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Palavra do leitor

Entre a moda e a cruz

Pastores e padres têm rompido com dogmas da instituição religiosa à qual pertenciam e são celebrados pela mídia e por diversos segmentos sociais. Isso já não é mais novidade. Interessante é que tais personalidades afirmam basear suas revoltas, reformas, reações ou libertações (chame como quiser) no exemplo de Jesus de Nazaré. Sou a favor da revolução com base no amor ágape, da revisão de certos dogmas, da reforma da Igreja, contra o autoritarismo religioso, contra as ideologias institucionais, contra a violência ao ser humano. Entretanto, penso que a nova liderança religiosa ainda anda em descompasso com o caminho proposto por Jesus.

Quando o Nazareno criticou o sistema cultural e religioso de sua época ele não apenas foi perseguido pelos líderes religiosos (fariseus e saduceus do judaísmo do século I), mas também pelas autoridades romanas (políticos e polícia) e por pessoas comuns (como aqueles que pediram sua morte perante Pilatos). A proposta do reino de Deus no exemplo histórico de Jesus de Nazaré, que trilhava o caminho inverso de instituições corrompidas, levou o Filho de Deus não ao trono real, nem proporcionou o aumento de sua popularidade, nem lhe garantiu um assento no senado romano ou angariou fundos para seus projetos, nem sequer acesso mais fácil aos seus seguidores. Ele foi levado à queda, à humilhação, à cruz, graças aos esquemas políticos e religiosos tramados contra ele, todos patrocinados pelos meios de comunicação da época, e sentenciados, inclusive, por segmentos da sociedade daquele século.

Romper com a instituição religiosa nos dias de hoje é caminhar em direção à popularidade, à glória. O nome do dissidente torna-se marca no mercado, seus livros são publicados, seus seguidores aumentam, e assim, nasce um “revolucionário”. A mídia, o mercado e as demandas sociais podem criar um “herói” e consagrá-lo como “o representante das minorias”, como “o santo” que a igreja demonizou. No entanto, em termos bíblicos (e cristológicos), não há herói sem cruz, não há revolução que deixe de passar pelos cravos e pela vergonha, não há coroação dos louros da glória sem a coroação dos espinhos.

Sobra intelectualidade aos novos líderes. Sobra popularidade, carisma e espírito crítico. São fortalecidos a cada dia, crescem, viram marcas, promessas para um mundo melhor. No entanto, falta-lhes espírito de humildade, já que consideram-se superiores àqueles que não aceitam seus ideais. Falta o afastamento dos holofotes do império midiático. Falta confrontar não só as instituições religiosas, mas também as filosofias do mundo, assim como fez Jesus. Falta contato com os marginalizados, e não apenas elucubrações filosóficas sobre eles. Falta respeito a tudo aquilo de bom que a humanidade já construiu no passado. Falta encarnação, falta Bíblia, falta alma, falta cruz.
Marília - SP
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