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Palavra do leitor

A igreja que não é igreja – parte 2

"Eles perseveravam no ensino dos apóstolos, na COMUNHÃO..." Atos 2.42

(Caso vc ainda não tenha lido a parte 1, acesse este link http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/a-igreja-que-nao-e-igreja)

Outra característica que fazia parte do estilo de vida dos primeiros cristãos era a COMUNHÃO, do grego koinonia, que traz a ideia de ter algo em comum, ter ideias e crenças em comum, tendo harmonia no convívio.

Naqueles tempos este termo era comumente utilizado também nas relações comerciais e na vida conjugal.

Ora, então somente estar na igreja, assistir ou participar de um culto, ouvir uma palavra e ir embora, não configura a comunhão a que Lucas se referiu ao escrever o versículo acima mencionado, pois em um relacionamento comercial, por exemplo, para que haja a finalização de um negócio, um acordo, tem de haver primeiro um longo momento de relacionamento, uma conversa que, em vias de regra, nunca se limita somente ao negócio envolvido. Um vendedor que se destaca em suas vendas, por exemplo, primeiramente se destaca nas relações. Jamais trata um cliente somente pelo objeto do negócio. Vendedor e comprador falam da vida, do clima, dos negócios, de família, de dinheiro, de gostos pessoais, enfim, falam de tudo que envolve a vida para, somente ao final, falarem especificamente de seu negócio. Isto é KOINONIA, é relacionamento.

Do mesmo modo, em um relacionamento conjugal, um casal também trata de muitos assuntos desde o primeiro flerte, antes de falarem propriamente sobre seus interesses sentimentais, mesmo que os dois já saibam que haja uma atmosfera de relacionamento sentimental "rolando", raramente vão direto ao ponto. E mesmo que possam ir direto ao ponto no primeiro momento, depois irão falar sobre tudo que envolve a vida, sua infância, seus pais, o modo de criação, onde estudou etc. Isso traz sucesso ao relacionamento conjugal, pois terão coisas em comum, interesses em comum, sentimentos em comum e, caso se casem, uma vida em comum. E mesmo havendo pontos divergentes, encontrarão um ponto de equilíbrio para o convívio, minimizando conflitos e atendendo um ao outro no relacionamento. Isto também é KOINONIA, é relacionamento.

E na igreja, como tem sido?

Infelizmente sabemos que há uma tendência global de isolamento, devido ao pluralismo, ao relativismo e à velocidade com que se processam as informações. As pessoas vão ficando cada vez mais conectadas a aparelhos do que a outras pessoas e isso tem afetado diretamente ao convívio nas igrejas, ao ponto de muitos trocarem a comunhão pelo entretenimento, sempre procurando lugares (leia-se igrejas) que as proporcionem entretenimento através de bons pregadores, boas músicas, lugares confortáveis, recursos de última geração etc.

Além disso, muitas pessoas vão aos templos com uma mentalidade de culto cerimonial e não de culto racional, o que dificulta muito mais esta atmosfera de comunhão e relacionamento (sugiro que o leitor assista meu vídeo sobre o tema, para total compreensão deste ponto, através do link encurtador.com.br/ewGV2 – copie o link e cole em seu navegador).

Há uma abismal diferença entre estes dois conceitos. Em verdade, em nenhum momento, no Novo Testamento, a reunião dos crentes foi tratada pelos escritores como culto, mas sim como REUNIÃO, congregação. Nela havia o ensino dos apóstolos (mesmo de Jesus), a comunhão, o partir do pão (assunto do próximo artigo) e as orações, acrescentando ainda os cânticos de louvor e ação de graças.

É preciso que voltemos a este princípio, o relacionamento, para que de fato nos configuremos como Igreja. Relacionamento envolve tempo, entrega, olhar, empatia, toque, desprendimento e, sobretudo, muita conversa. Muitas pessoas encontram dificuldade de criar relacionamentos na igreja. Até mesmo aquela desconfortável mania dos pregadores em dizer "olhe para o irmão que está do lado e diga..." revela o quão distantes estamos deste alvo, pois as pessoas demonstram claramente que não se interessam por relacionamentos. No máximo, o que vemos hoje, são relacionamentos por afinidades, o que não deixa de ser um nível de relacionamento, no entanto se torna muito limitado e fecha portas para outras pessoas.

Os relacionamentos na igreja devem acontecer primeiramente pelas coisas que temos em comum, como a salvação, o mesmo Senhor, a mesma regra de fé, o mesmo Espírito, mesmos princípios e por aí vai, e em segundo plano pelas afinidades.

Este tipo de comunhão profunda uns com os outros vai gerar vida na igreja, pois naturalmente as necessidades vão sendo atendidas em todas as esferas, pois é a comunhão que gera o partir do pão, por exemplo. Isto aconteceu na igreja primitiva, lá ninguém padecia qualquer tipo de necessidade. Mas vamos falar mais sobre isso no próximo texto.

Concluindo, quero lembrar o leitor que nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo veio ao mundo para, primeiro, ter comunhão com o homem. Sua missão vai muito além do ato na cruz. Houve comunhão e Ele restabeleceu a comunhão do homem com o Pai.

Quando Jesus diz "fazei isto em memória de mim", ele estava partindo um pão e tendo com seus discípulos COMUNHÃO. Logo, sua frase pode ser parafraseada, dentro deste prisma de comunhão, da seguinte maneira: "tenham comunhão entre vocês, como eu tive, em memória de mim". Isso trará muito mais sentido às nossas reuniões e não estaremos trocando a comunhão pelo entretenimento.
Deus nos abençoe.

Pr Douglass Suckow
Porto Velho - RO
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Site: http://www.youtube.com/tvcafeteologico
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