Palavra do leitor
21 de março de 2025
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A igreja física dos apóstolos - parte 1
Dando continuidade ao artigo anterior da definição das três igrejas: igreja de Jesus, igreja física dos apóstolos e igreja do Espírito Santo, digo que a igreja dos apóstolos já é bem diferente da igreja de Jesus e ela está descrita no livro de Atos dos Apóstolos. Essa igreja física também é legítima, e nessa igreja são os apóstolos que tomam as decisões, impõe o controle e ditam as regras segundo a visão humana. No entanto, como eles não tem o poder de perscrutar os corações nem de sondar as mentes, às vezes cometiam erros, eles mesmos quebravam as regras, seja por impaciência ou por não compreenderem o plano de Deus, que não se baseia no tempo do homem e nem acontece segundo as suas vontades. Foi por isso que eles cometeram um grande erro, quase imperceptível aos olhos humanos. Isso aconteceu, quando Jesus os reuniu e lhes disse: eu vou morrer e depois de três dias eu vou ressuscitar, e vocês aguardem, não façam nada, até que eu derrame o Espírito Santo sobre vocês e vocês sejam revestidos do poder para testemunhar sobre mim, em Jerusalém, em Samaria, na Judéia e até os confins da terra.
Mas o que aconteceu foi que, passados alguns dias, sem nem mesmo ter acontecido o derramamento do Espírito Santo sobre eles como prometido, eles por conta própria, sem nenhuma ordenança ou pedido do Senhor para isso, decidiram escolher um substituto para a vaga de Judas Iscariote, conforme Atos 1:21. Eles mesmos estabeleceram os critérios: a pessoa tinha que ser testemunha ocular da ressurreição de Jesus, e tinha que estar com eles desde o batismo até a ressurreição. Com isso, eles selecionaram dois nomes, que foi o José, chamado Barsabás, conhecido como justo, e o Matias. Entre esses dois, eles fizeram uma oração a Deus para teoricamente validar as suas decisões por meio de um sorteio, o qual o sorteado foi o Matias. Com certeza não houve nenhuma confirmação de Deus no momento, mas a decisão já estava tomada por eles, e Matias tinha sido escolhido o 12° apóstolo. Vale ressaltar, que depois desse episódio, nunca mais se ouviu falar de Matias em nenhum lugar na Bíblia.
Imaginem agora esta cena, em que Jesus chega com eles e diz: gostaria de comunicar que a trindade divina já escolheu quem substituirá a vaga do Judas que estava em aberto até agora. E essa pessoa que foi escolhida, será a responsável por levar a minha palavra aos gentios. Então todos se olham, e falam — como assim, vocês três escolheram? Nós onze já escolhemos, e o sorteado foi o Matias — mas Jesus diz: não, não, o nosso escolhido é Saulo de Tarso. Aí começa o desespero! A não Senhor, logo Saulo de Tarso, aquele que nos perseguia e queria nos matar? Mas Jesus afirma: Eu já me manifestei a ele, transformei o seu coração, e ele fará a minha obra junto aos gentios e terá como punição o sofrer pelo meu nome e por amor de mim. Ou seja, os discípulos fizeram a vontade deles próprios escolhendo Matias, que é um personagem totalmente apagado na história bíblica, diante da grande obra feita por Paulo que chegou até nós. E isso só foi possível, exatamente, porque ele foi o apóstolo escolhido pela verdadeira vontade de Deus. Por isso, enquanto a igreja física dos apóstolos age em função apenas do que vê, do que acha e do que espera, na igreja de Jesus ele transforma os corações e muda os propósitos em um processo livre e dinâmico, fora dos regramentos humanos, porque na sua igreja não tem estatuto, ele age quando e como quiser.
Para o bem da expansão do evangelho na terra, são esses apóstolos que organizam e estruturam a vida da igreja física para viver em comunidade. Como eles só conheciam o modelo de administração das sinagogas, assim que começaram a surgir problemas internos de distribuição de mantimentos, entre outras coisas, eles criaram grupos de diáconos e presbíteros para organizar esses conflitos, e definiram que os apóstolos ficariam responsáveis somente pela oração e pela palavra. Mais na frente, Paulo, em 1Co. 14, organiza o falar em línguas na igreja, onde não poderia falar todo mundo ao mesmo tempo, se falasse tinha que ter alguém para interpretar, e muitas outras regras de conduta e organização. E ainda fala que isso é necessário porque Deus não é um Deus de confusão e que tudo deve ser feito com decência e ordem. Isso é a igreja física dos apóstolos: controle, regra, limites, punição, disciplina, e isso não é ruim, desde que a administração da igreja esteja sob o domínio da igreja de Jesus Cristo e debaixo da unção da igreja do Espírito Santo. Se for assim, está tudo nos conformes, porque Deus sempre vai orientar o melhor para o seu povo.
