Palavra do leitor
28 de janeiro de 2015- Visualizações: 2342
comente!- +A
- -A
-
compartilhar
Automutilação ou “Cutting”
Com grande pesar, li a notícia de que a automutilação entre crianças e adolescentes cresceu cerca de 70% nos últimos dois anos. Números do Sistema Nacional de Saúde britânico mostram que os casos de pessoas com idade entre 10 e 14 anos, que foram tratadas em hospitais depois de deliberadamente terem machucado a si próprias, ultrapassou os 2.700 desde 2012. Esses dados foram divulgados pelo jornal The Times, e Lucie Russel, diretora de campanhas da instituição Young Minds, alerta que o mundo online em que essas crianças e adolescentes vivem atualmente, influenciado pelas redes sociais, pode estar contribuindo para esse cenário.
Pesquisa realizada pelo King’s College, em Londres, e pela Universidade de Melbourne, na Austrália, publicada na revista médica Lancet, diz que um em cada 12 adolescentes se automutila. Aqui no Brasil, embora não se tenha até o momento um levantamento criterioso, dizem que essa proporção é ainda menor: um em cada 05 adolescentes. Algumas escolas vivenciam a situação de perto. Isso é terrível! Normalmente, os adolescentes utilizam estiletes, cacos de vidro, agulhas ou facas com o intuito de aliviar angústias, culpa, medos, raiva. A automutilação ou “cutting”, como é conhecida nos meios psiquiátricos, é reconhecida como transtorno mental desde 2013.
Embora não haja nada explícito em relação a isso, biblicamente sempre houve uma preocupação com a preservação da pessoa humana. No livro de Deuteronômio 22.8 está escrito: “Quando edificares uma casa nova, farás no terraço um parapeito, para que não tragas sangue sobre a tua casa, se alguém dali cair.” Também está escrito em Levítico 19.28: “Não fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso corpo imprimireis qualquer marca. Eu sou o Senhor.” Obviamente, nosso corpo deve ser tratado com amor e respeito, até porque ele não é nosso; mas, emprestado. “Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1Cor 6.19). Assim, não nos compete causar lesões naquilo que não é nosso, ainda que a flagelação seja com o intuito de nos sentirmos coparticipantes dos sofrimentos de Cristo. “Porque fostes comprados por preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.” (1Cor 6.20).
Se você sofre deste mal ou conhece alguém que passa por isso, saiba que, além de buscar tratamentos médicos e psicológicos, pode recorrer a Deus em oração, pois Ele conhece todo o seu ser e o que se passa em seu interior. Você pode orar como fez Davi: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho perverso, e guia-me pelo caminho eterno.” (Sl 139.23-24).
Podem acontecer recaídas durante o tratamento, principalmente se a pessoa estiver acostumada a se machucar há muito tempo, mas isso não significa que esteja fracassando. A Bíblia diz: “Porque sete vezes cai o justo, e se levanta...” (Pv 24.16a). Dessa forma, vai se levantar até conseguir se libertar deste mal. Nosso corpo é nosso santuário. Merece respeito e cuidado. Foi feito à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26a e 27). O mundo online pode estar interferindo na boa formação de nossos adolescentes e sugerindo práticas pouco recomendáveis para a solução de conflitos íntimos. Combatamos isso com a presença de Deus na vida deles, cientes de que ninguém nos amou tanto. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16).
Maria Regina Canhos (e.mail: mariaregina.canhos@gmail.com) é psicóloga cristã integrante do Projeto Restaurando Vidas (http://projeto1restaurand.wix.com/restaurandovidas).
Pesquisa realizada pelo King’s College, em Londres, e pela Universidade de Melbourne, na Austrália, publicada na revista médica Lancet, diz que um em cada 12 adolescentes se automutila. Aqui no Brasil, embora não se tenha até o momento um levantamento criterioso, dizem que essa proporção é ainda menor: um em cada 05 adolescentes. Algumas escolas vivenciam a situação de perto. Isso é terrível! Normalmente, os adolescentes utilizam estiletes, cacos de vidro, agulhas ou facas com o intuito de aliviar angústias, culpa, medos, raiva. A automutilação ou “cutting”, como é conhecida nos meios psiquiátricos, é reconhecida como transtorno mental desde 2013.
Embora não haja nada explícito em relação a isso, biblicamente sempre houve uma preocupação com a preservação da pessoa humana. No livro de Deuteronômio 22.8 está escrito: “Quando edificares uma casa nova, farás no terraço um parapeito, para que não tragas sangue sobre a tua casa, se alguém dali cair.” Também está escrito em Levítico 19.28: “Não fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso corpo imprimireis qualquer marca. Eu sou o Senhor.” Obviamente, nosso corpo deve ser tratado com amor e respeito, até porque ele não é nosso; mas, emprestado. “Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1Cor 6.19). Assim, não nos compete causar lesões naquilo que não é nosso, ainda que a flagelação seja com o intuito de nos sentirmos coparticipantes dos sofrimentos de Cristo. “Porque fostes comprados por preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.” (1Cor 6.20).
Se você sofre deste mal ou conhece alguém que passa por isso, saiba que, além de buscar tratamentos médicos e psicológicos, pode recorrer a Deus em oração, pois Ele conhece todo o seu ser e o que se passa em seu interior. Você pode orar como fez Davi: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho perverso, e guia-me pelo caminho eterno.” (Sl 139.23-24).
Podem acontecer recaídas durante o tratamento, principalmente se a pessoa estiver acostumada a se machucar há muito tempo, mas isso não significa que esteja fracassando. A Bíblia diz: “Porque sete vezes cai o justo, e se levanta...” (Pv 24.16a). Dessa forma, vai se levantar até conseguir se libertar deste mal. Nosso corpo é nosso santuário. Merece respeito e cuidado. Foi feito à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26a e 27). O mundo online pode estar interferindo na boa formação de nossos adolescentes e sugerindo práticas pouco recomendáveis para a solução de conflitos íntimos. Combatamos isso com a presença de Deus na vida deles, cientes de que ninguém nos amou tanto. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16).
Maria Regina Canhos (e.mail: mariaregina.canhos@gmail.com) é psicóloga cristã integrante do Projeto Restaurando Vidas (http://projeto1restaurand.wix.com/restaurandovidas).
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
28 de janeiro de 2015- Visualizações: 2342
comente!- +A
- -A
-
compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.

Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados
- Hora de obedecer
- Entre a universidade e o céu: qual caminho escolher?
- O ser humano e o poder
- O que você tem sido: um normalista ou um anormalista?
- Hora de hospedar
- A sabedoria da prudência
- Quando a ortodoxia encontra a prática: O grito de Tiago
- Motoristas de aplicativos frustados X pastores frustrados
- Um chão para pisar!
- Não olhe para trás
(31)3611 8500
(31)99437 0043





 copiar.jpg&largura=49&altura=65&opt=adaptativa)
