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Palavra do leitor

Amanhã fico triste; amanhã. Hoje não. Hoje fico alegre.

A frase acima foi encontrada na parede de um dormitório de crianças do campo de extermínio nazista de Auschwitz, dando-nos a entender que a autora vivia centrada no hoje.

Estou em quarentena há noventa dias, desde lá me mantenho ativo digitalmente e o tema que mais ouvi ser discutido nos púlpitos das igrejas e em debates pela Internet, foi acerca da ansiedade e de suas consequências sobre o bem estar do homem.
O psicólogo Rollo May, em seu livro O significado da ansiedade, disse que "a ansiedade é a apreensão caracterizada por uma ameaça a algum valor que o indivíduo considera essencial para sua existência como pessoa". Afirmou que "muitas pessoas estão ocupadas só para disfarçar a ansiedade; seu ativismo é um modo de fugir de si mesmas. Elas obtêm um pseudo e temporário senso de vivacidade correndo de um lado para o outro, como se estivessem realizando algo só pelo fato de se movimentarem, ou como se estarem ocupadas fosse uma prova de sua importância."

Paulo Garcia, Arcebispo da Igreja Episcopal Carismática, durante transmissão radiofônica em 14jun2020, abordou o tema, embasando a sua mensagem Fp 4:5-7, vejamos: "Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus."
Segundo Garcia, o termo ansiedade provém do grego "anshein", que significa oprimir, sufocar, estrangular, sendo angústia, termo correlato que exprime a experiência subjetiva, estando ambos sempre associados até as manifestações de sintomas corporais, atingindo o homem, a sua família e até a sociedade em que vivemos.
Do ponto de vista bíblico, qual seria a cura para a ansiedade? Como amenizar as preocupações com a vida cotidiana? Como o Senhor está disposto a nos ajudar nos momentos difíceis da vida? Respostas podem ser encontradas a partir da leitura dos evangelhos, das cartas paulinas e de Pedro.
Em Mt 6:34, Jesus ordena que não devemos nos preocupar com a vida, quanto ao que iremos comer ou beber, nem com o corpo, quanto ao que iremos vestir; recomenda que observemos as aves do céu, os lírios do campo, a natureza, o universo, os quais são sustentados pelo nosso Pai celestial, sob o fundamento de que os homens valem muito mais, pois foram criados segundo a sua imagem (Gn 1:27).
Por outro lado, caso nos preocupemos, quanto tempo poderíamos acrescentar ao curso de nossas vidas? Dez anos? Um ano? Um mês?
Conforme a cosmovisão cristã, as nossas vidas não devem ser vistas sujeitas a fatos aleatórios que atingem uns e outros não; também não somos como uma folha seca soprada pelos ventos. As intervenções do Senhor estão refletidas na história da humanidade e nas histórias pessoais.

Paulo alega que não devemos andar ansiosos por coisa alguma, mas devemos pedir a Deus tudo de essencial que estamos precisando para as nossas vidas. Parece-nos, entretanto, que às vezes duvidamos que o Deus que o criou o universo do nada (Gn 1:1), contendo todas as formas de vida, com bilhões e bilhões de galáxias, não seja suficientemente poderoso para nos conceder aquilo que de fato precisamos.
Hernandes Lopes, citando Tozer, disse que o maior problema da igreja é que ela não "para" suficientemente para meditar na grandeza do seu Deus. Quem é o seu Deus? O profeta Isaías diz que Deus é aquele que mediu as águas dos oceanos na concha da sua mão e mediu o pó da terra em balança de precisão. Deus desenrolou o firmamento como uma cortina e mediu os céus a palmo. Deus criou do nada todas as coisas e sustenta todo o universo pela palavra do seu poder. Conhecer a grandeza de Deus e sua infinita graça traz descanso para o coração e refrigério para a alma.
O Senhor é o nosso Pai, nosso Criador, nosso Salvador, devemos nos achegar a ele como os nossos filhos se achegam a nós, na certeza de que Ele dará ouvido as nossas orações, as nossas conversas individuais com Ele.

Pedro recomenda que lancemos toda a nossa ansiedade aos pés de Jesus, porque ele tem cuidado de nós (1Pe 5:7). A ansiedade por ser causada por fatos do passado não resolvidos; pelo presente pandêmico atribulado; pela incerteza quanto ao futuro; pelas preocupações em relação à empresa ou ao emprego; pelas incertezas em relação a vida financeira; pela angústia ora vivenciada, quando nos sentimos encurralados, sufocados, desmotivados, temerosos, estrangulados, etc. Lembremo-nos que devemos entregar os nossos caminhos ao Senhor, descansar nEle, pois o mais Ele fará. (Sl 37:5)
As consequências dessas atitudes, também estão expostas acima: "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus." A ansiedade tem cura! No cristianismo, a paz de Deus não é para ser entendida, é para ser vivenciada, experimentada, vivida a cada dia.

"Amanhã fico triste, amanhã. Hoje não. Hoje fico alegre."
Recife - PE
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