Palavra do leitor
15 de outubro de 2014- Visualizações: 6862
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Cristãos, o pecado dos outros e o discurso de ódio
Confundir a mensagem cristã com discurso de ódio é prova cabal de ignorância e má vontade, somente o desconhecimento do evangelho de Cristo pode fazer alguém tomar alguns comportamentos de cristãos ou fatos tristes do cristianismo como mensagem cristã. Mas deve ser aceita a mea-culpa de alguns cristãos que pensam que pecado é ofensa à eles, como se não fossem pecadores e, que só porquê tem referências de valores absolutos, se fazem juízes destes valores, quando este nunca foi seu papel.
O desafio do cristão é apresentar os valores absolutos sem se considerar juiz de quem não o pratica. O juízo não pertence aos cristãos, mas à Deus. Quando um cristão se faz juiz do pecado dos outros, corre o risco de o fazer se considerando mais justo que ele, esquecendo que também é pecador e que só é justo diante de Deus por imputação da justiça de Cristo, nunca pela própria.
Embora mal interpretados por quem acusa cristãos, o cristão tem dois grandes mandamentos, e nenhum deles é ser juiz ou acusador.
"Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo."
Mateus 22:37-39
Um mandamento implica que o cristão não deve abrir mão de seus valores absolutos, outro que deve amar o próximo. A realidade do pecado deve ser apresentada, pois ele existe e suas consequências são graves. Mas o pecado é, em primeira instância, uma ofensa à Deus, e não à cristãos. E nesta apresentação, os dois grandes mandamentos devem ser obedecidos, de forma que as verdades absolutas devem ser propostas, não impostas. Apontadas, mas não acusadas. Pois a obediência aos parâmetros divinos não é regra absoluta à quem não crê, que tem todo o direito de recusar, mesmo que arque com suas consequências. E a demonstração de amor ao próximo diante da apresentação da realidade do pecado vem do exemplo de Cristo, com perdão e acolhimento, mas nunca com negação do pecado.
A rejeição de alguém à esta realidade não deveria ofender nenhum cristão, e nem passar a mínima impressão de que são melhores do que quem rejeita. Na perspectiva dos dois grandes mandamentos, ainda que alguém rejeite a mensagem, qualquer postura que não seja de amor diante desta pessoa deve ser rechaçada.
Apresentar a realidade do pecado é sim um dever, mas sem os grandes mandamentos será apenas acusação e imposição de valores. A mensagem do evangelho deve ser rejeitada pelo seu conteúdo (realidade do pecado e do perdão), e não pelo comportamento iracundo de quem à transmite.
Os cristãos devem sim ser vistos como pessoas que crêem em valores absolutos, mas se são visto como pessoas que não amam, está tudo errado.
Sem seguir o segundo grande mandamento de Cristo, haverá discurso de ódio. Os cristãos podem, pelo conhecimento que tem da Bíblia, reconhecer o pecado e transmitir ao pecador a necessidade de arrependimento em forma de alerta, mas o desejo mais profundo no coração de quem fala do pecado de outra pessoa deve ser, em amor, sua salvação, não um desejo de uma vingança que não nos pertence. Em tempos em que alguns expoentes midiáticos e até políticos cristãos aparecem mais pelos seus discursos puramente condenatórios que pela mensagem de perdão que há na cruz, que não entremos pelo mesmo caminho, transformando em discurso de afastamento, ódio e repulsa, uma mensagem tão linda, pacífica, amorosa e reconciliadora, como a das boas novas de Jesus.
O desafio do cristão é apresentar os valores absolutos sem se considerar juiz de quem não o pratica. O juízo não pertence aos cristãos, mas à Deus. Quando um cristão se faz juiz do pecado dos outros, corre o risco de o fazer se considerando mais justo que ele, esquecendo que também é pecador e que só é justo diante de Deus por imputação da justiça de Cristo, nunca pela própria.
Embora mal interpretados por quem acusa cristãos, o cristão tem dois grandes mandamentos, e nenhum deles é ser juiz ou acusador.
"Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo."
Mateus 22:37-39
Um mandamento implica que o cristão não deve abrir mão de seus valores absolutos, outro que deve amar o próximo. A realidade do pecado deve ser apresentada, pois ele existe e suas consequências são graves. Mas o pecado é, em primeira instância, uma ofensa à Deus, e não à cristãos. E nesta apresentação, os dois grandes mandamentos devem ser obedecidos, de forma que as verdades absolutas devem ser propostas, não impostas. Apontadas, mas não acusadas. Pois a obediência aos parâmetros divinos não é regra absoluta à quem não crê, que tem todo o direito de recusar, mesmo que arque com suas consequências. E a demonstração de amor ao próximo diante da apresentação da realidade do pecado vem do exemplo de Cristo, com perdão e acolhimento, mas nunca com negação do pecado.
A rejeição de alguém à esta realidade não deveria ofender nenhum cristão, e nem passar a mínima impressão de que são melhores do que quem rejeita. Na perspectiva dos dois grandes mandamentos, ainda que alguém rejeite a mensagem, qualquer postura que não seja de amor diante desta pessoa deve ser rechaçada.
Apresentar a realidade do pecado é sim um dever, mas sem os grandes mandamentos será apenas acusação e imposição de valores. A mensagem do evangelho deve ser rejeitada pelo seu conteúdo (realidade do pecado e do perdão), e não pelo comportamento iracundo de quem à transmite.
Os cristãos devem sim ser vistos como pessoas que crêem em valores absolutos, mas se são visto como pessoas que não amam, está tudo errado.
Sem seguir o segundo grande mandamento de Cristo, haverá discurso de ódio. Os cristãos podem, pelo conhecimento que tem da Bíblia, reconhecer o pecado e transmitir ao pecador a necessidade de arrependimento em forma de alerta, mas o desejo mais profundo no coração de quem fala do pecado de outra pessoa deve ser, em amor, sua salvação, não um desejo de uma vingança que não nos pertence. Em tempos em que alguns expoentes midiáticos e até políticos cristãos aparecem mais pelos seus discursos puramente condenatórios que pela mensagem de perdão que há na cruz, que não entremos pelo mesmo caminho, transformando em discurso de afastamento, ódio e repulsa, uma mensagem tão linda, pacífica, amorosa e reconciliadora, como a das boas novas de Jesus.
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