a suas problemáticas dos nossos púlpitos.
A invisibilidade do negro brasileiro
Para os que defendem que o preconceito racial não existe no Brasil, basta ver as leis que penalizan sua existência. A invisibilidade não permite que o preconceito seja tratado abertamente. Não damos nomes aos bois, e negamos que ele tenha a cara preta. É ele, e não o boi suíço que pega a menina que tem medo de careta.
Marco Davi em seu livro ¨A religião mais negra do Brasil: porque 8 milhões de negros são pentecostais¨ (Ed. Mundo Cristão, 2004 ) menciona que embora os negros perfaçam a maioria dos crentes nas igrejas evangélicas de cunho pentecostal eles quase nunca ocupam cargos de liderança. São invisíveis e sem representatividade nas decisões importantes das igrejas.( ver conceito em Geovan João Alves da Silva “A Invisibilidade da população negra”, 31 de Março de 2009,
Piper em seu livro Racismo: a cruz e o cristão. A nova linhagem em Cristo (Ed. Vida Nova, 2012) aborda o tema dos marginalizados desde sua perspectiva pessoal. Sendo por muitos anos racista foi confrontado por seu pecado e o expõe corajosamente em seu livro. É certo que os temas tratados corajosamente por ele têm uma repercussão imensa naqueles que estão lutando contra a discriminação racial em todas as suas formas e lugares que se apresentam. Piper, como muitos, se perguntava por quê os negros não saem do buraco que estão? Preguiça? Falta de ambição? A resposta veio da análise de duas opiniões não necessariamente opostas: uma de responsabilidade social e outra pessoal.
A responsabilidade social e pessoal
A responsabilidade social está em não aceitarmos o racismo institucional. E aqui tocamos a área da educação e o sistema de cotas. Muitos pastores não entendem a questão de cotas de trabalho e de estudos e não se preocupam de ler esclarecidamente sobre o tema. Ou mesmo desconhecem a questão que as escolas da periferia onde se concentra o maior número de negros e pobres, não são incipientes das melhorias dos planos educativos dos governos. E, se lamentam que esse povo não tem jeito mesmo! Piper, desde a outra América elucida o tema que ajudarão alguns pastores a ouvir o que o movimento negro no Brasil tem dito a ouvidos surdos. Quem sabe terão a coragem de como Paulo Setúbal escrever também o seu Confiteor. Ou talvez continuaremos a viver aceitando a invisibilidade do negro omitindo tratar do problema racial como é comum na sociedade geral: evitaremos nos referir ao negro, sua cultura e a suas problemáticas dos nossos púlpitos.
A invisibilidade do negro brasileiro
Para os que defendem que o preconceito racial não existe no Brasil, basta ver as leis que penalizan sua existência. A invisibilidade não permite que o preconceito seja tratado abertamente. Não damos nomes aos bois, e negamos que ele tenha a cara preta. É ele, e não o boi suíço que pega a menina que tem medo de careta.
Marco Davi em seu livro ¨A religião mais negra do Brasil: porque 8 milhões de negros são pentecostais¨ (Ed. Mundo Cristão, 2004 ) menciona que embora os negros perfaçam a maioria dos crentes nas igrejas evangélicas de cunho pentecostal eles quase nunca ocupam cargos de liderança. São invisíveis e sem representatividade nas decisões importantes das igrejas.( ver conceito em Geovan João Alves da Silva “A Invisibilidade da população negra”, 31 de Março de 2009,
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