E toda essa submissão a igreja de Jesus e a igreja do Espírito Santo se faz necessário, porque essa igreja física dos apóstolos tem o poder de definir quem pode e quem não pode fazer parte da congregação. E para as pessoas que não tem entendimento, isso soa como um filtro de quem pode e quem não pode ir para o céu, parecendo que a igreja física é o único caminho que leva ao céu...
O artigo finaliza na parte 2.
Mas o que aconteceu foi que, passados alguns dias, sem nem mesmo ter acontecido o derramamento do Espírito Santo sobre eles como prometido, eles por conta própria, sem nenhuma ordenança ou pedido do Senhor para isso, decidiram escolher um substituto para a vaga de Judas Iscariote, conforme Atos 1:21. Eles mesmos estabeleceram os critérios: a pessoa tinha que ser testemunha ocular da ressurreição de Jesus, e tinha que estar com eles desde o batismo até a ressurreição. Com isso, eles selecionaram dois nomes, que foi o José, chamado Barsabás, conhecido como justo, e o Matias. Entre esses dois, eles fizeram uma oração a Deus para teoricamente validar as suas decisões por meio de um sorteio, o qual o sorteado foi o Matias. Com certeza não houve nenhuma confirmação de Deus no momento, mas a decisão já estava tomada por eles, e Matias tinha sido escolhido o 12° apóstolo. Vale ressaltar, que depois desse episódio, nunca mais se ouviu falar de Matias em nenhum lugar na Bíblia.
Imaginem agora esta cena, em que Jesus chega com eles e diz: gostaria de comunicar que a trindade divina já escolheu quem substituirá a vaga do Judas que estava em aberto até agora. E essa pessoa que foi escolhida, será a responsável por levar a minha palavra aos gentios. Então todos se olham, e falam — como assim, vocês três escolheram? Nós onze já escolhemos, e o sorteado foi o Matias — mas Jesus diz: não, não, o nosso escolhido é Saulo de Tarso. Aí começa o desespero! A não Senhor, logo Saulo de Tarso, aquele que nos perseguia e queria nos matar? Mas Jesus afirma: Eu já me manifestei a ele, transformei o seu coração, e ele fará a minha obra junto aos gentios e terá como punição o sofrer pelo meu nome e por amor de mim. Ou seja, os discípulos fizeram a vontade deles próprios escolhendo Matias, que é um personagem totalmente apagado na história bíblica, diante da grande obra feita por Paulo que chegou até nós. E isso só foi possível, exatamente, porque ele foi o apóstolo escolhido pela verdadeira vontade de Deus. Por isso, enquanto a igreja física dos apóstolos age em função apenas do que vê, do que acha e do que espera, na igreja de Jesus ele transforma os corações e muda os propósitos em um processo livre e dinâmico, fora dos regramentos humanos, porque na sua igreja não tem estatuto, ele age quando e como quiser.
Para o bem da expansão do evangelho na terra, são esses apóstolos que organizam e estruturam a vida da igreja física para viver em comunidade. Como eles só conheciam o modelo de administração das sinagogas, assim que começaram a surgir problemas internos de distribuição de mantimentos, entre outras coisas, eles criaram grupos de diáconos e presbíteros para organizar esses conflitos, e definiram que os apóstolos ficariam responsáveis somente pela oração e pela palavra. Mais na frente, Paulo, em 1Co. 14, organiza o falar em línguas na igreja, onde não poderia falar todo mundo ao mesmo tempo, se falasse tinha que ter alguém para interpretar, e muitas outras regras de conduta e organização. E ainda fala que isso é necessário porque Deus não é um Deus de confusão e que tudo deve ser feito com decência e ordem. Isso é a igreja física dos apóstolos: controle, regra, limites, punição, disciplina, e isso não é ruim, desde que a administração da igreja esteja sob o domínio da igreja de Jesus Cristo e debaixo da unção da igreja do Espírito Santo. Se for assim, está tudo nos conformes, porque Deus sempre vai orientar o melhor para o seu povo.
E toda essa submissão a igreja de Jesus e a igreja do Espírito Santo se faz necessário, porque essa igreja física dos apóstolos tem o poder de definir quem pode e quem não pode fazer parte da congregação. E para as pessoas que não tem entendimento, isso soa como um filtro de quem pode e quem não pode ir para o céu, parecendo que a igreja física é o único caminho que leva ao céu...
O artigo finaliza na parte 2.
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