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Palavra do leitor

(...) E os Milagres e Maravilhas?

A busca por curas, milagres e batismo no Espírito Santo foram ênfases teológicas desenvolvidas no pentecostalismo clássico e atual respectivamente. Suas premissas sustentavam na orientação de que com a conversão, o batismo no Espírito Santo e a cura são prerrogativas do cristão. Todavia, em contrapartida, grupos dispensacionalistas e de tradição reformada ratificaram que os milagres já não fazem parte da ação do Espírito Santo na Igreja, se opondo consideravelmente contra os que os afirmam teologicamente. As distinções são claras, haja vista a presença dos guetos evangélicos, nos dias atuais, que sustentam sua teologia na ênfase dos milagres e curas contrapondo aos que não os buscam com intensividade. Nisso, qual o caminho teológico correto a firmar-se? D. Carson, tenta trazer o entendimento dos milagres, curas e batismo do Espírito Santo pelo viés da teologia reformada continuísta.
Na falta do compromisso integro com a Palavra de Deus, se colocando como servo dela, pode levar a Igreja à resultados ludibriosos, tentadores e desastrosos. A ênfase nos milagres condicionadas na fé do cristão são uma das consequências da hermenêutica distorcida, com foco antropocêntrico. Nesse cotexto poderia expressar o jargão: muitos chamados, poucos curados. A posição que afirma que nem todas as pessoas serão curadas, mas que há uma guerra entre o reino de Satanás e de Deus, constrói meias verdades, todavia meias verdades não é verdade; com a negação da segunda benção, afirmam que os milagres e maravilhas acontecem quando há o choque entre os reinos antagônicos. Nisso, a preocupação com sinais e maravilhas é enorme: sinais e maravilhas tem que ter seu espaço, ou o evangelho apresentado é deficiente, roubado do seu poder. Sinais e maravilhas tem uma função apologética no evangelho (p.76).
Quem não percebe essa construção teológica na vizinhança ou mesmo dentro de casa? O movimento Vineyard que fermentou na música evangélica tem substituído os cânticos cristocênticos e aplaudido de pé. O copo de água sobre as televisões de canais cristãos são esquentados pelo poder da fé do bispo condicionado a fé do telespectador que leva ao milagre. Mas se não der certo? Bem se não resolver a água ungida, não se desespere: use o lenço ou a toalha ungida, adquire a rosa vermelha, passe pelo corredor de sal, decrete, determine, oferte, dizime, jejue, faça campanha de vinte e um dias.... e se não der certo? Bem, se depois de tudo isso, se não der certo a culpa é sua: você não teve fé suficiente, seja humilde, oferte mais, faça mais sincretismo e exija de Deus.
Voltemos ao verdadeiro evangelho. Os sinais miraculosos foram registrados no Antigo e Novo Testamento. Isso é certo. Todavia, havia um propósito específico para toda a revelação dos milagres registrados. Eles são pedagógicos: feitos para lembrar-nos dos atos redentivos de Deus (Dt. 6.20-24); realizados para direcionar a obra e pessoa de Cristo Jesus (Jo. 20.30-31). Tudo bem, os milagres bíblicos podem ser para esse propósito... mas quando não o são e acontecem? Bem, a Bíblia tem a resposta para isso: nem todos os milagres e maravilhas acontecidos são de Deus. D. Carson registra: vários profetas realizaram atos simbólicos chamados de sinais [...] mágicos egípcios repetiram, por certo tempo, os milagres do Deus da Bíblia (Ex. 7.8-8,18) [...] Sinais podem ser feitos pelo Diabo (II Ts 2.9-10).
Então sinais e maravilhas não acontecem nos dias de hoje? Como continuísta, D. Carson argumenta que sim:
Nenhum desses fatos exige que concluamos que milagres autênticos tenham cessado, ou que todos os milagres realizados ostensivamente no contexto cristão sejam falsos ou demoníacos [...] [todavia] é sempre muito perigoso equalizar o sobrenatural com o divino [...] especialmente quando deixa de lado a mensagem do evangelho (p.80, com adaptações)

Os acontecimentos históricos do exercício da fé do povo de Deus e seus errados acometidos devem servir como exemplos para nós cristãos nos dias de hoje. Avaliemos. O autor do capítulo registra três fatores que podem ser sinais de erros: força enganosa (Dt 13.1-5) que realiza truques a que quiser; corrupção dos motivos da busca por milagres (Mt 12.39-40 e Lc 11.29-32) e Hipocrisia. Sendo continuísta, D. Carson argumenta que o milagres podem acontecer, todavia nunca fora o propósito do evangelho centralizar a sua mensagem nos milagres. A Palavra de Deus é Cristocentrica e os milagres registrados nas Sagradas Escrituras servem para indicar a Cristo Jesus. A fé do cristão deve ser fundamentada na morte e ressurreição de Jesus Cristo.
E a busca do poder? Conforme os registros bíblicos, a busca do poder tem como objetivo a manifestação da perseverança, da fé, da esperança, do amor, da firmeza espiritual para o enfrentamento da tribulação, n a submissão a Jesus Cristo por meio do Seu Espírito. Sobre a ação dos milagres e maravilhas está a Terceira Pessoa da Trindade, o qual busca a glória de Deus Pai e de Deus Filho. O Poder que o Espírito Santo manifesta, na orientação de D. Carson é para a transformação do regenerado, como criatura, a imagem e semelhança de Jesus Cristo.
Nisso, deixemos a supra espiritualidade, o enfoque emblemático da busca de poder e humilhemos a revelação existente que Deus nos deixou de Sua Palavra, entendendo que o Poder de Deus aperfeiçoa naquele que fora concedido submeter a vontade de Deus. Como Igreja, devemos caminhar a autonegação, ao caminho da cruz (p.93).
Taguatinga - DF
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