Palavra do leitor
- 03 de julho de 2019
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Dépaysement
Nunca soube como descrever esse sentimento:
De estar, mas não pertencer;
De conviver, mas não querer;
As mesmas pessoas ao meu redor, Mas o sentimento é diferente...
Primeiro achei ser ruim me sentir de fora, de não fazer parte...
Depois de um tempo eu parei para pensar e percebi que só sentia isso quando estava em meio ao mundo, com o tempo comecei a gostar de sentir isso, me ajuda a perceber de onde era meu lugar.
Eu estou no mundo, mas não pertenço a ele.
A melhor coisa que poderia sentir!
Mas, ainda não conseguia definir esse sentimento até me deparar a uma palavra: "dépaysement". Palavra francesa que não tem tradução concreta, porém sua definição é exatamente o que procurava para aquele sentimento.
"O sentimento de não pertencer a um país, a uma cultura, de quando você se sente deslocado de sua origem, um imigrante em qualquer lugar"
A todos vocês desejo que sintam "dépaysement", em algum momento em sua vida, a todos vocês desejo que percebam que mesmo estando nesse mundo, não pertencem a ele.
Milena Gomes Almeida (16 anos) Estudante, Poeta, filha de missionários. Com prazer nas palavras e no texto. Tentando expressar os sentimentos na vida.
• Nota do autor sobre o texto:
O texto foi escrito em meados do mês de setembro de 2018, ano em que saí de casa para morar em São Paulo, de favor na casa de uma amiga da família. Fui para São Paulo com o intuito de estudar no Mackenzie (eu havia ganhado uma bolsa de estudos) e me formar por aqui mesmo. Deveria trabalhar na fábrica da mulher com quem morava, pois meus pais não conseguiam me sustentar por completo, mesmo não precisando pagar aluguel ou contas. Eu tinha uma "casa", tinha uma "família", tinha amigos e de certa forma tinha até um espaço meu, porém eu não tinha um lar. Quando estava em São Paulo, eu não sentia que pertencia ao local e quando fui pra Cuiabá, visitar, sentia que meu tempo ali, já tinha acabado. Em Cuiabá, tinha a minha família de sangue, a casa em que cresci, e os velhos amigos, em São Paulo, a minha nova casa, mas, em nenhum momento eu sentia que aquele era o meu lugar. Até que um dia, um amigo de turma na escola disse que não posso sentir que tenho um lugar físico em que eu pertenço, mas, lar é onde Deus nos colocar.
De estar, mas não pertencer;
De conviver, mas não querer;
As mesmas pessoas ao meu redor, Mas o sentimento é diferente...
Primeiro achei ser ruim me sentir de fora, de não fazer parte...
Depois de um tempo eu parei para pensar e percebi que só sentia isso quando estava em meio ao mundo, com o tempo comecei a gostar de sentir isso, me ajuda a perceber de onde era meu lugar.
Eu estou no mundo, mas não pertenço a ele.
A melhor coisa que poderia sentir!
Mas, ainda não conseguia definir esse sentimento até me deparar a uma palavra: "dépaysement". Palavra francesa que não tem tradução concreta, porém sua definição é exatamente o que procurava para aquele sentimento.
"O sentimento de não pertencer a um país, a uma cultura, de quando você se sente deslocado de sua origem, um imigrante em qualquer lugar"
A todos vocês desejo que sintam "dépaysement", em algum momento em sua vida, a todos vocês desejo que percebam que mesmo estando nesse mundo, não pertencem a ele.
Milena Gomes Almeida (16 anos) Estudante, Poeta, filha de missionários. Com prazer nas palavras e no texto. Tentando expressar os sentimentos na vida.
• Nota do autor sobre o texto:
O texto foi escrito em meados do mês de setembro de 2018, ano em que saí de casa para morar em São Paulo, de favor na casa de uma amiga da família. Fui para São Paulo com o intuito de estudar no Mackenzie (eu havia ganhado uma bolsa de estudos) e me formar por aqui mesmo. Deveria trabalhar na fábrica da mulher com quem morava, pois meus pais não conseguiam me sustentar por completo, mesmo não precisando pagar aluguel ou contas. Eu tinha uma "casa", tinha uma "família", tinha amigos e de certa forma tinha até um espaço meu, porém eu não tinha um lar. Quando estava em São Paulo, eu não sentia que pertencia ao local e quando fui pra Cuiabá, visitar, sentia que meu tempo ali, já tinha acabado. Em Cuiabá, tinha a minha família de sangue, a casa em que cresci, e os velhos amigos, em São Paulo, a minha nova casa, mas, em nenhum momento eu sentia que aquele era o meu lugar. Até que um dia, um amigo de turma na escola disse que não posso sentir que tenho um lugar físico em que eu pertenço, mas, lar é onde Deus nos colocar.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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