Palavra do leitor
- 30 de janeiro de 2012
- Visualizações: 6613
- 15 comentário(s)
- +A
- -A
- compartilhar
Eu Escolhi Esperar: a nova face da neurose sexual
O século passado foi testemunha de grandes transformações doutrinárias no meio evangélico. Mostrando-se muito maleável, o evangelicalismo cedeu mais aqui, menos ali, convivendo pacificamente com roupas mais descoladas, brincos, tatuagens, piercings, funk, axé, baião, guerras, capitalismo, mulheres pastoras, boate gospel, regimes totalitários e autoritários, entre outros.
Na guerra contra a plena identificação com o mundo (onde, paradoxalmente, a igreja nasceu e de onde nunca deveria ter saído), o mundo evangélico (não todo, claro, devido a sua imensa diversidade) lançou novas trincheiras e reforçou outras. Os homossexuais, talvez na substituição de mulheres e negros, representam a minoria maior a ser alvejada, o inimigo mais próximo. Mas - pasmem! - ser heterossexual e abominar o homossexualismo (e por tabela os homossexuais) não representam a maior identidade que os evangélicos propagam aos quatro cantos da terra.
Rola por aí um movimento chamado "Eu Escolhi Esperar". Pra quem quiser ver a definição desse movimento: LINK. Sim, a maior identidade evangélica é uma liberdade negativa (igual a não beber, não fumar e não dançar): não ter relações sexuais antes do casamento.
Fica clara a negação do corpo e a rotulação de que tudo que vem da nossa humanidade é ruim, não presta e precisa ser substituído por práticas devocionais espirituais que nos levam a um mundo metafísico distante do nosso, distante de onde Jesus viveu. Isso me lembra o pai e a filha: ela, evangélica, passava a maior parte de seu tempo orando, lendo a Bíblia e falando mal das crenças do pai. O pai, espírita, montava periodicamente um sopão perto de sua casa pra dar alimento a quem não podia comprar comida. O pai, espírita, percebeu a mensagem de Jesus; a filha, evangélica, percebeu a espiritualidade tipicamente evangélica.
Obviamente as liberdades positivas (amar, perdoar, pacificar) ficam num distante segundo plano, pois demandam envolvimento total com o mundo. A ideia de não ser melhor que qualquer pessoa parece aterrorizante para os evangélicos; então movem-se na direção de acreditarem que realmente, para utilizar um famoso jargão, "fazem diferença" no mundo sem o sexo pré-marital.
Esqueceram, definitivamente, a parábola do fariseu e do publicano.
Na guerra contra a plena identificação com o mundo (onde, paradoxalmente, a igreja nasceu e de onde nunca deveria ter saído), o mundo evangélico (não todo, claro, devido a sua imensa diversidade) lançou novas trincheiras e reforçou outras. Os homossexuais, talvez na substituição de mulheres e negros, representam a minoria maior a ser alvejada, o inimigo mais próximo. Mas - pasmem! - ser heterossexual e abominar o homossexualismo (e por tabela os homossexuais) não representam a maior identidade que os evangélicos propagam aos quatro cantos da terra.
Rola por aí um movimento chamado "Eu Escolhi Esperar". Pra quem quiser ver a definição desse movimento: LINK. Sim, a maior identidade evangélica é uma liberdade negativa (igual a não beber, não fumar e não dançar): não ter relações sexuais antes do casamento.
Fica clara a negação do corpo e a rotulação de que tudo que vem da nossa humanidade é ruim, não presta e precisa ser substituído por práticas devocionais espirituais que nos levam a um mundo metafísico distante do nosso, distante de onde Jesus viveu. Isso me lembra o pai e a filha: ela, evangélica, passava a maior parte de seu tempo orando, lendo a Bíblia e falando mal das crenças do pai. O pai, espírita, montava periodicamente um sopão perto de sua casa pra dar alimento a quem não podia comprar comida. O pai, espírita, percebeu a mensagem de Jesus; a filha, evangélica, percebeu a espiritualidade tipicamente evangélica.
Obviamente as liberdades positivas (amar, perdoar, pacificar) ficam num distante segundo plano, pois demandam envolvimento total com o mundo. A ideia de não ser melhor que qualquer pessoa parece aterrorizante para os evangélicos; então movem-se na direção de acreditarem que realmente, para utilizar um famoso jargão, "fazem diferença" no mundo sem o sexo pré-marital.
Esqueceram, definitivamente, a parábola do fariseu e do publicano.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 30 de janeiro de 2012
- Visualizações: 6613
- 15 comentário(s)
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados
- A imaginação hospitaleira
- O amor inabalável de Deus
- Êta licorzinho bom, vamos nessa?
- Sobre ternura
- O que Lewis, Tolkien e Disney têm em comum
- Temos que levar Deus a sério – não relativizar a sua Palavra!
- Mergulhados na cultura, mas batizados na santidade - Parte 1
- Ao atravessar cada momento (os cento e um anos do Senhor Oséias)!
- Amou a maldição, que ela o apanhe
- Carro novo, Guilota e Bullyng e Falácia