Palavra do leitor
- 19 de abril de 2018
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A nossa ação
Vivemos o constante risco de tentar autenticar posições, atitudes e ações da vida cotidiana a partir da teologia. Ao analisarmos a história humana, tanto pelo víeis da sociologia, quanto da antropologia ou de outras ciências humanas, vemos os constantes usos, por pessoas ou grupos, de fundamentações ideológicas para suas opções, com base no discurso teológico.
No meu entender, a teologia tem uma função mais geral do que a que muitas vezes queremos obter. Mesmo a revelação divina nas Escrituras possui suas particularidades de tempo e espaço, ou seja, de contexto, que precisam ser filtradas para que encontremos a "mensagem" divina para os outros leitores em outros tempos. Por isso, a tarefa do teólogo é a de conhecer a história, sociologia, antropologia, arquelogia, literatura, língua, etc. para fazer a exegese dos textos e interpreta-los (hermenêutica) para a realidade contemporânea de cada leitor. Ainda assim, o que buscamos são princípios atemporais, gerais, "absolutos", ontológicos, existenciais, e não as respostas prontas que resolvam certos dilemas que, na realidade, deverão ser encontrados na meditação, avaliação, diálogo e consenso.
As Escrituras não revelam qual o sistema político que devemos adotar como o correto ou divino. Note que os textos bíblicos perpassam diversos sistemas políticos e de organização social ao longo da história sem que haja a indicação daquele que seria o perfeito. No entanto, encontramos os princípios gerais da justiça, misericórdia, solidariedade, paz, sustentabilidade, etc.
O quadro político atual do Brasil não é muito diferente de qualquer outro que tenha ocorrido na história humana. Ele é "novo" ou relevante para nós porque é o que temos que enfrentar e decidir o que fazer. Contudo, sabemos que o Reino de Cristo não é desse mundo, embora aja sobre ele. O Reino de Deus está entre nós e devemos buscar a justiça que advém dele para os dias de hoje, e isso como prioridade (Mt 6:33). A ação cristã ocorrerá independente do sistema político ou do presidente eleito. Ela deverá ocorrer em todo tempo e direcionado a qualquer ser humano.
Agora, pensando como cidadão, temos que pensar e decidir a partir do que temos como opções possíveis, fazendo a escolha que mais parece se aproximar daquilo que temos como referência em Cristo (justiça, amor, paz, equidade, etc.). Por isso, penso que não podemos ser ingênuos, desleixados, superficiais e irresponsáveis diante do quadro político e social atual no Brasil. Temos que buscar sabedoria, informações e diálogo, sabendo que a nossa escolha será apenas "uma" escolha, imperfeita e penúltima. Mais importante ainda, temos que lutar pela paz e pela justiça, independente do resultado que as nossas escolhas e a dos outros cidadãos venha a ter.
Os cristãos poderão estar divididos em suas escolhas mas não deverão estar divididos em sua intenção missional. As ecolhas que fizermos não poderão se tornar combustível para o ódio e para a quebra de relacionamentos, caso contrário, o amor de Cristo não estará entre nós e a unidade do Espírito será uma utopia inalcançável.
No meu entender, a teologia tem uma função mais geral do que a que muitas vezes queremos obter. Mesmo a revelação divina nas Escrituras possui suas particularidades de tempo e espaço, ou seja, de contexto, que precisam ser filtradas para que encontremos a "mensagem" divina para os outros leitores em outros tempos. Por isso, a tarefa do teólogo é a de conhecer a história, sociologia, antropologia, arquelogia, literatura, língua, etc. para fazer a exegese dos textos e interpreta-los (hermenêutica) para a realidade contemporânea de cada leitor. Ainda assim, o que buscamos são princípios atemporais, gerais, "absolutos", ontológicos, existenciais, e não as respostas prontas que resolvam certos dilemas que, na realidade, deverão ser encontrados na meditação, avaliação, diálogo e consenso.
As Escrituras não revelam qual o sistema político que devemos adotar como o correto ou divino. Note que os textos bíblicos perpassam diversos sistemas políticos e de organização social ao longo da história sem que haja a indicação daquele que seria o perfeito. No entanto, encontramos os princípios gerais da justiça, misericórdia, solidariedade, paz, sustentabilidade, etc.
O quadro político atual do Brasil não é muito diferente de qualquer outro que tenha ocorrido na história humana. Ele é "novo" ou relevante para nós porque é o que temos que enfrentar e decidir o que fazer. Contudo, sabemos que o Reino de Cristo não é desse mundo, embora aja sobre ele. O Reino de Deus está entre nós e devemos buscar a justiça que advém dele para os dias de hoje, e isso como prioridade (Mt 6:33). A ação cristã ocorrerá independente do sistema político ou do presidente eleito. Ela deverá ocorrer em todo tempo e direcionado a qualquer ser humano.
Agora, pensando como cidadão, temos que pensar e decidir a partir do que temos como opções possíveis, fazendo a escolha que mais parece se aproximar daquilo que temos como referência em Cristo (justiça, amor, paz, equidade, etc.). Por isso, penso que não podemos ser ingênuos, desleixados, superficiais e irresponsáveis diante do quadro político e social atual no Brasil. Temos que buscar sabedoria, informações e diálogo, sabendo que a nossa escolha será apenas "uma" escolha, imperfeita e penúltima. Mais importante ainda, temos que lutar pela paz e pela justiça, independente do resultado que as nossas escolhas e a dos outros cidadãos venha a ter.
Os cristãos poderão estar divididos em suas escolhas mas não deverão estar divididos em sua intenção missional. As ecolhas que fizermos não poderão se tornar combustível para o ódio e para a quebra de relacionamentos, caso contrário, o amor de Cristo não estará entre nós e a unidade do Espírito será uma utopia inalcançável.
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